A Ordem da Fênix

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(P.O.V. James)

(19/09/1977)

- O que tem em mente? – Sirius me perguntou enquanto caminhávamos em direção a sala precisa.

- Hoje é a primeira reunião oficial com todos os integrantes e eu tô surtando?! – debochei e meu irmão revirou os olhos.

- James Fleamont Potter! – parei de andar e o olhei.

- Fala logo, Pads.

- Você convidou pessoas da sonserina e só ousa me contar antes de sairmos do quarto! – exclamou revoltado.

- Já tínhamos conversado sobre isso antes – respondi. – Eu te falei que não íamos renegar ninguém.

- Vai simplesmente entregar a sala precisa de mãos beijadas pra pessoas não confiáveis?

- Claro que não, Padfoot.

- Então, me explica direito!

Respirei fundo e o puxei para dentro de uma das salas que estávamos próximos, silenciei nosso arredor e o olhei.

- Sei que não tenho explicado direito o que tem acontecido ultimamente...

- Não tem mesmo – afirmou com os braços cruzados.

- Maninho, todos os integrantes assinaram uma espécie de formulário com o Dumbleodore, é como se fosse um sigilo, todos que assinaram não vão conseguir abrir a boca sobre o que tá acontecendo e nem onde é a sala precisa. Fiz isso pra segurança dos que vão continuar e dos que podem acabar querendo sair quando perceberem no que tão se metendo.

- Eu não assinei nada.

- Porque eu confio em você como confio em mim mesmo. Por que pediria pra que você assinasse? Sendo que já falou pra mim milhões de vezes que se eu fosse, iriamos juntos? - Sirius me olhou fixamente e simplesmente me abraçou.

- Dá pra começar a me explicar as coisas de novo? Sem segredos, como antes? – questionou – Prefiro não ficar sendo ranzinza e chato.

- Pode deixar, ranzinza – satirizei e seu sorriso maroto cresceu assim como o meu.

- Certo... É o seguinte então, o último que chegar a sala precisa vai ter que pagar uma prenda depois – tendo o dito, saiu correndo que nem um louco.

- Você não deu a largada! – gritei e sai correndo atrás.

Frank e eu havíamos planejado isso durante dias e dias. Conversamos com pessoas específicas e deixamos Dumbleodore chamar outras, era um grupo bem grande até, sendo que todos os integrantes pertenciam ao sexto e o sétimo ano, de todas as quatro casas.

Graças a Merlin, havíamos finalmente decidido um nome para o grupo de treinamento, ainda era um segredo, mas eu e Longbottom já tínhamos decidido.

- Todos já chegaram? – perguntei para Frank assim que a aposta da corrida contra Pads havia acabado, inclusive, depois da trapaça no pontapé inicial, ele tinha ganhado por questão de segundos.

- Ainda falta... – ele olhou de soslaio para a lista e logo completou: - ninguém. Era só vocês dois mesmo.

- Certo – olhei para meu irmão e ele sorriu.

- Boa sorte e arrasem viu – sussurrou e pôs-se a caminhar na direção de Peter e Remus.

- Preparado? – perguntei e Frank assentiu, sorrindo de orelha a orelha.

- Vamos nessa – disse e nós dois fomos para a frente de todos ali presentes.

- Oi gente, eu primeiramente, em meu nome e em nome do Longbottom, agradeço a presença de todos vocês – falei sorrindo. – Creio que aqueles que Dumbleodore chamou assim como os que nós chamamos tem uma noção do motivo de estarmos aqui. As coisas lá fora estão ficando cada vez piores, e muitos dos aurores, infelizmente morreram durante alguns confrontos. Eu pensei seriamente que essa guerra já teria acabado, mas ela só está começando. Sei que se estão aqui, concordaram em lutar e aprender a como fazê-lo lá fora, de verdade. Mas quero lembra-los que isso aqui não é mais uma "brincadeira" de criança, pessoas morreram e ainda outras estão morrendo a cada dia, é uma guerra de verdade – me virei para Frank e ele deu um passo à frente.

Os Marotos (Livro 2)Onde histórias criam vida. Descubra agora