Hospital.

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Louise Collins

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Louise Collins.

A quilômetros de distância vimos uma horda de zumbis vindo direto pra comunidade. Pegamos tudo que podíamos indo pro edifício mais perto. Um hospital. O lugar estava vazio, tirando alguns gatos.

-torre na escuta.-Aaron perguntou através do walkie-talkie.

-Sim na escuta.-Gabriel respondeu e eu me aproximei do mesmo.

-estão indo pra Oceanside, como a gente esperava.-Aaron avisou.

-estão muito perto.-questionou Gabriel olhando pra mim.

-ainda não. Se alguma coisa mudar a gente avisa.-o homem com braço de ferro explicou.

-entendido. Se cuidem.-padre falou se despedindo.

-vocês também. Câmbio.-Aaron disse por fim. Coloquei a mão na barriga sentindo medo.

-Gabriel, onde a Judith está.-questionei olhando a minha volta.

-ela foi atrás do Daryl. Ele tá checando a área em volta.-respondeu o moreno me tranquilizando. Caminhei pelo edifício achando Lydia em prantos nos braços de Negan.

-o que foi que você fez.-perguntei ríspida puxando a garota para meu lado.

-eu não fiz nada, ela só tá colocando pra fora. Ela precisa disso-explicou o salvador com o cenho franzido.

-você não sabe do que ela precisa. Fica longe dela, Negan.-ordenei com raiva conduzindo a jovem para fora daquele cômodo.

-olha eu sei que você me odeia. Eu sei que você.-começou a dizer o Smith me seguindo.

-você não sabe nada. Nada.-gritei com rancor fazendo todos me olharem confusos e curiosos. Voltei ao normal levando Lydia pro outro lado daquela sala.

-não precisava ter feito aquilo. Eu sei me cuidar, tá legal.-a garota disse chorosa com os lábios trêmulos e os olhos transbordando.

-eu sei que você pode.-concordei com Lydia que abaixou a guarda vindo para perto de mim. Envolvi a jovem em meus braços abafando seu choro em meu peito. Eu e o Negan matamos a mãe dela. Não a nada que eu possa fazer. Pra mudar isso. Algumas horas se passaram e ela se acalmou.-está melhor.-questionei a fitando.

-estou sim. Você parece preocupada.-comentou Lydia me analisando.

-Daryl e Judith não voltaram ainda.-expliquei a minha preocupação.

-vai atrás deles.-permitiu a jovem me deixando surpresa.

-você vai ficar bem sozinha.-perguntei receosa colocando minhas mãos em seu ombro.

-claro. Te vejo depois.-afirmou a adolescente. Me levantei saindo do edifício pelas portas de trás. Caminhei pela floresta seguindo alguns rastros de galhos quebrados e pegadas pequenas, as vozes ecoaram pela área, me aproximei me apoiando em uma árvore. Judith e Daryl não me notaram ali.

-para com isso. Ela ama você.-dizia Daryl para garota. De quem eles estão falando?

-tanto quanto o Carl. Eu sei que não.-Judith rebateu me deixando desestabilizada.

-olha. Sua mãe passou por muita coisa, primeiro perdeu o Glenn e depois o Carl, isso mexeu muito com ela.-explicou o caçador tentando falar baixo. Uma lágrima se escorreu no meu rosto. Limpei rapidamente não querendo chorar.

-ela mudou. Depois que o Carl morreu, vem como pequenos flash, o sorriso dela, o vento bagunçando os cabelos dela, a mão cheia de tinta azul. Eu não vejo mais ela sorrir, não daquele jeito.-Judith dizia me fazendo colocar a mão no cenho. Não chora.

-as pessoas mudam, mas isso não significa que ela não te ama. Sua mãe daria a vida por você, e mataria qualquer um só pra ter ver bem.-Daryl explicava enquanto eu tentava me acalmar.

-mataria qualquer um, até mesmo você.-questionou a garota surpreendida.

-até mesmo eu.-confirmou o caçador. Ele não está errado. Eu mataria qualquer um pra que ela viva, até mesmo o Daryl. Com muito cuidado sai de mansinho, me dirigi para fora da floresta vendo o grande bando do Beta. Milhares de zumbis, estamos cercados. Peguei meu walkie-talkie para falar com Aaron.

-Aaron na escuta.-chamei pelo rádio, mas o aparelho só chiou.-Aaron, Alden, vocês estão aí, aconteceu alguma coisa.-questionei porém nada. Tudo em silêncio. Pude sentir meu coração parar na boca. Corri rapidamente indo para o lado oposto do prédio, minha respiração ofegante era presente até que três deles aparecem, mascarados. Peguei meu canivete ficando em alerta.

-nós andamos na escuridão, somos livres. Nos banhamos com sangue, somos livres.-uma sussurradora repetia se aproximando devagar. Ela está com medo? Chutei o pé do seu estômago, a mulher deu alguns passos pra trás caindo no chão. Em seguida os outros dois mascarados vieram até mim, eu tentei lutar contra os dois, porém um soco foi desferido na minha boca e outro no estômago, fiquei de joelhos no chão, mas não durou muito tempo. Os dois mascarados me colocaram de pé segurando meus braços. A sussurradora se levantou apontando uma arma pra mim.

-é melhor acertar.-provoquei ofegante tirando uma risada dela.

-você matou muito dos nossos. O Beta quer que você ande conosco.-a mulher sussurrou me conduzindo para fora da floresta. Eles vão me jogar para os zumbis.

-por favor. Eu tenho filhos.-pedi ficando imóvel antes de ir para o campo aberto. A sussurradora guardou a arma pegando seu canivete. Ela apontou a lâmina na minha direção.

-achei que ela era forte.-a voz masculina sussurrou embaixo da máscara de um dos sussurradores.

-continua andando.-ordenou a mulher sem paciência. Me virei rapidamente tentando escapar, mas fui pega de novo pelos dois mascarados. A mandante do beta veio até mim ficando bem próxima, sem pensar duas vezes abocanhei seu nariz fazendo toda força que eu conseguia, os gritos dela ecoavam pela floresta, meus dentes estão doloridos, o gosto metálico preencheu minha assim como um pedaço de cartilagem. Cuspi o nariz dela no rosto de um dos homens que me soltou enojado. Peguei a lâmina do mascarado que me segurava o degolando. A adrenalina subiu me deixando sedenta por mais, me virei para o único sussurrador que sobrou, ele está desarmado.

-não. Por favor.-ele gritou desesperado dando alguns passos pra trás. Caminhei até ele calmamente cortando sua garganta de orelha a orelha com um golpe rápido e limpo. Gemidos de dor chamaram minha atenção, me virei pra trás vendo a mulher no chão agonizando com a mão no nariz, ela ainda não morreu.

-eu não quero morrer assim.-ela assumiu deixando algumas lágrimas caírem.

-vocês acabaram com uma das nossas comunidades, mataram meus amigos e vieram atrás da minha família. Atravessaram meu caminho. Você vai morrer assim.-sussurrei cravando minha faca no lado esquerdo de seu pescoço, depois puxei a faca devagar até chegar ao outro lado. Fiquei observando ela morrer, engasgando com o próprio sangue. Não sei se vamos ganhar essa guerra, ou se vamos ter mais alguns dias ou anos de vida, mas eu vou fazer de tudo pra ver minha família segura, vou fazer de tudo pra ver todos eles seguros, nem que eu tenha que morrer, sinto que estou pronta.

Sobreviver-Daryl DixonOnde histórias criam vida. Descubra agora