Cinco Minutos.

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Rick Grimes

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Rick Grimes.

Tudo ficou em silêncio. Eu só tinha olhos para ela. Louise não podia morrer; ainda não era a hora dela. Carl precisava dela, e eu também precisava. Com cuidado, retirei a barra de ferro que havia se cravado em sua perna, sentindo um alívio momentâneo ao ver que o ferimento parecia menos grave do que eu temia. Mas esse alívio durou pouco. Quando olhei novamente para seu rosto, percebi que seus olhos estavam fechados e uma onda de pânico me invadiu. Deitei meu ouvido em seu peito, esperando ouvir o batimento do seu coração, mas tudo o que consegui foi o silêncio ensurdecedor da sua ausência. Era apenas uma busca; não podia estar acontecendo. "Não pode ser assim", pensei, enquanto minha mente se enchia de memórias dela: seu sorriso radiante, as risadas compartilhadas e os momentos que construímos juntos. Eu não estava pronto para te perder, Louise. A ideia de um futuro sem ela me parecia insuportável. Eu precisava agir. A esperança ainda pulsava dentro de mim, mesmo diante da fragilidade daquela situação. Levantei-me rapidamente, decidido a fazer tudo o que fosse necessário para trazê-la de volta. Ela era forte, sempre fora. Se alguém poderia lutar contra isso, era ela.

-não. Não precisa ser assim.-pedi tentando reanimar Louise que não deu sinal. Isso só pode ser uma brincadeira de mal gosto. Eu não posso perder você, não assim, não desse jeito.

-Louise.-Carl chamou pelo nome dela, confuso e em choque, não conseguindo acreditar que estava vendo-a morta. Ele ficou imóvel, os olhos cristalinos cheios de lágrimas, enquanto seus lábios trêmulos não conseguiam esconder a dor profunda que sentia. O ambiente estava pesado, e o silêncio parecia gritar ao redor deles. Nesse momento, a porta se abriu novamente, revelando Rosita e Pete. Com pressa, o cirurgião correu até Collins, determinado a fazer algo. Ele pegou o desfibrilador e se preparou para reanimá-la. O primeiro choque foi dado, seguido rapidamente pelo segundo e terceiro. A tensão era palpável; cada segundo parecia uma eternidade. Então, como se alguém tivesse arrancado uma faca do meu peito, vi a boca dela abrir-se abruptamente, puxando ar com dificuldade. Meu coração disparou enquanto observava seu busto subir e descer lentamente. Ela estava viva. Um misto de alívio e esperança inundou o ambiente, e a sala pareceu ganhar vida novamente.

-Carl...não chora.-ela pediu como um sussurro, sua voz rouca e baixa mostrava o quanto ela estava debilitada. seus olhos se abriram minimamente cansados fitando o adolescente com amor, sua boca apática mostrava o quando sangue ela perdeu, algumas lágrimas finas estavam caídas no canto do olhos. Ela voltou dos mortos. Louise voltou, e sua maior preocupação era o que Carl estava sentindo.

-preciso que se afastem.-ordenou o cirurgião. No mesmo momento senti as mãos de Carol me puxar para longe.

-Carl vamos.-Carol pediu com delicadeza vendo o garoto imóvel.

-eu não vou sair.-ele negou convicto prestes a ser rude com a Paletier. O garoto me olhou vendo que eu o fitava com negação, então apenas piscou algumas vezes saindo em passos apressados. Afinal o que aconteceu? Assim que essa dúvida surgiu, eu fui a procura de Glenn achando o mesmo sentado no chão na varanda.

Sobreviver-Daryl DixonOnde histórias criam vida. Descubra agora