Capítulo 21b

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MAR DE SAL

- Lìä, você gostaria de conhecer o , o mar de sal, nós poderíamos ir por um atalho e seria bem rápido.

- Sim, mas não quero deixar Ꞧicḣḁrð esperando.

- Você vai na frente comigo e a Manny vai buscar o Ꞧicḣḁrð, e nós nos encontramos em Þingvellir, Campo da Assembleia.

Partimos e para quem conhece a região o caminho se torna bem mais fácil e com uma vista bem diferente daquela que estávamos acostumados. Logo descobri por que aquela parte do Mar de sal, se chama, pois os três povos fazem ali as trocas de mercadorias. A primeira pessoa que veio nos encontrar foi uma jovem, eu realmente não sei de onde ela veio, depois do vulcão, o sal se estende a se perder de vista, quilômetros e mais quilômetros de um branco impressionante. Ela diz com um jeito meio divertido:

- Oi, você é Ilíria? Pediram para te receber. Eu sou Zalika. Tem uma pequena comitiva que vem recebê-los. Ayla que bons ventos a trazem.

-Também é muito bom te ver irmã.

- Lá vem eles, deixe me apresentá-los. Halehale é este rapaz que nos acompanha. Esta jovem armada é Aysha e esta com as longas tranças é Kyara.

- Esta é Lìä, a Ilíria renascida.

Antes que eu pudesse responder, Manny chega com Spépseg, Bölcs e Ꞧicḣḁrð. Os cumprimentos são rápidos, já que todos se conhecem. Somente eu e Ꞧicḣḁrð demoramos mais em nosso beijo e ficamos abraçados, com ele numa atitude protetora.

- Depois precisamos conversar, meu anjo.

- Espero que não tenha se divertido muito, sinto o cheiro dela em você.

- Com ciúmes?

- O que tem de ser feito, deve ser feito.

- Depois quero conversar com você, de qualquer forma ganhamos a amizade de Bölcs.

- Ilíria ou Lìä, como você prefere ser chamada? É Aysha quem me questiona.

- Lìä.

- Surgiu nos últimos dias um problema com o qual não conseguimos lidar, será que você poderia nos ajudar? Ouvimos que você possui habilidades.

- Nós já utilizamos todas as nossas armas e esgotamos nossos recursos. É Halehale, o impiedoso, quem completa o pedido de ajuda.

Kyara, a feiticeira do mar de sal, me informa dos feitiços que utilizou sem sucesso. Fomos levados para o acampamento surpreendentemente confortável, fomos comer e depois conversaríamos sobre o problema, que até então não sei qual é. Estava sozinha com Ꞧicḣḁrð, escondidos do sol em nosso quarto e fui eu que me perguntei.

- Amor, quer me contar como foi ontem no pântano?

- Curiosa para saber quem eu escolhi? Ou melhor quem eu fui obrigado a escolher na sua armadilha?

- Eu sei que estou em plena decadência, meus poderes são uma sombra esquálida daquilo que foram um dia, mas são o suficiente para perceber algumas coisas que são invisíveis para os humanos e estão mais evidentes nestas terras. Assim, sabia o que te esperava, como também sei com quem você se deitou. Eu nunca tive problemas com essas coisas antes. Você entende que tive parceiros antes e que tivemos que fazer rituais de fertilidade separados e isso nunca foi problema; mas com você algo não parecia certo.

- Ciúmes?

- Vocês humanos possuem uma tendência a romantizar os ciúmes e não percebem o quanto ele é pernicioso para uma relação. Por exemplo: Vocês acreditam que a inveja é pior que o ciúmes, certo? Mas, não. A inveja consiste no querer o que o outro tem, recaí sobre a coisa; enquanto o ciúmes consiste em querer que o outro seja seu, recaí sobre outro ser humano, e isso só pode atrair coisas tóxicas.

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