Capítulo 17

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Estávamos partindo para Chandragupta onde seu governante Yuezhi pediu a nossa ajuda, quando um de nossos mensageiros trouxe uma carta de Helike com boas notícias, os efeitos de nossa ajuda estão superando as expectativas, com os preços justos os agricultores puderam melhorar e diversificar as plantações e a pecuária, as pessoas estão comprando mais e se alimentando melhor. A qualidade de vida melhorou e os cidadãos estão se dedicando a várias atividades, com isto a cidade está mais dinâmica, uma maior diversidade de coisas está sendo produzidas. Até os comerciantes que saíram da cidade estão pedindo para retornar, as pessoas estão se sentindo mais seguras, e se nós precisássemos de mais um depoimento sobre nossas boas intenções podíamos contar com o deles. Fiquei feliz, guardei a carta que viajará conosco, mas como fomos convidados, acredito que esteja tudo certo e estamos levando comida e remédios.

Chandragupta nos conhece ela abrigou sobreviventes do massacre e nós enviamos alimentos, mas há algum tempo, suas terras estavam diminuindo consideravelmente sua produção, sem um motivo aparente. Fizemos para ele a mesma proposta das demais cidades e como nos outros casos aprendemos e ensinamos muito. Yuezhi teve a ideia de criarmos um entreposto comercial, onde as cidades pudessem negociar entre si, unificando o sistema de pesos e medidas, talvez até a moeda para facilitar os negócios e o desenvolvimento das cidades. Fiquei tão empolgada, eu e Yäm escrevemos as cartas às cidades naquela mesma noite e voltamos para casa.

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Estávamos em casa, Ꞧicḣḁrð estava sem camisa deitado na cama lendo, sentei me sobre ele, abaixei o livro, soltei meu cabelo e de forma inocente perguntei:

- O que você está lendo?

- Eu esqueci.

Adoro quando ele faz essa cara de desentendido, desci um pouco do lugar de onde eu estava e abri sua calça,

- Deixa me ver se te ajudo com seu problema de memória.

A visão de Ꞧicḣḁrð pronto para mim sempre me deixa excitada, olho para seu rosto e ele me diz com aquela voz cheia de expectativa:

- Não sei se esse é o melhor remédio para falta de memória.

Foi só o que ele disse, eu fiz a maior cara de inocente que pude e perguntei com o olhar fixo em seus olhos e minhas mãos provocadoras em seu corpo:

- Prefere que eu pare?

- Pela Deusa. Não! Sorri maliciosamente e deixei a luxúria nos dominar.

Estávamos entrelaçados, quando batem na porta, era Ellìë animada, pois as respostas das cidades chegaram, mas eu não poderia levantar daquela cama e nem forças de sair daquele abraço, então apenas gritei pela porta que ela poderia abri-las e que amanhã eu descobriria a resposta. E dormi ouvindo o coração daquele humano.

Amanheceu um dia muito bonito e comecei a brincar com aquele corpo que eu amava, ele acordou e nossos beijos foram sonolentos.

- Amor, posso te pedir uma coisa?

- Mn-hm... confirmei sussurrando, enquanto mordiscava o lóbulo da sua orelha.

- Mas, sabe, eu... não sei... não quero que você pense... é que... sei lá... você pode entender errado.

Enquanto ele se enrolava com as palavras eu ia repetindo-as, confirmando-as, bem baixinho, sussurrando-as provocadoramente em seu ouvido.

- Amor, se você não puder dizer para mim o que você gosta ou o que você quer, depois de tudo que passamos, que intimidade nós temos? Eu não tenho problemas em te pedir as coisas que eu gosto e desde que você se sinta confortável em fazê-las, quero compartilhá-las contigo e acredito que você deseja o mesmo, não é? E, se você não disser, não tenho como adivinhar.

AvassaladoraOnde histórias criam vida. Descubra agora