Capítulo Trinta

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Matteo

  Skye olhava para mim como se eu fosse uma assombração.

  -- Então é assim que você ficou tão boa. - Disse para descontrair e fui para a cozinha. Nem me lembrava o que eu ia fazer ali.

  Silêncio.

  Apenas silêncio. Fiquei no vácuo. Ótimo. Perfeito para a minha autoestima que já não andava lá aquelas coisas.

  -- Matteo...

  Pulei de susto. Skye estava atrás de mim na cozinha e eu nem ouvi seus passos.

  -- Puta merda! - Coloquei a mão no coração, me forçando a respirar devagar.

  Skye riu, e isso me deu vontade de sorrir também.

  -- Desculpa. Eu só... queria agradecer por você ter ajudado hoje de tarde. E dizer que a música que eu cantei... Ela não...

  -- Não foi para mim?

  -- É. Se encaixou, foi mal, é que assim... pareceu bastante né? Mas não foi. Eu só não queria deixar o clima esquisito.

  Assenti.

  -- Certo.

  Ficamos olhando um para a cara do outro em silêncio à pouca luz.

  -- Mas já tá estranho. - Acrescentei.

  -- Eu sei.

  Não sei como, nem quem deu o primeiro passo. Mas eu e Skye estávamos nos beijando. Minhas mãos apertavam aquela bunda linda enquanto minha boca saqueava a sua e vice-versa.

  Encaixei minhas mãos nos quadris de Skye e a puxei para a minha direção, grudando nossos corpos.

  Fazia pouco tempo que eu tinha começado a beijar Skye, e eu não queria parar nunca mais. Nossas bocas se reencontrando, nossas mãos deslizando pelas blusas largas um do outro...

  Coloquei Skye sentada na bancada, feliz que ela seria com o quê eu iria me banquetear essa noite.

  Skye

  Não sabia o que eu estava fazendo.

  E de verdade, nem queria saber.

  Após sentar no balcão gelado, Matteo continuou me beijando e eu intensifiquei agarrando seus cabelos pela nuca, gemendo quando sua língua alcançou profundidade em minha boca e eu correspondi, sedenta por aquele contato.

  -- Tem certeza que você quer... - Ele suspirou, acariciando minhas coxas e me deixando toda arrepiada enquanto me encarava com os olhos turvos de tesão.

  -- Eu não vou transar com você. - Eu disse tão ofegante que até eu duvidei de mim mesma.

  -- Eu ia perguntar se tava tudo bem eu te chupar. - Ele deu um sorriso lateral. - Calma, Lua, tá com medo?

  -- Claro que não, babaca.

  -- Porque eu só mordo se você pedir.

  O centro das minhas pernas já estava latejando, ouvir que Matteo queria usar sua boca em mim para não só apenas me lamber como também me chupar não ajudou em nada.

  -- Por que perguntou se...?

  -- Eu ia perguntar por conta de tudo que aconteceu. - Ele não carregava mais o sorrisinho esperto. - Em relação à tudo.

  Suspirei e segurei a gola da camisa de Matteo, o beijando como resposta.

  -- Eu não quero pensar em tudo que eu e minha família vivemos nesses últimos dias, não quero pensar em mais nada e acho que você consegue me ajudar com isso.

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