CAPÍTULO 7| Oxigênio

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-- Por favor, p-por-por-se, não consigo respirar.-- Eu sussurro, agora presa sobre minha mesa. Lágrimas rolam pelos lados do meu rosto enquanto luto para respirar.

A cabeça de Devlin se levanta olhando para trás assustado, então ele é jogado de cima de mim para o outro lado da sala. Assim que a pressão é liberada, suspiro por ar e caio de joelhos. Posso ver botas saindo de trás da minha mesa, então um manto preto passa por mim. Mantendo meus olhos no chão, morrendo de medo, eu congelo.

-- Dante! Aí está você! Não demorou muito para você aparecer. Uma mulher em perigo é bastante estimulante, não é? -- Levanto a cabeça e vejo Devlin lambendo o lábio para tirar o sangue.

Com meu oxigênio de volta, minha cabeça clareia e pego meu abridor de correspondência em cima da mesa enquanto luto para ficar de pé.

-- Dante, apenas volte para onde você pertence. -- Devlin cambaleia em direção a ele, estendendo a mão desesperadamente.

-- Vou aonde sou necessário. O sono não exige mais o seu serviço, você foi absolvido de seus deveres.-- Uma voz profunda e aveludada emerge do ser à minha frente. Isso me deixa sem fôlego novamente, nunca ouvi uma voz tão perfeita.

-- Dante, venha agora, não seja tão tolo!

-- É você quem é o humano tolo! Não questiono onde o Sono me quer. Continue a interferir e você terá descanso eterno! -- Sua voz ecoa pela sala e fico atordoada.

A figura então se vira para mim e é aquela com a máscara vermelha e branca. Agora que ele está perto de mim, vejo que o vermelho é uma espécie de runa semelhante a uma marcação. Minha mão com a adaga que parece um abridor de correspondência treme, pronta para qualquer coisa.

-- Venha agora Ashley, você não precisa de armas comigo. -- Suas mãos se estendem embalando as minhas, e eu solto minha arma.

-- Q-quem é você?-- Olho para um dos seis olhos cortados da máscara.

-- Eu sou Vessel. Meu lugar é com você agora.-- Sua voz é inabalável.

Estou preso olhando para este ser na minha frente. Ele é alto, assim como meu paciente, elevando-se sobre mim. Um capuz está puxado sobre sua cabeça, obscurecendo tudo, exceto sua máscara. O manto está aberto expondo seu torso nu, ele é magro, mas musculoso, toda a pele exposta que vejo está pintada de preto, até mesmo em todos os braços.

Novamente ele estende a mão e enxuga uma lágrima perdida da minha bochecha. Por mais assustada que estivesse ao vê-lo perto de mim, agora sinto algum tipo de conforto. Então, como se nada tivesse acontecido, meu escritório está iluminado novamente e Devlin está lá balançando a cabeça, e Dante se foi.

-- SAIA! -- Eu grito, pronta para jogar o abridor de correspondência nele.

-- Tenho certeza que nos encontraremos novamente. -- Ele tenta sair e a segurança o pega rapidamente.

Minha recepcionista corre até mim enquanto eu me recosto na mesa chorando. Os policiais vieram e prenderam Devlin, acusaram-no de agressão e ele desapareceu rapidamente. Fiz meus relatórios e rapidamente tentei sair do escritório. Todos insistiram em me levar para casa, mas era a última coisa que eu queria. Preciso ficar sozinha e em casa, onde possa descobrir o que diabos aconteceu.

 Preciso ficar sozinha e em casa, onde possa descobrir o que diabos aconteceu

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