Louise Collins.
Ainda estamos na casa amarela esperando Daryl ou Frost aparecerem, eles sumiram. Me pergunto se o Dixon tá vivo, se tá ferido ou tá sendo torturado, eu tô me remoendo a cada hora por ter tratado ele daquele jeito.
-eles estão aqui.-A viúva sussurrou saindo da janela. Corri para o segundo andar pegando minha bolsa colocando a caixa de joias e a camisa xadrez do Carl. Desci novamente entrando em um esconderijo que fica em baixo do chão na sala, de repente arrombaram a porta passando por cima do piso onde estávamos.
-limpo. Por aqui, ainda estão molhados.-uma voz feminina dizia. Droga ela achou as ataduras com sangue.
-então ele tava falando a verdade.-ouvi a voz do Daryl. Espera por que ele tá com os ceifadores?
-vamos ver os outros cômodos.-outra voz desconhecida falou caminhando por ali. Eles olharam cada cômodo. Não acharam nada.-nada.-disse por fim.
-talvez tenham saído pelo fundo, posso achar o rastro.-o Dixon sugeriu.
-tá com pressa de sair.-indagou a voz masculina.
-o que.-questionou o caipira sem entender a indireta.
-na outra casa você queria ficar pra vê se não passou nada, agora você quer sair correndo. Que papinho é esse.-perguntou o homem de cabelos pretos.
-olha só tô tentando ajudar.-o Dixon dizia inquieto.
-é mas só tá enchendo o saco.-o ceifador foi direto. Parece que eles tem uma rixa.
-ótimo mas se perderem ele a culpa vai ser sua não minha.-o motoqueiro lembrou.
-parem. Walsh verifica o perímetro devem ter fugido, oitocentos metros. Olha, eu não tenho tempo pra briga de muleque.-a mulher de cabelos brancos cuspiu as palavras de saco cheio.
-escuta.-o ceifador pediu mas foi impedido pela mulher.
-eu sei, eu entendo, mas não preciso disso vá procurar lá em cima só pra gente ter certeza.-ordenou a mais velha.-Não.-ela negou assim que o ceifador subiu as escadas.
-não o que.-Daryl questionou sem saber onde ela iria chegar.
-ou você tá com a gente, ou não tá.-ela disse dando uma opção a ele.
-o que quer que eu faça.-perguntou o caipira disposto a tudo.
-pra começar para de irritar o Carver isso sempre da merda.-alertou a de cabelo branco.
-eles fugiram não vão voltar aqui.-comentou o caçador assim que o ceifador desceu as escadas.
-como é que é.-Carver perguntou com o cenho franzido.
-é só pensar um pouco, vocês vieram pra cima mesmo se conseguirem mais gente não vão voltar aqui, é uma jogada ruim. Você tem vinte caras na sua vila, tem armas, tem segurança veriam eles chegando mais de um quilômetro, pode acreditar eles fugiram.-Dixon dizia nos passando informação.
-que ladainha é essa pra cima da gente.-Carver indagou ficando furioso.
-vamos nessa. Não tem nada aqui vamos continuar.-a de cabelos branco ordenou entrando no meio.
-não, isso não tá cheirando bem.-Carver relutou em ficar ali.
-ótimo, vamos perder mais uma hora.-reclamou Daryl.
-Daryl já chega.-ordenou a ceifadora.
-não é minha culpa que ele é muito burro pra presta atenção.-Dixon cuspiu as palavras de saco cheio.
-papinho papinho papinho.-Carver repetiu fazendo mímica com as mãos.
-já chega.-ordenou a mais velha com um rádio na mão.
-chega o caramba. Esse bosta quer brincar eu vou ensinar as regras pra ele.-Carver gritou se aproximando.
-eu tô bem aqui, cai em cima.-o caipira provocou.
-agora não é a hora, e essa decisão não é sua.-a ceifadora gritou.
-fala sério Shaw, a gente sabe bem quem ele é de verdade.-Carver falava como se fosse óbvio.
-o que.-a tal Shaw indagou.
-eu tava lá lembra. Depois. Que foi, se acha que vai acabar diferente.-Carver dizia. Do que eles estão falando?
-que papo é esse. Você me protegendo.-questionou Shaw com cenho franzido.
-lógico.-respondeu Carver.
-entendi. Enquanto ao incêndio, quando o Pope me trancou no barracão e meteu fogo aposto que você sabia. Tava me protegendo aquela hora também.-indagou a mulher.
-Shaw, acorda pra vida agora tudo aqui é um teste. Se acha mesmo que esse bosta vai se importar com qualquer um desse grupo você tá ferrada.-Carver dizia gesticulando com as mãos.
-ele tá certo. Não do a mínima pra nenhum de vocês, só pra você. Eu tô aqui por você. Não é segredo eu cometi erros, mas eu tô aqui agora. Talvez eu seja melhor dessa vez se você me deixar. O Pope me assusta pra caralho eu não tô afim de ser jogado por ele em uma fogueira, mas se você disser confia neles eu confio.-Daryl dizia para Shaw. Então finalmente entendi o que está acontecendo. Eu tô com tanta raiva.
-já perdemos muito tempo aqui.-Shaw falou ignorando o mesmo. Olhei pra trás vendo que todos estavam de cabeça baixa. Passei por eles saindo por uma pequena abertura que fazia o vento circular naquele quadrado pequeno, logo todos saíram também correndo pra floresta. Eu fui muito burra ao ponto de acreditar que o Dixon me amava, que eu era a única, agora eu tô carregando um filho dele e não posso fazer mais nada a respeito. As lágrimas quentes começaram a se escorrer, não é de tristeza mas sim de mágoa.
-Louise, anda mais devagar.-Maggie pediu me puxando pelo braço.-olha. Eu sinto muito, talvez seja só encenação.-falou por fim. Respirei fundo tentando me estabilizar.
-vinte homens, armas, proteção. A gente vai pra Meridian, vamos matar cada um deles. Não temos um exército, não precisamos de um.-falei com o cenho franzido sentindo raiva. Já chega de ceifadores, eles já tiraram muito de nós, tá na hora de revidar, e se o Dixon tiver no caminho ele morre também. A sensação de ser apunhalada pelas costa te corrói por dentro, ainda pior quando é alguém que está sempre ao seu lado, alguém que você daria a vida.
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Sobreviver-Daryl Dixon
HorrorApós o Apocalipse zumbi acontecer, Louise Milton Collins, encontra um grupo de sobreviventes que acaba se tornando sua responsabilidade, entre eles o homem por quem ela se apaixona, Daryl dixon.