Um patrono por vez

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(P.O.V. Remus)

(25/09/1977)

- Isso tá fora de cogitação! – exclamei e James cruzou os braços.

- Já tínhamos falado sobre isso antes, você até concordou, Moony!

- Eu falei que talvez, Prongs. Não dei certeza de nada.

- Basta uma aula, só umazinha, por favor.

- Falta dois dias – murmurei. – Minha energia tá quase zerada e você sabe, não vou conseguir fazer isso.

- Não precisa fazer! Só ensina, você é bom nisso.

- Não é porque você conseguiu ouvindo meus conselhos, que quer dizer que eu sou uma espécie de professor, James.

- Eu discordo!

- Prongs, me explica então, por que o Sirius e o Peter não conseguiram? Se eu sou tão "bom" professor assim, por quê?

- Sirius nem queria fazer isso e Peter só tava fazendo por fazer.

- Eu odeio você, Prongs – James sorriu e me abraçou.

- Isso é um sim, então?

- É – resmunguei, o fazendo me apertar mais ainda no abraço. – Socorro! – exclamei ao ver Lily, Peter e Sirius entrando na Sala Precisa.

- Tá valendo abraço coletivo? – Six perguntou, sorrindo debochado.

- De jeito nenhum! – escapei rapidamente, só ouvindo os risos atrás de mim.

- Do que vocês estavam falando? – Lily perguntou ao ser aproximar de James.

- Moony vai dar aula hoje – disse sorrindo, logo após selar seus lábios nos dela.

- Que incrível! – ela sorriu também.

- Ele conseguiu te convencer? – Sirius questionou ao me abraçar por trás.

- Digamos que... sim? – Pads revirou os olhos, rindo.

- Patronos? – Wormtail indagou ao se sentar em um sofazinho.

Antes que qualquer um de nós pudesse responder as portas se abriram, dando um único instante para Padfoot se afastar de mim e eu me recostar contra a mesa.

Gideon, Fabian, Alice e Frank haviam nos dado aquele susto, e por mais que Ali e Frank soubessem sobre eu e Six, os gêmeos não sabiam, e aquela situação tinha sido bem perigosa. Não consegui conter meu olhar de soslaio para Pads que sorriu triste para mim, amarrando o cabelo em seguida.

Enquanto o restante das pessoas - da agora chamada Ordem da Fênix - chegavam, eu permanecia sentado, apenas acenando quando conversavam comigo.

Como eu poderia explicar para todos ali a forma de se realizar o patrono? Obviamente nem todos ali conseguiriam, era questão de lógica saber disso, mas...

James havia conseguido. E James estava contando comigo.

- Não surta, você consegue – Lily disse ao se aproximar de mim e me dar um aperto no ombro.

- Valeu – sorri, tentando ao máximo esconder minhas mãos trêmulas.

- Com licença – Relish se aproximou de nós, nervoso.

- Oi e tchau, vou deixar vocês conversarem – Lily Evans era um amor de pessoa e sabia quase sempre a hora de sair de alguma situação.

- Aconteceu alguma coisa? – perguntei.

- Me expulsaram de casa – sussurrou.

- Quê?... Como...?

- Eu contei por uma carta, Remus – me interrompeu. – E eles me responderam por outra. Tô oficialmente fora de casa.

Os Marotos (Livro 2)Onde histórias criam vida. Descubra agora