Fugir.

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Louise Collins

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Louise Collins.

Três dias se passaram desde que fui deixada naquele lugar sombrio e isolado. O tempo parecia se arrastar, cada hora se transformando em uma eternidade. Negan fazia visitas constantes, sua presença era como uma sombra opressiva que pairava sobre mim. Ele entrava com um sorriso sarcástico, sempre acompanhado de seu bastão de baseball, Lucille, que refletia a luz de forma sinistra.
A cada recusa minha, por mais firme que fosse, um castigo era aplicado. Era como se ele estivesse testando os limites da minha resistência, buscando quebrar meu espírito. Negan parecia se divertir com o jogo psicológico que estava jogando. Ele se aproximava, inclinando-se para me observar de perto, seus olhos brilhando com uma mistura de diversão e crueldade sempre que vinha me ver. A porta se abriu com um rangido alto, e a luz do corredor invadiu o ambiente escuro, criando um contraste gritante com a penumbra em que eu estava. Não fiz questão de olhar quem era; já esperava por Negan.

-o que você quer, Negan?-questionei virada de costas enquanto tinha meus dedos desgastando a foto do Glenn.

-hoje não querida.-Simon corrigiu chamando minha atenção. Na sua mão, o chapéu do meu filho.-temos visita.-continuou achando engraçado. Me levantei rapidamente sentindo muita raiva e medo.

-se tiver feito alguma coisa com ele, vou te degolar como fiz com seus amigos.-assim que disse isso, um soco foi desferido na maçã do meu rosto, essa doeu.

-só pra constar, seu filhinho matou dois dos nossos homens.-Simon disse voltando a sorrir.

-tô orgulhosa.-assumi rapidamente o deixando irritado. Recebi um soco na boca, e a dor explodiu instantaneamente, fazendo-me apertar os olhos. O impacto foi brutal, e o gosto metálico do sangue se misturou com a saliva, uma lembrança cruel da violência que eu estava enfrentando.

-se você me dizer quem você é, eu posso te levar até o garoto. Então, quem você é?-Simon indagou mais uma vez. A tensão no ar era palpável enquanto eu acumulava o sangue na boca, sentindo a adrenalina pulsar nas minhas veias. Com um movimento rápido, cuspi sobre o rosto de Simon, a mistura de sangue e saliva se espalhando como uma resposta feroz à sua provocação. O tapa que ele desferiu no meu rosto em seguida foi tão forte que o ardor se espalhou rapidamente pela minha bochecha. Instintivamente, coloquei a mão sobre o local da agressão, tentando abafar a dor, mas o que mais me incomodava era saber que Carl poderia ver tudo aquilo. Eu não queria que ele sofresse por minha causa; precisava protegê-lo, mesmo que isso significasse suportar os abusos. Simon parecia se divertir com a situação, seu sorriso se alargando enquanto observava minha reação. Ele era um dos capangas de Negan, e eu sabia que ele não hesitaria em me machucar ainda mais se achasse necessário. A atmosfera no quartinho ficou ainda mais tensa quando Simon, perdendo a paciência, assobiou para dois dos seus amigos. Eles eram altos, armados até os dentes, prontos para fazer qualquer coisa que Simon ordenasse. O som do metal das armas sendo ajustadas ecoou em meus ouvidos, e meu coração disparou.

Sobreviver-Daryl DixonOnde histórias criam vida. Descubra agora