Após o Apocalipse zumbi acontecer, Louise Milton Collins, encontra um grupo de sobreviventes que acaba se tornando sua responsabilidade, entre eles o homem por quem ela se apaixona, Daryl dixon.
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Louise Collins.
Assim que chegamos, me separaram do Daryl. Eu fui levada em uma sala onde me revistaram, ordenaram que eu tirasse minhas roupas me deixaram apenas com uma camisa branca que tampava minha roupa intima, em seguida Simon me levou para uma cela totalmente escura e fria, não tinha janela, não tinha nada, apenas a escuridão. Assim que ele fechou a porta, eu soltei tudo que estava sentindo, eu soluçava descontroladamente chamando pelo Glenn, eu desabei no chão tentando controlar minha respiração, mas eu não conseguia parar de soluçar eu não conseguia respirar, apenas chorar. Eu fiquei ali por horas, deitada no chão gelado, esperando alguém me acordar e dizer que foi um pesadelo. Eu me perguntava como minha família estava e quanto tempo já passou que eu estou aqui. Então, a porta foi aberta me fazendo apertar os olhos com a claridade que entrou, era dia.
-olha só pra você. Você tá acabada.-brincou Negan parado na porta. Apenas o fitei com raiva me arrastando pro canto da parede. Eu não sabia o que ele queria comigo.
-veio me matar?-questionei ignorando sua ofensa. O taco na sua mão está limpo.
-você quer morrer?-Negan indagou com outra pergunta querendo saber o que eu queria naquele momento. Eu desejo estar morta, mas isso não é uma opção. Meu silêncio como resposta fez o salvador se abaixar na minha altura, ele colocou a lucile perto do meu rosto.-você prove pra mim. Você obedece a mim. Você é Negan.-dizia firmemente tentando me colocar na coleira como fez com Rick. Me mantive em silêncio, encarando o homem na minha frente que estava sério.-ah você é durona. Vou te mostrar seu novo lar. Levanta.-ordenou me puxando pelo braço, deixando meu coração acelerado. Caminhamos pelos corredores que estavam movimentados, homens pra todo lado, com armas, walkie-talkie. Chegamos no "grande salão" o setor era enorme, muitos trabalhadores fazendo contagem de mantimentos. Era muito comida, mais do que o Negan e toda aquela gente precisa.
-olha quem está aqui. Tá dando uma voltinha, querida.-Simon brincou me despertando. Negan sorria amarelo com o taco nos ombros.
-Simon, deixa a mamãe quieta, ela vai rasgar sua garganta.-brincou Negan soltando uma risada acompanhada do seu braço direito.
-você não parece muito feliz. Que tal darmos uma voltinha em Alexandria?-indagou o salvador de bigode cinzento.
-não tem nada pra você lá.-disse me fazendo presente pela primeira vez.
-ahh tem sim. Sua redenção.-Negan desvendou como um jogo divertido.
-porque se preocupa tanto com minha redenção?-indaguei sem paciência, minhas palavras foram rápidas e ríspidas. O líder balançou seu taco de um lado para o outro enquanto fingia pensar. De repente ele agarrou meu cabelo perto da nuca, me conduzindo a olhar para um homem com um uniforme que um dia já foi branco, na blusa um A escrito com tinta laranja, ele trabalhava feito cachorro, sendo excomungado pelos salvadores fiéis.
-sabe o que acontece quando você me trai? Eu faço você lembrar onde é o seu lugar, e o resultado de tentar passar a rasteira em mim. Aquele desgraçado roubou a minha comida, agora eu vou mostrar pra ele as consequências disso, assim como eu fiz com o Dwight quando ele tentou fugir com uma das minhas esposas. Então, eu quero saber, Louise. O que você escolhe?-indagou o líder tendo meu silêncio como resposta. Esposas? Ele é oque? Um rei?
-o que você quer exatamente? Que eu mate pra você?-questionei querendo saber onde ele queria chegar.
-isso ou você pode ser uma das minhas esposas. Você é bonita demais pra segurar uma arma, querida. Eu vou dar tudo que você quiser. Mas a escolha é sua. Então, o que vai decidir?-perguntou e eu mal conseguia pensar naquela proposta absurda. Eu não aceitaria nenhum dos dois.
-me leva de volta pra minha cela, por favor.-pedi só sentindo vontade de chorar. Eu não queria pensar em nada, eu não senti vontade de voltar pra casa, eu só queria voltar para aquela cela escuro onde eu poderia pensar em silêncio.
-não quer voltar pra casa.-sugeriu Negan como um teste.
-eu só quero voltar pra cela.-disse novamente sem me importar com a presença do homem. Ele parou de sorrir por um momento.
-cacete, você amava aquele japonês.-dizia como se sentisse muito.
-o nome dele era Glenn, e ele era coreano.-corrigi. Ele nem sabia quem e o quanto tirou de todos nós. Imagens de Glenn e Abraham passavam como um flashback na minha cabeça. Eu me sentia doente, instável, eu só queria chorar.
-sinto muito, garota. Eu não mato pessoas que não merecem.-Negan disse seriamente me fazendo fitar ele. Aquele sorriso maldoso, aquele taco. Tirou tudo de nós. De repente eu senti meu sangue borbulhar, um sentimento de injustiça tomar conta de mim. Quando percebi já havia socado seu rosto, ambos fomos pro chão, porém fui puxada por Dwight que me imobilizou, eu me debatia no chão, tentando me livrar das mãos daquele traíra.
-ele não merecia. Eles não mereciam.-eu gritei para o mesmo enquanto era arrastada a força para longe dele.-eu escolho eles, eu nunca vou servir você, nunca.-berrei com todas as minhas forças querendo matá-lo.
-uau. Você viu isso, Simon? Tá aí a Louise que eu ouvi falar. Agora eu tô feliz pra cacete.-Negan dizia limpando o sangue acumulado no canto da boca.
-cuidado chefe, temos uma onça aqui.-brincou o braço direito de bigode cinzento.
-meu amigo, Dwight. Leva minha futura esposa pro quartinho do castigo. Só uma coisa querida, você não vai sair daqui tão cedo.-avisou Negan sem sorrir desta vez. Dwight me arrastou pela camisa até a minha cela, sua força me puxando com brutalidade. Ele me jogou lá dentro, fechando a porta com um estrondo que ecoou na solidão do lugar. Uma foto de Glenn morto foi empurrada pela fresta da porta, e meu coração afundou ao reconhecer aquele rosto que tanto amava. Fechei os olhos, tentando encontrar um pouco de paz em meio ao caos, mas o barulho do taco ressoava na minha mente, junto com o assobio que parecia sussurrar ameaças. Era como se cada som estivesse me lembrando da crueldade do mundo lá fora. As lágrimas começaram a escorregar pelo meu rosto novamente, quentes e salgadas, misturando-se com a dor da perda. Me pergunto como todos estão, como meus filhos estão se mantendo em meio a tudo isso. O pensamento deles me consumia, e ao mesmo tempo sentia uma impotência esmagadora; nada podia fazer por eles neste estado. O desespero se instalava em meu peito, e eu desejava desesperadamente poder protegê-los, mas tudo que restava era essa cela fria e sombria, onde a esperança parecia tão distante.