(P.O.V. Régulus)
(15/12/1979)
A minha máscara havia caído.
Eu tive a chance de mata-lo. Só que eu não tivera coragem de matar Fenwick naquele dia e ele notara, estávamos frente a frente e ambos abaixamos as varinhas, e segundos depois, seu sangue escorria pelo beco em que estávamos.
- Eu salvei a sua vida! – Bartolomeu Crouch Jr. retirou a sua máscara, sorrindo para mim e eu senti todos os meus músculos tencionarem.
O que eu estava fazendo? Eu abaixei a varinha... Nem o conhecia e abaixei mesmo assim... e ele não me atacou... ele...
- Deveria colocar a máscara – disse após colocar a sua de volta no rosto e sair correndo, todo saltitante.
O corpo estava jogado por todos os cantos em vários pedaços e eu me senti... mal, muito mal por isso. Eu podia até não conhece-lo, mas sabia que Fenwick era puro sangue e Crouch também sabia, e... mesmo assim o matou como se não fosse nada.
Eu estava ficando confuso demais. O nosso intuito era salvar o mundo bruxo dos trouxas, os mesmos trouxas que ao descobrirem a magia queimaram nossa gente e que graças a eles, ainda éramos obrigados a viver em segredo, escondidos... então porque estávamos sacrificando bruxos de linhagem pura? Isso não fazia sentido. Eu tentara evitar pensar nisso, mas eu...
- Olha, e-eu sinto muito – falei, desviando meu olhar dos vários órgãos estatelados no chão e encarando a batalha sangrenta que estava acontecendo do lado de fora da residência de Alice e Frank Longbottom. – Eu n-não aguento mais isso – meus pés começaram a andar para trás e quando eu notei o esbarrão contra a parede já não era mais possível ser evitado.
Aparatei no mesmo segundo até a porta de Grimmauld Place e entrei correndo para dentro de casa, subi correndo a escadaria e tranquei a porta de meu quarto, sentindo um vazio muito grande em meu peito.
Minha garganta estava fechando e eu não estava conseguindo respirar direito, minhas mãos tremiam e então, eu entrei em choque vendo meus dedos... ao ver a aliança que estava em meu dedo voltar a ficar completa.
Mary...
Fechei meus olhos e as lágrimas começaram a cair, senti o desespero me preencher e a dor me consumir.
Se eu tivesse feito algo diferente naquele manhã...
Eu sabia que aquele silêncio entorno dos Comensais desde a prisão de Dolohov e Yaxley não era coisa boa. Naquela manhã não sabíamos quais seriam os próximos passos e nosso Lorde se mantivera distante.
E então, ele nos convocou, foi tão de repente, que eu sabia que alguma coisa muito ruim aconteceria naquele dia.
E no fim, eu estava certo...
- Já tem um certo tempo que sei de algo e gostaria de lhes informar – o Lorde começou a dizer assim que vários Comensais, todos encapuzados e usando as máscaras, estavam sentados e quietos. – A localização da Sede da Ordem da Fênix me foi confidenciada por um de vocês, meus queridos discípulos, e eu estava refletindo, e pensei, hoje é o dia! Hoje nós vamos vencer – ele bateu os dedos várias vezes contra a mesa. – Nesse exato instante, eles estão todos reunidos, tentando achar um jeito de nos deter. Infelizmente cometeram um erro. E sabem o que é melhor? Todos vão cair perfeitamente na armadilha – se afastando da mesa, caminhou até a porta e ordenou: - Traga o garoto! – arregalei os olhos ao ver Pettigrew amarrado e com a boca presa para que não pudesse gritar e, somente pelo jeito de andar reconheci quem o estava segurando, Crouch Jr. – Nada melhor do que um membro da Ordem da Fênix para convence-los a vir até nós, não acham, meus Comensais?
...continua no próximo capítulo...
(Recadinho da autora: A tempestade está apenas começando... rsrs)
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Os Marotos (Livro 2)
Fanfiction"- Dumbledore, algo está acontecendo sabe disso, não é? - Minerva perguntou, perplexa. - Algo está acontecendo por debaixo dos panos há anos, cara Mcgonagall. Disso todos sabemos há mais tempo do queiramos admitir para nós mesmos. - Qual é a chance...