Saída dramática

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...

Pettigrew olhava desesperado para todos os lados.

- Ora, ora, olá, Peter – Remus disse, friamente. – Há quanto tempo!

- S... Sirius... R... Remus. Meus amigos... meus velhos amigos...

Pads praticamente rosnou ao apontar a varinha, mas ser segurado pelo pulso por Remus. Foi um luta de olhares, até Remus se virar para Peter de novo, ainda mantendo Sirius sob controle.

- Estávamos tendo uma conversinha, Peter, sobre os acontecimentos da noite em que Lily e James morreram. Você talvez tenha perdido os detalhes enquanto guinchava na cama...

- Remus – Peter tremeu ao olha-lo -, você não acredita nele, acredita...? Ele tentou me matar, Remus...

- Foi o que ouvimos dizer – havia tanta frieza em sua voz, que o próprio se surpreendeu. Tantos anos acreditando que o amor de sua vida havia feito aquelas coisas, e descobrir tudo aquilo de uma só vez... – Eu gostaria de esclarecer algumas coisas com você, Peter, se você quiser ter...

- Ele veio tentar me matar outra vez! – Remus sentiu uma imensa vontade de rir ao perceber que o dedo no qual Peter apontava para Sirius era o médio, porque ele havia arrancado o dedo indicador... – Ele matou Lily e James e agora vai me matar também... Você tem que me ajudar, Remus...

- Ninguém vai mata-lo – os olhos de Sirius ficaram sombrios ao ouvi-lo dizer aquilo – até resolvermos umas coisas.

- Resolvermos umas coisas? – perguntou, desesperado. – Eu sabia que ele viria atrás de mim! Sabia que ele voltaria para me pegar! Estou esperando isso há doze anos!

- Você sabia que Sirius ia fugir de Azkaban? – questionou Remus. – Sabendo que ninguém jamais fez isso antes?

- Ele tem poderes das trevas com os quais a gente só consegue sonhar! – gritou. – De que outro jeito fugiria de lá? Suponho que Aquele-Que-Não-Deve-Ser-Nomeado tenha lhe ensinado alguns truques?

Sirius gargalhou alto ao ouvir aquilo. Não era uma risada de alegria, era de ódio. O mais puro ódio guardado durante doze anos.

- Voldemort me ensinou alguns truques? – Peter se encolheu diante do nome e Sirius riu mais ainda. – Que foi? Se apavorou de ouvir o nome de seu velho mestre? – provocou. – Não o culpo, Peter. O pessoal dele não anda muito satisfeito com você, não é mesmo?

- Não sei o que você quer dizer com isso, Sirius...

- Você não andou se escondendo de mim esses doze anos. Andou se escondendo dos seguidores de Voldemort. Eu soube de umas coisas em Azkaban, Peter... Todos pensam que você está morto ou já o teriam chamado a prestar contas... Ouvi-os gritar todo o tipo de coisa durante o sono. Parece que acham que o traidor os traiu também. Voldemort foi à casa dos Potter's confiando em uma informação sua... e Voldemort perdeu o poder lá. E nem todos os seguidores dele foram parar em Azkaban, não é mesmo? Ainda há muitos por aí, esperando a hora, fingindo que reconheceram seus erros... Se chegarem a saber que você continua vivo, Peter...

- Não sei... do que está falando... – Peter olhou para a única pessoa que pensara poder enganar, e começou a murmurar em desespero: - Você não acredita nessa... nessa loucura, Remus...

- Devo admitir, Peter, que acho difícil compreender por que um homem inocente iria querer passar doze anos sob a forma de um rato.

- Inocente, mas apavorado! – exclamou. – Se os seguidores de Voldemort estivessem atrás de mim, seria porque mandei um dos seus melhores homens para Azkaban, o espião, Sirius Black!

Os Marotos (Livro 2)Onde histórias criam vida. Descubra agora