Capítulo 33 - Uma última chance.

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Ben estava se saindo muito bem em ser discreto diante a tudo isso, porém vez ou outra durante o breve diálogo que estava tendo com os VK’s, os olhares que trocava com Evie revelavam sua vontade quase desesperada de falar sobre o elefante branco no...

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Ben estava se saindo muito bem em ser discreto diante a tudo isso, porém vez ou outra durante o breve diálogo que estava tendo com os VK’s, os olhares que trocava com Evie revelavam sua vontade quase desesperada de falar sobre o elefante branco no meio da sala, e paralelamente a isso, Evie sentia que a qualquer momento iria explodir se não tivesse respostas imediatas sobre o que estava acontecendo. Então, quando Mal mandou Ben comprar os sorvetes de cada um, a garota de azul suspirou aliviada pela oportunidade perfeita de estar a sós com o príncipe.

Não foi difícil inventar uma desculpa para ir comprar os refrescos com ele, mas estava sendo praticamente impossível aguentar a ansiedade enquanto o senhor da barraquinha anotava o pedido lentamente, exatamente como é esperado que uma pessoa com dor nas juntas faça. Mas agora o homem finalmente havia se distanciado, e Ben estava livre para explicar tudo o que aconteceu para Evie.

— Ela fez o que!? — a garota exclamou em um tom um pouco alto demais para alguém que deveria estar sendo discreta.
— O contexto é longo, mas para resumir: se as pessoas souberem que eu fui enfeitiçado por uma VK, eu vou ser visto como um idiota e muita gente vai se encrencar, e a Mal sabe disso, então ela disse que se a gente não continuar namorando ela vai falar para todo mundo o que aconteceu. — Ben explicou para a aquela em sua frente, em tom baixo, com uma expressão séria em seu rosto.
— Então ela vai se entregar só para ferrar você?
— Exatamente.
— Eu sempre soube que a Mal faria qualquer coisa para conseguir o que quer, mas eu nunca pensei que ela chegaria a esse ponto. — agora a azulada parecia pensativa, mas ainda chocada. — Então… A gente tem que pensar no que vamos fazer, não é?
— Não, Evie. Eu não quero te envolver mais nisso, e por enquanto não tem o que fazer.
— E você vai só aceitar? Fácil assim?
— Eu não acho que tenha outra opção. Mas relaxa, ok? Vou tentar encontrar um jeito de acabar com tudo isso.
— Só não sei se… — Evie começou a falar mais uma vez com seu tom abalado, quando de repente foi interrompida pelo dono da barraquinha de sorvetes.
— Aqui está! — o senhorzinho falou, carregando com dificuldade quatro picolés em suas mãos.
— Obrigado. — Ben rapidamente mudou sua expressão, se esforçando para esconder sua falta de ânimo com um sorriso amigável. — Quanto eu te devo? — o príncipe perguntou, pegando a carteira que guardava no bolso de sua calça.
— Você não deve nada! — o senhor respondeu, intensificando ainda mais as rugas em seus olhos quando sorriu de forma alegre. — É uma honra servir o futuro rei.
— Não, eu insisto. — o garoto abriu sua carteira e, com cuidado, pegou a nota de maior valor que havia ali, entregando para o senhor.
— Ah, sempre um cavalheiro, não é?. — o mais velho comentou, abrindo mais seu sorriso, enquanto aceitava a nota. — E a mocinha não vai querer nada mesmo?
— Eu não estou com vontade. — Grimhilde mostrou um sorriso gentil enquanto recusava.
— Obrigado de novo, tenha um ótimo dia! — Ben pegou os picolés e começou a se distanciar do carrinho, vendo Evie o seguir.
— Eu só não sei se consigo fingir que engulo esse relacionamento de mentirinha. — a garota continuou sua frase de antes, sussurrando.
— Você tem que conseguir, por favor…

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