Carl Grimes.

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Louise Collins

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Louise Collins.

Os salvadores estavam entrando, eu não sei pra onde ir, onde Carl está. Me escondi atrás de uma árvore parando pra descansar, enquanto minha respiração voltava ao normal, foi como um estalo em minha mente. O esgoto. Corri para as ruas de Alexandria achando o mesmo, assim que me certifiquei que nenhum salvador estava ali, abri o esgoto entrando lá dentro. Desci as escadas levando um susto assim que vi armas apontadas para mim. Todos estavam ali.

-você está bem.-indagou Rosita e eu concordei olhando pra todos.

-estou sim. Todos estão a salvo.-questionei e o silêncio se fez presente. Depois dos olhos carregados de frustração que Daryl me lançou percebi que algo estava errado. Caminhei pelo esgoto escuro cheio de pessoas até que mais pra frente acho Rick e Michonne que olhavam para alguém que eu não conseguia ver, ao notar minha presença os dois saem da minha frente me dando a visão de Carl deitado sobre uma cama de acampamento, o suor em seu rosto era visível, assim como os lábios secos e pálidos, as olheiras roxas e fundas. Eu fiquei em silêncio esperando que ele dissesse algo mas o garoto apenas levantou sua camisa me dando a visão de uma mordida em sua barriga, eu me agachei no chão pedindo para que fosse um pesadelo, que fosse apenas um sonho, mas ao cair na real tudo ficou em silêncio, era como se não estivéssemos sendo atacados, como se não estivéssemos perdendo nosso único lar. O mundo ficou em silêncio para mim.

-Mãe, por favor diz alguma coisa.-implorou Carl com a voz rouca me fazendo piscar algumas vezes, eu me rastejei até o garoto me deitando ao seu lado. Estávamos centímetros de distância, eu podia sentir seus olhos conectados com os meus e nossas respirações profundas. Rick estava inconsolável e Michonne também.

-Carl.-falei como um sussurro aproveitando o som que soava quando eu chamava por seu nome, eu sabia que nunca mais chamaria você. Eu sentia as lágrimas quentes escorrerem por meu rosto o encharcando. Eu nunca me senti tão vazia como hoje.

-tá tudo bem, você vai ficar bem, isso não é culpa sua.-Carl dizia com a voz rouca enquanto eu passava meu polegar pela maçã quente de seu rosto.

-Carl, eu amo você.-falei sem forças deixando mais lágrimas escorrerem.

-Louise, eu amo você.-disse o garoto deixando uma lágrima escorrer de seu olho.

-você é meu menino, meu único menino. Carl eu tenho tanto orgulho de você, você é bom demais pra esse mundo. Eu sinto muito, Carl.-eu falava dizendo tudo o que eu não disse em todos esses anos, minha voz estava fraca e embargada. Eu podia sentir meus olhos inchados.

-Louise, isso não é culpa sua. Não precisa sentir muito, você vai superar, você tem que superar isso.-o garoto dizia com dificuldade enquanto segurava em minha mão.

Sobreviver-Daryl DixonOnde histórias criam vida. Descubra agora