Lance Hornsby.

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Daryl Dixon.

Após não achar a Collins em lugar nenhum, me dei conta de que meus amigos sumiram, de que as crianças sumiram. Neste exato momento eu estava no chão sendo esganado por um homem enquanto seu amigo estava não muito longe morto pelo meu facão. Eu me debatia, tentava furar seus olhos, fazendo de tudo para me soltar, remexi a faca presa em seu peito fazendo o mesmo gruir de dor, mas isso não foi o suficiente. Carol surgiu dando uma paulada na cabeça do homem que caiu no chão, me levantei rapidamente vendo um sorriso em seu rosto que logo desapareceu assim que foi mordido pelo amigo transformado. Retirei minha faca que estava presa sobre seu peito dando um fim nós dois.

-levaram as crianças.-falei eufórico ainda com falta de ar.

-eles levaram todos.-Carol disse não me deixando nada surpreso.

-eu não acho a Louise, tentei falar com ela pelo rádio, mas tava dando interferência. Me pegaram de surpresa levaram até o cachorro.-falei irritado saindo daquela garagem.

-acham que era trupes.-questionou a de cabelos grisalhos.

-acho que tão trabalhando pra Pamela. A gente tem que encontrar o Mercer.-falei esperançoso.

-bom, será que ele vai nos entregar. Merda tem outra pessoa.-Carol questionou desesperada.

-Hornsby.-sugeri a primeira pessoa que veio em minha mente.

-ele sabe tudo de ruim que acontece aqui.-comentou a grisalhos.

-quer encontrar ele.-questionei querendo saber se a ideia estava de pé.

-quero mas isso não vai ser nada fácil.-Carol avisou andando em minha frente. Peguei o walkie-talkie chamando minha mulher.

-Louise, onde você está. Responde.-disse recendendo o silêncio como resposta.

-acha que Pamela prendeu ela.-Carol indagou me fitando.

-se ela estivesse dentro desses muros eu já teria achado.-respondi. Eu procurei em cada canto.

-e se alguma coisa acontecer com ela, o que vamos fazer.-perguntou a Peletier.

-do que está falando.-questionei sem saber onde ela queria chegar.

-e se ela acabar como a Lori.-a mais velha indagou com os olhos vermelhos. Eu a apenas fiquei em silêncio entrando no presídio da Comunidade. Ela é uma força da natureza, não vai morrer assim. Após prender os dois guardas Pegamos a chave não demorando para achar Mercer.

-e sempre assim sempre tem um caminho. Sempre tem um caminho sempre tem um caminho tem sempre uma saída.-Hornsby repetia sem parar enquanto rodava uma moeda nas mãos. Sebastian ou o que sobrou dele, se debatia no chão atrás de carne, enfiei meu facão no seu crânio colocando Lance contra parede.

-pra onde levaram eles, pra onde. Onde minha mulher tá.-gritei enfurecido apertando sua cabeça na parede de concreto enquanto meu polegar perfurava sua bochecha não cicatrizada.

-pare. Lance, lance, lance olha pra mim, olha pra mim. Não podemos deixar você aqui vivo, ou você fala onde tá nossos amigos ou você morre.-Carol dizia após me afastar.

-eu vou mostrar, vocês não confiam em mim mas eu entendo, eu sei como sair.-Hornsby desembuchou.

-anda.-ordenou a de cabelos grisalhos prestes a sair dali.

-espera o que é isso.-questionei notando algo preso em sua perna.

-um monitor de rádio frequência, ele vai disparar o alarme se eu sair desse lugar. Vai ter que cortar meu pé, vai me carregar.-indagou o homem.

-é melhor se preparar pra correr agora.-avisou a mais velha.

-espera preciso fazer uma coisa primeiro.-Lance disse indo até o corpo de Sebastian. Ele pisoteou não cabeça do morto deixando sua moeda nos miolos espalhados pelo chão. Assim que saímos as sirenes começaram a tocar. Guardas apareceram é um tiroteio começou, ordenei para Carol sair dali e assim ela fez, atirei contra os trupe até que não restasse nenhum. Em seguida sai da Commonwealth seguindo rastros para a floresta, andei por um bom tempo até escurecer o que só dificultou as coisas.

-oi amor, sou eu de novo. Onde você está.-questionei através do rádio mas recebi silêncio como resposta. Eu me perguntava se Louise estava bem, viva, segura. Fui tirado dos meus pensamentos assim que lanternas de carro chamaram minha atenção, com cautela cheguei mais perto vendo mais trupes armados, eles estavam de frente pra Carol prestes a matá-la. Sem pensar duas vezes metralhei todos a maioria morreu restando apenas um, porém Carol cuidou disso.

-tem dois fazendo turno andando pelo perímetro.-comentei olhando através do binóculo.

-não deveria ser um problema eliminar eles não pra você no caso.-Hornsby.

-e depois.-Carol indagou olhando de canto.

-vai chegar no seus amigos. O trilho sempre fuga algumas vezes mas conheço a rota de trem pra chegar lá.-comentou Lance.

-então a Commonwealth tem um trem.-Carol voltou a questionar.

-era parte do plano, uma visão pra expandir o alcance da Commonwealth pra expandir comunidades como a sua até chegar no mar.-explicou o homem.

-conectar ou conquistar.-indagou Carol alfinetando.

-tem que ser antes do amanhecer.-Lance comentou ignorando a mesma.

-nos sim. Você não.-falei breve. Ele não é bem vindo.

-o que, mas não podem ir lá sem mim.-disse Lance indignado.

-podemos sim.-Carol disse calmamente.

-como assim.-Hornsby perguntou incrédulo.

-você disse tem um trem.-falei sem muita paciência.

-vamos esperar eles chegarem e ver pra onde vai.-completou Paletier.

-ainda precisam de mim sobre como acabar com a Commonwealth pra criar um futuro melhor pras crianças pra todos eu sei que você me ouviu.-Lance dizia desesperado.

-sim porque você não calava a boca.-a de cabelos grisalhos assumiu.

-eu ajudei a construir a Commonwealth. Vocês não vem podemos deixar um lugar melhor, onde todos possam viver de verdade. Posso até ver a campanha pra isso aqui vocês não são definidos por quem eram mas aquilo que podem ser será um sinal de novo dia uma era pra todos.-Hornsby dizia desesperado.

-não todos.-falei excluindo o mesmo. Ele não merece lugar nenhum depois de ter caçado minha mulher e minhas crianças.

-você não.-Carol foi mais específica.

-então vocês vão me matar depois do que eu fiz pra vocês.-questionou nos chantageando.

-pode correr.-Peletier permitiu com a flecha na mão.

-correr pra onde.-indagou perdido.

-problema é seu, é sua única chance.-ela comentou fria.

-é mais do que você merece.-cuspi as palavras.

-eu sei cometi erros mas agora eu não sou mais assim aquele cara ele morreu naquela cela. Eu não vou sobreviver aqui.-dizia gaguejando algumas vezes.

-ótimo.-falei sem me importar com o mesmo.

-você é esperto Lance você consegue sobreviver.-Carol disse irônica.

-esperem por favor escutem um pouco.-ele tentou ganhar tempo.

-nós já ouvimos demais.-Peletier o interrompeu. Assim que Hornsby viu que não teria jeito ele se virou pegando uma arma dentro do carro mas em questão de segundo caiu agonizando no chão com uma simples flecha na garganta. Entramos no carro deixando o mesmo ali.

Sobreviver-Daryl DixonOnde histórias criam vida. Descubra agora