Capítulo 12

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Quando Yoongi desceu para o café na manhã seguinte, Jo o esperava impaciente do lado de fora da sala de refeições.

— Como foi? — perguntou sem preâmbulos, seguindo Yoongi para dentro do salão. — Me conta tudo.

Enquanto empilhava ovos mexidos e torrada no prato, Yoongi riu dela.

— Você é tão intrometida.

— Ele te beijou de novo, não beijou? — perguntou Jo. Quando Yoongi fez que sim, ela soltou um gritinho. — Ele tá louquinho por você. Te convidou pro baile?

— Não — respondeu Yoongi. — Talvez ele só goste de me beijar.

— Ele vai convidar — afirmou Jo confiante, enquanto se dirigiam à mesa habitual.

— O Jungkook é que estava totalmente estranho ontem — disse Yoongi, contando o que aconteceu, e Jo franziu o rosto.

— Isso é... bizarro — disse Jo. — Acha que ele tá com ciúme?

— Nunca — confirmou Yoongi. — Ele me odeia. O jeito como agiu ontem à noite... foi como se eu repelisse ele. E eu não sei o que tava rolando entre eles, mas foi muito pesado. Por um segundo pensei que fossem partir pra briga.

— O Jungkook não ousaria — disse Jo. — Ele ia arrumar milhões de problemas se fizesse isso. Mas e daí? O Taehyung gosta de você! E com certeza vai te chamar pro baile.

***

Durante a semana, só se falava no baile — quem iria com quem, o que iriam vestir e como todos podiam beber champanhe e não haveria toque de recolher.

Taehyung estava envolvido num projeto enorme, por isso ele quase não o viu. Mas a maneira como ele o olhava quando se viam deixava claro que a noite de sábado não tinha sido uma aberração. Ele não conseguia manter as mãos longe dele. Quando se encontravam no corredor ele o abraçava ou acariciava seu braço. E todas as vezes os encontros o deixavam ligeiramente sem fôlego e com fome de mais.

Mas ele ainda não o tinha convidado para o baile.

Ao mesmo tempo, Jungkook o ignorava por completo. Sempre que o encontrava, ele olhava como se não o visse. Na aula, seus olhares nunca se cruzavam. Ele o tratava como se ele não existisse. Quando a sexta-feira chegou, Yoongi estava determinado a descobrir o que estava acontecendo. Só não sabia ao certo como fazer isso.

Depois da aula naquela tarde, ele correu para a biblioteca na esperança de encontrar um livro obscuro de poesia para a aula de inglês de Isabelle. Quando abriu a porta, bateu em alguém que vinha no sentido oposto.

— Desculpa — disse, e então parou.

Do umbral, Jungkook olhava furioso para ele. Quando ele passou por Yoongi sem dizer nada, o menino deu um basta.

— Ei! — sussurrou rispidamente. — Qual é o seu problema?

— Nenhum. — Sua voz estava distante.

— Ah, é? — disse ele. — Então por que você ficou tão perturbado? — Se enfiando na frente dele, ele entrou na biblioteca.

Ouviu a porta se fechando atrás. E então Jungkook o pegou pelo braço, virando-o para ficar de frente para ele.

— Você não pode me chamar de perturbado — sibilou num sussurro dramático.

Yoongi pode ver quão irritado ele estava, mas não deu a mínima.

— Posso te chamar do que quiser, Jungkook — falou, sacudindo a mão dele para longe do seu ombro. — E o jeito como você tem agido ultimamente não é normal. É babaca demais.

Night school - YoonKookOnde histórias criam vida. Descubra agora