Capítulo 8

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Ao contrário das expectativas da Mírian, Zamira também apresentou entrou em estado febril, e estava aplicando o tecido embebido no líquido em seu corpo, quando ouvi aquela voz doce e cheia de promessas:

- Eu ouvi você.

Me virei e me joguei neste sentimento bom que me é inédito, e beijei seu rosto, sua testa, seus olhos, seu queixo, suas faces, suas mãos, sua boca, não conseguia me conter, queria beijar todo o ser e a alma de Lìä. Ela segurou meu rosto e me beijou, mas estava fraca, eu senti seu frio, peguei as peles que já estavam perto da cama e a cobri e fiquei segurando sua mão sentado no chão.

Mírian entra e comenta como se vê-la acordada fosse algo simples:

- Ele ficou cuidando de vocês duas dia e noite sem descanso, mas é incapaz de aplicar as compressas nos seios e coxas de Zamira.

Eu afasto o corpo para que Lìä pudesse conferir o tecido que cobria os seios e a região pubiana da outra mulher.

-Não me interessa as críticas que vocês duas tenham em relação ao meu trabalho de cuidador, ela é minha enteada e vou mantê-la coberta e pronto.

Fui expulso, assim que Lìä voltou a dormir, com a desculpa que com apenas uma mulher para cuidar Mírian poderia trabalhar sozinha e que eu precisava descansar. Eu aceitei, saber que Lìä estava fora de perigo, apenas dormindo me fez querer descansar também, aproveitei outro banho com aquelas ervas e adormeci.

LÌÄ

Cuidei de Zamira até que ela saísse da febre, agora ela dorme, me cubro com as peles e vou me sentar na fogueira, neste momento o calor do fogo me aquece mais que as peles.

Sento num tronco ao lado da fogueira, não há lua, é uma daquelas noites escuras onde só as estrelas brilham no céu, está bem tarde, a maioria das pessoas estão em suas tendas, os dias foram difíceis para todos: cuidar dos feridos, restabelecê-los e devolver a mãe terra o corpo dos mortos, eu não preciso ter visto essas coisas para percebê-las.

Ꞧicḣḁrð sai de sua tenda e vem ficar comigo. Ele me abraça não diz nada, ficamos ali parados, só observando o céu e nos beijamos. Abro as peles que me envolvem e deixo que veja parte de meu corpo e coloco sua mão em meu seio.

- Quando você me toca eu...

- Ssshh...

Ele passa uma das pernas pelo tronco deixando-a nas minhas costas, me recosto nela, o braço dele em minhas costas me puxa para seu corpo, meus dedos vão direto para sua calça, ele pede brincando que eu não atrapalhe sua concentração.

Estica o braço que está em minhas costas tentando alcançar meu seio, eu sorrio, numa permissão tácita para que continue. A mão livre brinca em minha barriga, desce pela lateral da minha coxa, puxa um pouco meu joelho em sua direção e seus dedos sobem lentamente pelo interior da minha perna. Deito um pouco mais o corpo, seus dedos ficam mais ousados, meu calor o deixa com mais desejo.

Sinto seu coração e sua respiração, enquanto seus dedos brincam em mim e meu corpo reage. Ele gosta do poder que cada toque seu provoca.

Seus dedos pressionam aquele ponto sensível, meu corpo se contorce, ele aumenta a pressão e o ritmo e meu corpo acompanha. E quanto mais meu corpo se contorce e reage, mais ele aumenta o ritmo e a pressão. Meus pés se esfregam no chão, em suas pernas, minhas unhas cravam em sua carne. Meus gritos não possuem sons, morrem antes de surgirem, estou sem folego, meus espasmos aumentam. O rosto dele transparece o prazer de me ter assim, me contorcendo ao seu toque, ele me diz bobagens.

Quando termino, ou quando ele termina comigo, fico ali deitada nele, cabeça jogada para trás, corpo tenso, sua mão presa entre minhas pernas, respiração descompassada. Olho para ele e vejo seu sorriso e ele gosta do que vê. Aos poucos os espasmos diminuem, relaxo o corpo, minhas pernas também e ele retira a mão bem lentamente, observando que até esse ato ainda me provoca pequenos golpes, ainda estou sensível a ele.

AvassaladoraOnde histórias criam vida. Descubra agora