Izuku acorda em um quarto branco, sentando-se e olhando ao redor. Uma máquina emite um som ritmado de acordo com os batimentos cardíacos de seu coração, uma bolsa pinga água para mantê-lo hidratado e mais máquinas fazem seu trabalho ao lado dele.
Não havia relógio nem janela, então ele não tinha ideia de que horas eram. Ele se deita, ouvindo os lençóis brancos enrugando-se. Ele pensa no que aconteceu.
A fumaça.
A névoa.
Preto.
Fumaça.
Foi disso que ele se lembrou. Ele se lembra da fumaça e depois... dos seus pais. Sua mãe e seu pai. Oh Deus, o que ele fez! Ele cobre os olhos com o braço, bloqueando a luz da lâmpada, e começou a soluçar silenciosamente. Ele não conseguia acreditar que sua mãe e seu pai haviam ido embora. Ele estava tão perdido em seus pensamentos que não ouviu a porta se abrir.
A porta se abre e dois médicos, um policial e Eraserhead entram. Um dos médicos vai até o menino chorando e se senta lentamente em sua cama, Eraserhead observando o tempo todo.
-Ei filho. - Ela diz em voz baixa. Ela coloca a mão no ombro dele. -Vai ficar tudo bem. Meu nome é Nishihara Chou, estou aqui para te ajudar. Eu queria saber se você poderia se sentar para que possamos fazer algumas perguntas? -
O menino, percebendo que alguém estava ali, estremeceu quando a pessoa se sentou, mas então ouviu a voz dela. Foi reconfortante. Ele nunca se sentiu tão calmo em sua vida. Ele tira o braço dos olhos acenando para a simpática senhora, sentando-se com a ajuda dela.
-Bom, que bom ver que você tem força! - diz Nishihara. -Agora, eu e esse homem simpático aqui, - ela aponta para o segundo médico- vamos verificar como você está, ok? -
Izuku responde com um aceno de cabeça, disposto a ouvi-la para sempre.
-Bom. - Nishihara assente. Ela e o outro médico fazem coisas simples, verificam os ouvidos, os olhos, o nariz, a boca e os reflexos. Eles examinaram seu coração, pulmões e estômago em busca de alguma anormalidade. Ele estava bem.
O segundo médico recua enquanto Nishihara faz sinal de positivo para o policial e Eraserhead. -Tudo bem, última coisa, você se importa em responder as perguntas desses simpáticos cavalheiros?
Izuku acena com a cabeça, como uma indicação de que responderá às suas perguntas. Ele estava disposto a fazer qualquer coisa que ela mandasse.
Nishihara dá um passo para trás, permitindo que o policial avance. Ele se agacha para ficar no nível dos olhos de Izuku.
-Vou fazer algumas perguntas e você só tem que responder com sinceridade, está bem? Bom. Qual o seu nome? -
-Izuku Midoriya. - Sua voz estava tão baixa, há quanto tempo ele estava dormindo.
-Quantos anos você tem? -
-8. -
-Qual é a sua peculiaridade? -
Izuku faz uma pausa. Ele olha para suas mãos sem saber como responder, não depois do que acabou de acontecer.
O policial rabisca algo e continua: -Você sabe o que aconteceu? -
Izuku olha para o policial com horror nos olhos, seus olhos verdes começam a lacrimejar, quando lágrimas começam a escorrer por seu rosto. -E-eu, -ele gagueja.
As lágrimas vão aumentando quando Nishihara se aproxima e coloca a mão em uma das mãos de Izuku. -Calma, - ela fala com sua voz calma. -Vai ficar tudo bem, basta responder às perguntas do homem simpático. -
Izuku imediatamente se acalmou com o som de sua voz. Isso acalmou suas lágrimas quando ele olhou para o oficial. -E-eu acho que os matei. - Ele responde, mesmo depois de ser mandado por Nishihara para se acalmar, ele começou a chorar novamente, a culpa pela morte de seus pais pesava em seu peito. Nishihara apenas acariciou a mão de Izuku, calando-o lentamente, para acalmá-lo. Ele se engasgou com os soluços. -E-eu-não era minha intenção. Eu só queria proteger minha mãe. -
-De quem? -
Izuku olha para seu colo. -P-p-papai. Ele estava tentando machucar a m- mamãe. Ele... ele queria... matá-la. Eu só queria pro-proteger ela. - Ele soluçou.
O policial assentiu e se levantou, como se tivesse acabado de confirmar que sua crença era verdadeira. Na verdade, ele sabia o que aconteceu, só queria ouvir da boca do garoto. Ele não culpa o garoto por matar seus pais, pelo menos ele se sentiu mal. O pobre garoto perdeu os pais, embora o policial tenha pensado que poderia ter sido uma bênção disfarçada. - Obrigado Izuku. Entraremos em contato. - diz ele, com calmamente. Ele acena para Eraserhead enquanto sai pela porta.
O tempo todo Eraserhead ficou apenas observando, tomando cuidado para não se mover, para não assustar a criança. Nishihara pode ter uma peculiaridade que lhe permitia acalmar qualquer um, mas ele não queria arriscar. O garoto já estava chorando quando entrou. Ele observou Nishihara confortar o menino, garantindo-lhe que não era culpa dele. Na verdade, não foi. Ninguém poderia culpar uma criança por não controlar sua peculiaridade, especialmente no caso de Midoriya.
No dia anterior
Izuku Midoriya estava desmaiado há cerca de uma semana, exausto pelo uso excessivo de sua quirk, privação de sono, desidratação e fome. Os pais da criança definitivamente bateram nele, com todas as grandes marcas em seu corpo. Aizawa foi chamado por médicos e policiais para fazer um resumo da situação e da criança.
-Obrigado por ter vindo Aizawa. Como você sabe, achamos adequado que você, entre todas as pessoas, soubesse o que está acontecendo com o jovem Midoriya. - afirmou um médico.
Aizawa apenas concordou com a cabeça, ele queria saber o que aconteceu.
-Bem, vamos te dar um rápido resumo. Acreditamos que a mãe do jovem Midoriya estava sendo agredida por seu pai bêbado, e em um momento de desespero, o jovem Midoriya forçou uma manifestação peculiar. -
-Forçado? Isso não é possível, não é? - Perguntou Aizawa.
-Garanto que é perfeitamente possível. Não é comum, encontrado apenas em crianças que passam por situações das quais precisam sair. Seu corpo se adapta para ajudar a criança a escapar da situação. O único problema é que é extremamente difícil de controlar. As crianças geralmente matam alguém ou a si mesmas. Seguindo em frente, o jovem Midoriya forçou uma manifestação peculiar, matando seus pais. É extremamente perigoso, então é por isso que queremos você na sala com ele sempre que alguém estiver lá. Não desejamos que ninguém se machuque até que aprenda a controlar essa peculiaridade. Você entende?
Aizawa se recosta em sua cadeira. Ele está perplexo com seu conhecimento recém adquirido. Como resposta, ele apenas acena com a cabeça.
-Ótimo, agora fique seguro. Não queremos que nada aconteça. –
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1072 palavras.
Obrigada pela leitura :D
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A névoa Negra (Dadzawa)
FanfictionA casa de Izuku Midoriya nunca foi a melhor quando criança, e as coisas pioraram quando seu pai abusivo se cansou de sua família. Em uma fúria bêbada, ele atacou sua esposa e filho com o objetivo de matar, então a peculiaridade de Midoriya se manife...