Capítulo 9

16 0 0
                                    


Eu nunca havia visto nada igual, a cidade é belíssima, ruas arborizadas, flores em todos os lugares, diferentes tons de verdes e cores e o perfume é tão suave, é como se as diferentes espécies de árvores e flores estivessem crescendo em harmonia com a cidade, as ruas, as casas, com as pessoas. As ruas são amplas e limpas com canteiros centrais, há pessoas caminhando sem pressa. No lugar de uma praça ou um mercado, como eu estou acostumado, existe um parque, onde crianças brincam felizes com seus animais, que eu desconheço. Inexiste aquela confusão, o barulho, a sujeira, o fedor, a mendicância das cidades humanas e eu não consigo imaginar como puderam criar algo assim.

- Nós temos poucas crianças e elas são o nosso tesouro mais protegido. Disse mor, quando me viu admirar aquelas crianças saudáveis brincando.

Andamos pela cidade, e eu estava fascinado, e Lìä fala de todos os lugares que ela adora e que vai me levar, ela gira enquanto fala e sorri, fica nas pontas dos pés, me abraça, me apresenta. Estamos felizes. A comida é maravilhosa, muito superior à do acampamento, eu me surpreendi não acreditava que fosse possível. O ar parece mais leve e mais puro.

- , vamos à casa da Nia, ela deve estar louca nos esperando. Disse apressando o passo.

A casa de Nia era como tantas outras na cidade de uma simplicidade e de uma harmonia de causar alegria. Nia nos esperava na porta e possuía uma beleza selvagem, seu cabelo é castanho e cacheado, seus lábios são cheios e como Lìä previu: não estava muito feliz com nossa demora. Mas, disse que nos perdoaria, pois sabia que eu estava sendo apresentado a cidade, me deu o braço e entrou comigo pela ampla sala iluminada.

A primeira coisa que me chamou a atenção foram as portas enormes de vidro que se abrem para um belo jardim interno, só essa primeira visão ao entrar na casa já é por si só impressionante, krun se dirige a lareira para acendê-la, e a parede é toda recoberta por uma ramagem cheia de pequenas flores brancas e rosas, vendo minha surpresa Nia apenas comenta:

- Elas gostam do calor.

A cozinha fica do outro lado da sala e é aberta, Lwnä está pegando as bebidas e as taças. Fico assombrado com a escada, não é fechada e escura como no Norte, mas aberta e arejada e termina em um ambiente interno que dá acesso aos quartos. E pelo que pude observar o ambiente abaixo da escada é similar ao superior.

Nos acomodamos e começamos a beber.

- Enquanto aguardamos Beöjr quero saber das novidades, diz Nia num tom agradável.

- Nia, você acredita que ele vem? Nunca sabemos quando ele vai aparecer e tem... o que? Uns setenta anos que ele não aparece?

-Morgana, minha querida, a perda de energia que Lìä sofreu foi muito forte e foram duas muito próximas, eu as senti, e ele é muito mais próximo dela do que eu, ele está a caminho, pode ter certeza e vai chegar muito preocupado, Lìä que se prepare para a reprimenda.

Em pouco tempo o clima na sala era de descontração, todos conversavam e sorriam, comentavam as mudanças da cidade e inteiravam a anfitriã dos fatos ocorridos, e das batalhas, Krun estava todo empolgado descrevendo como Lìä se preparou contra as sombras na última luta, como ela disse ver finalmente os três generais reunidos e como esperava aquilo por séculos, como desceram loucamente sobre aquela rocha, como o corpo de Lìä se tornou leve e firme, como o ar mudou a seu redor, seus cabelos ganharam vida, ela inteira brilhava, ficou quase etérea, mas que ainda podia segurá-la, e então, ela explodiu, sim. Foi de dentro dela que saiu a onda de calor que varreu a terra e ela desmaiou em seus braços.

- Você viu a Deusa!

Krun foi interrompido por um homem enorme com cabelos e barba castanhos e desarrumados que estava parado na porta do jardim interno. Lìä correu e se jogou em seus braços.

AvassaladoraOnde histórias criam vida. Descubra agora