A névoa Negra (Dadzawa)

Capítulo 16 - Aizawa/Hitoshi

Izuku estava melhor. Não é o ideal, mas melhor que o normal. Ele recebeu um novo terapeuta que conseguiu diagnosticá-lo corretamente, bem como prescrever o medicamento certo para ajudar. Ele começou a comer... mais ou menos. Ele tentou comer, era mais difícil para ele aguentar muito. Toda vez que ele ficava mal por comer, ele surtava. Ele pensou que seria punido por estar mal.

Contar a ele sobre Hitoshi foi diferente do que esperávamos. Ele parecia mais animado por ter um irmão do que assustado. A explicação dele foi: "Se ele é seu filho, então ele tem que ser legal!". Honestamente, ele confia muito em nós agora.

Já se passaram 3 meses. 3 meses desde que ele tentou se matar. 3 meses desde que ele foi internado no hospital. 2 meses desde que ele foi libertado. E 1 mês desde que ele se tornou oficialmente seu filho adotivo. Izuku finalmente ganhou algum peso, ele ainda era tímido e nervoso, mas não tinha um ataque de pânico a cada dez segundos. Ele foi considerado estável o suficiente para voltar para casa.

Izuku sentou-se na cama enquanto jogava o popular jogo de cartas War, com Hizashi e Shota.

-Então Izuku, você está animado para sair do hospital? - Hizashi pergunta enquanto Izuku recolhe as cartas que ganhou.

-Sim- ele disse com um pequeno sorriso.

-Isso é bom, estamos ansiosos para você finalmente ir embora também. - Eu digo.

-Ahhh, meu Deus Izu! Como você continua ganhando! - Hizashi sorri enquanto Izuku segura todas as cartas.

-Sorte- Ele ri. Vê-lo feliz é bom. Ele finalmente está tendo paz. Finalmente livre.

-Então você quer ouvir o plano Izuku? - Hizashi pergunta. Izuku inclina a cabeça em questão.

-Que plano? - Ele pergunta.

-Dos próximos dois dias, bobo! -

-Oh. Claro. - Izuku diz simplesmente.

-Bem, amanhã chegamos às 10 para buscá-lo. Shota e eu preencheremos a papelada--

-Você quer dizer que vou preencher a papelada. - Interrompo.

-É, Shota vai preencher a papelada para você ir embora, iremos para casa, você encontrará Hitoshi, e almoçaremos! Você vai passar o dia se acomodando, mas no dia seguinte vamos às compras! - Hizashi diz com seu entusiasmo.

-Compras? Por quê? - Izuku pergunta.

-Como assim por quê? Suas roupas são basicamente trapos. - eu respondo.

-Mas--

-Sem desculpas. Além de roupas, você também pode conseguir coisas para decorar seu novo quarto e algumas coisas para brincar. -

-Mas eu tenho Tulip e o baralho. -

-Sim, isso não é suficiente. Você já terminou o livro de quebra-cabeças e aquele livro de colorir. Você pode conseguir mais assim ou algo novo. -

-Oh. Ok. -

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Certo. Admito. Fiquei chateado com Izuku. Posso ter fingido que estava bem, mas estava bravo, triste e confuso. Por que eles precisavam de outro filho, eu não era bom o suficiente? Quer dizer, eu sei que sou, e eles provavelmente só querem ajudar. Eles provavelmente apenas se sentem mal por ele. Fui forçado a ler sobre ele, também tenho pena dele. Mas só porque tenho pena dele, não significa que gosto dele.

-Ei Hitoshi! Último dia como filho único, você está nervoso? -Papa diz bagunçando meus cabelos depois de entrar. Os dois acabaram de voltar de uma visita a Izuku.

-Ha, na verdade não. É apenas mais uma criança. -

- Que bom que você pensa nele dessa forma, em vez de em alguém especial. - Papai retrucou.

-Eh, tanto faz.- Dou de ombros. Eu não queria falar sobre isso, então me voltei para o meu jogo de Mario Kart.

-Então o que você quer para o jantar, pequeno ouvinte? Vamos sair para comer hoje à noite. -Papa pergunta.

- Hum, só porque é meu último dia como filho único? - eu ri.

-Sim, praticamente garoto. A dieta dele é bem leve e precisa de alimentos orgânicos, então comer fora não vai acontecer com frequência. - Papai responde.

-Tudo bem então, vamos para xxxx. O udon deles é o meu favorito. - Digo me levantando. Larguei meu jogo e peguei meu telefone na mesa de centro.

-Legal, vamos- Papai diz.

O jantar foi bom. Foi como normalmente acontece, eu gostaria que pudéssemos continuar assim. Eles não precisam de outro filho.

-Então, sorvete? - perguntei no caminho para casa.

-Ei, por que não. - Papa disse. Então, paramos em uma sorveteria. Eu peguei pistache, papa pegou cookies e creme e papai pegou mocha. Foi delicioso. Quem sabe se conseguiremos fazer isso de novo. Aquele outro garoto vai arruinar nossa família e papa e papai simplesmente não percebem isso. Eu apenas terei que mostrar a eles.

Eu mostrarei a eles que não precisamos dele.

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735 palavras.

Obrigada pela leitura :D