Capítulo Quarenta e Três

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Skye

  Não fui na casa dos meninos no fim de semana, apenas Harper deu uma passada aqui e ainda me ajudou a estudar, de resto, fiquei com a cara enfiada nos livros.

  A única coisa que realmente me desconcentrou foi que Matteo não respondia nenhuma mensagem desde sexta de noite. Ele disse que ia comer pipoca com Maverick e sumiu do mapa.

  Me forcei a não perguntar de Matteo para ninguém, mas estava começando a me deixar realmente mal e ansiosa.

  Quando o vi na escola, segunda de manhã, pedi licença para Alice e Marcela, dizendo que era muito importante. Elas apenas comcordaram e disseram para mim ir.

  Corri até Matteo, que estava sozinho, Maverick deveria ter ficado na entrada conversando com o time de basquete como sempre. Ele estava de costas para mim, colocando algumas apostilas e cadernos no armário, e fazendo a troca para as aulas de hoje.

  -- E aí, solzinho? - Me encostei no armário do lado. Matteo me ignorou. - Solzinho?

  Nada. Como se eu nem existisse.

  Por um momento tentei cogitar se eu realmente tinha morrido do caminho de casa até aqui, mas cheguei a conclusão que não.

  Quase, na verdade.

  Atravessar a rua estava se tornando mais perigoso a cada dia.

  -- Esquilinho Theodore? - Tentei mais uma vez com bom humor.

  Ele fechou o armário e se virou de costas, andando.

  Isso fez meu sangue ferver.

  Me coloquei em sua frente, impedindo-o de passar.

  -- Ei! Babaca! - Grunhi.

  Matteo finalmente olhou para baixo, me encarando com... raiva? Ele estava com raiva?

  -- Qual seu problema hoje?

  -- Me deixa em paz, Willow. - Ele tentou desviar, mas fiquei na sua frente novamente.

  -- O que aconteceu?

  -- Sai da minha frente, Skye.

  -- O que eu te fiz?

  -- Vaza, caralho.

  -- Vai se foder, porra. - Para o resto das pessoas era uma conversa normal, pois não tínhamos levantado o tom, mas era o que eu mais queria no momento. Gritar com ele.

  Ele riu de forma sarcástica, e eu quis desfigurar seu rosto bonito com as unhas. Babaca do cacete.

  -- Skye, sai da minha frente. - Ele repetiu, sério. - Agora.

  -- Eu não vou para lugar nenhum até você explicar que merda aconteceu.

  -- Aconteceu que você é uma filha da puta.

  -- O quê?!

  Ele revirou os olhos.

  -- Eu sei o que você fez, Skye. Chega de bancar a santa defensora dos fracos e oprimidos.

  -- E o que eu fiz?!

  -- Vazar meu pau para a escola inteira talvez, porra?!

  Arregalei os olhos.

  Não.

  Não. Não. Não, não, não, não, não, não.

  -- Você...

  -- Sim. Eu descobri.

  -- Eu não...

  -- Eu tenho provas, Skye. Eu sei que você que mandou para Mandy, tá? E ela espalhou para todo mundo. Agora sai da minha frente.

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