O mapa nas mãos de um maroto

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...

Sirius fora longe demais. Invadir o quarto com uma faca e só conseguir rasgar o cortinado de uma das camas, fugindo ao não encontrar Harry...

Dias após o ocorrido e mais nenhum sinal dele.

Remus procurara o cheiro dele por todos os cantos, mas o único local que havia ficado marcado era o quarto de Harry e dos outros meninos que dormiam com ele.

Já era tarde, mas Lupin continuava em sua sala, terminando de preparar outras aulas. Estava frio e ao buscar um agasalho em sua maleta, apenas achou um suéter antigo, vestindo-o sem pensar muito, afinal de contas, Sirius havia dado aquele... Não pensaria no assunto! Isso era um ponto final.

De repente algo lhe preencheu os ouvidos...

- CALE A BOCA! – aquela era voz de Harry...

Imediatamente Remus foi na direção.

- Que foi que disse a mim, Potter? – Ah, não, Snape não...

- Disse para parar de falar do meu pai! Conheço a verdade, está bem? Dumbleodore me contou! O senhor nem estaria aqui se não fosse o meu pai! – Precisava interromper aquele assunto, antes que Snape...

- E o diretor lhe contou as circunstâncias em que seu pai salvou a minha vida? Ou será que considerou os detalhes demasiado indigestos para os ouvidos delicados do precioso Potter? – Mais rápido, mais rápido... Se Snape contasse... – Eu detestaria que você saísse por aí com uma ideia falsa sobre seu pai, Potter. Será que você andou imaginando um glorioso ato de heroísmo? Então me dê licença para corrigi-lo: o seu santo paizinho e seus amigos me pregaram uma peça muito divertida que teria provocado a minha morte se o seu pai não tivesse se acovardado no último instante. Não houve coragem alguma no que ele fez. Estava salvando a própria pele junto com a minha. Se a peça tivesse chegado ao fim, ele teria sido expulso de Hogwarts.

- Droga, Snape, nunca sabe a hora de calar a boca – murmurou consigo mesmo ao chegar no fim do corredor, mas parou, ouvindo a mudança súbita de temática da parte de Snape.

- Vire seus bolsos pelo avesso, Potter! – Harry obedeceu e Remus viu os artigos da Zonko's e... Por Merlin! Não estava acreditando no que seus olhos viam.

Snape pegou a saca da Zonko's e Harry empalideceu.

- Foi Rony que me deu. Ele... trouxe para mim de Hogsmeade da última vez.

- Verdade? E você anda carregando isso desde então? Que comovente... e o que é isto? – As mãos de Snape tocaram em algo que nunca deveria ter chegado até ele.

- Um pedacinho de pergaminho. – Harry deu de ombros e ele continuou mexendo no que não devia.

- Com certeza você não precisa de um pedaço de pergaminho tão velho – comentou. – Por que não... jogá-lo fora? – Raiva pulsou no peito de Remus ao vê-lo aproximar o pergaminho da lareira próxima.

- Não! – Harry exclamou depressa.

- Então... Será que é mais um precioso presente do sr. Weasley? Ou será que é outra coisa? Uma carta, talvez, escrita com tinta invisível? Ou instruções para ir a Hogsmeade sem passar pelos dementadores? – Um pouco de tudo, foi a resposta que Remus deu mentalmente, e muito mais. – Vejamos, vejamos... – murmurou, passando a varinha no pergaminho apoiado por uma escrivaninha. – Revele seu segredo! – Nada aconteceu. – Mostre-se! – Remus ficou indignado ao vê-lo agredir o pergaminho surrado. – Severus Snape, professor desta escola, ordena que você revele a informação que está ocultando! – Ele bateu novamente e a vontade de arrancar-lhe a varinha, quebrando-a em mil pedacinhos surgiu-lhe fortemente.

Os Marotos (Livro 2)Onde histórias criam vida. Descubra agora