Capítulo 27 - A melhor magia do mundo: chocolate.

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Evie passou toda segunda aula tentando conciliar sua ansiedade por querer ir logo à biblioteca com seu completo tédio, enquanto se esforçava para fingir prestar atenção em tudo que a professora falava

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Evie passou toda segunda aula tentando conciliar sua ansiedade por querer ir logo à biblioteca com seu completo tédio, enquanto se esforçava para fingir prestar atenção em tudo que a professora falava.

Naqueles momentos ela sentia falta das escolas da ilha e de como ninguém naquele lugar se comprometia em manter os alunos interessados. Chegava a ser engraçado a maneira como os próprios professores falavam: “Quer sair? Saia, fico feliz em não precisar lidar com sua burrice”. Enquanto em Auradon, os mestres faziam questão de manter os alunos em sala até o último segundo, sem um pé para fora da porta, até que a lista de chamada estivesse preenchida, os cadernos vistados e as cadeiras organizadas. “Ridículo!” era o que a azulada pensava, enquanto batia seu pé no chão de forma inquieta.

Até que, depois de alguns minutos, o sinal finalmente tocou, e Evie pode se ver livre de toda agoniante espera, tendo a autorização para que finalmente se levantasse e caminhasse depressa em direção a saída, pronta para poder cuidar de seus próprios interesses. Quando de repente, assim que se aproximou da porta, foi surpreendida por um aroma extasiante, levemente adocicado, sem ser enjoativo, diferente do cheiro de qualquer alimento que ela já chegou perto de provar. Isso a lembrou que, além de ser a hora do intervalo, ela também estava cheia de fome.

Seu primeiro pensamento foi: “Foco Evie! Você não tem tempo a perder, se a biblioteca fechar você vai ter que esperar até amanhã.”, mas exatamente no mesmo segundo, como se fosse uma espécie de sinal do universo, sua barriga roncou, fazendo um som semelhante a um leão rugindo furiosamente, e aquela típica dorzinha causada pela fome veio a tona.

Ela não podia simplesmente pular sua primeira refeição do dia, afinal, é a mais importante de todas, mas a regra sobre não comer na biblioteca era bem restrita, e ela não estava disposta a receber uma bronca da fada madrinha, então, se vendo sem escolha, e por puro respeito às suas necessidades humanas, a decisão já estava tomada.

Ela foi até o refeitório da escola em passos apressados e rapidamente se juntou à fila da lanchonete, já que ainda tinha esperança de terminar sua refeição a tempo de fazer sua pesquisa. Os outros alunos a encararam, e por um segundo ela até teve a impressão de ouvir alguns cochichos, mas não deu importância, já que antes que pudesse pensar em algo, sua vez havia chegado e sua atenção se voltou a outra coisa.

— Jane? — a azulada perguntou, surpresa ao ver a jovem fada usando uma touca descartável, com luvas de plástico em suas mãos, enquanto servia alguns alimentos nas bandejas azuis da escola.
— A-ah, oi... — a garota respondeu envergonhada, colocando duas fatias de pizza em um prato branco.
— Eu não sabia que você trabalhava aqui.
— É... — ela concordou, abaixando a cabeça. — Minha mãe me obrigou. — sua voz retraída revelava seu desânimo, o que fez com que Evie se sentisse, por algum motivo desconhecido, comovida.
— Bom, pelo menos você vai poder pegar as melhores comidas primeiro. — Grimhilde brincou, mostrando um sorriso amistoso a garota. — Por exemplo, se eu fosse você, já teria enchido minha barriga com uns 15 pedaços dessa coisa doce cheirosa. — ela apontou para o doce assim que o mesmo foi colocado em sua bandeja.
— Você quer dizer o babka de creme de avelã? — Jane perguntou, rindo baixinho da fala da maior.
— É assim que se chama? Nossa, pela aparência eu pensei que fosse ter um nome mais chique. — ela riu discretamente de sua própria piada, vendo a garota de olhos azuis fazer o mesmo.
— Com licença, vai demorar muito aí? — alguém na fila atrás da azulada falou em tom alto, chamando sua atenção, o que a fez perceber que já estava parada no mesmo lugar por mais tempo do que o necessário.
— Argh... — ela grunhiu em desaprovação. — Gente chata, não é? Ficam bravos só em ver duas garotas bonitas conversando. — ela falou baixinho, de forma que apenas Jane pudesse ouvir.

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