Capítulo 11

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Os olhos de Natasha se esbugalharam e seu peito começou a subir e descer freneticamente, estava hiperventilando. Ela se levantou bruscamente da mesa, derrubando a cadeira pesada de madeira junto, se afastando em passos pequenos para trás enquanto suas mãos se erguiam para suas orelhas. Por que elas estavam zunindo tão alto?

— Natasha? – ouviu Wanda falar consigo, mas era difícil distinguir as palavras. Sua cabeça estava girando com pensamentos caóticos, ela estava perdendo o chão, pela primeira vez em muito tempo, tinha um furacão dentro do seu peito e ela não estava no controle. — Nat, me escuta.

— Eu não posso ser... Você só pode estar brincando, Wanda! – ela conseguiu soltar em meio aos gritos e espasmos que seu próprio corpo dava. Sim, ela tremia.

— Nat... – Wanda a olhava cada vez mais preocupada. — Você tem que se acalmar! – a feiticeira não sabia como atravessou a mesa tão rápido e se colocou de frente a sua antiga mentora. — Olha para mim, por favor.

Mas era como falar estando a metros de distância dela, as palavras mal chagavam até a ruiva que por incrível que pareça, tinha lágrimas escorrendo de seus olhos. Isso fez o coração de Wanda apertar. Era a primeira vez que a via chorar.

— AGATHA! – gritou com certo desespero para a bruxa que já estava de prontidão para invadir a privacidade das mais novas a qualquer momento. Em segundos, a morena já estava no cômodo com os olhos arregalados. — Me ajude! Eu não sei o que fazer!

— Ah, ótimo! – exclamou. — Bruxas-bebês... Bruxas-bebês... - era o que Agatha murmurava como para não se esquecer e se acalmar. — Natasha Romanoff, me escuta já! – ela tentava gritar enquanto sentia o ar da casa ficar cada vez mais denso. Isso a deixou minimamente preocupada. — Você já é uma mulher bem crescidinha para dar piti!

Isso capturou os olhos verdes atormentados de Natasha que finalmente reparou a enorme quantidade de energia dourada que saía de seu corpo. Isso a assustou ainda mais. Não podia ser verdade!

— Sim, sim, você é uma bruxa agora. Lide com isso! – Agatha novamente tentava parecer mais calma do que estava. A qualquer momento aquela novata poderia explodir o casebre em uma explosão de energia e isso só brincando. Ah, como ela tinha inveja dessas bruxas que tinham poder tão fácil! Ela só precisou ressuscitar, literalmente!

Natasha estava longe de se sentir controlada, suas mãos tremiam e cada vez mais ela sentia tudo brilhar em amarelo ouro, até que em meio a ventania que ela própria tinha criado, sentiu um corpo se colidindo com o seu. Um corpo que conhecia bem, o cheiro que era distinguível a quilômetros...

— Wanda... Eu não consigo parar! – ela conseguiu dizer em agonia.

Os braços de Wanda a acolheram mesmo com dificuldade com toda aquela magia do caos saindo do corpo de Natasha descontroladamente. Era como uma de suas antigas crises. A magia dourada não a machucava, mas destruía lentamente átomo a átomo os móveis da casa. De canto de olho via Agatha envolvida num escudo de magia roxa e com a gaiola do Senhor Scratchy, o coelho dela. Suspirou fundo.

— Tudo bem, Nat. Está tudo bem, você pode soltar tudo. Não vai nos machucar! – sussurrou baixinho em seu ouvido. — Libere de uma vez.

E foi o que Natasha fez olhando bem nos olhos calmos de Wanda, a explosão partindo daquele enlaço, partiu levando cada coisa ao pó, seja da casa ao pomar, tudo dentro do HEX com exceção das três bruxas, voltou a ser um grande e vazio no meio do nada.

Era como se nunca tivesse existido nada ali.

<...>

— É, isso está uma maravilha! – Agatha disse com ironia batendo em suas vestes e observando a magia de Natasha se dissipando dentro do HEX que incrivelmente estava de pé. — Ainda bem que reforcei o HEX anteriormente, senão já estaríamos cercadas dos engomadinhos das artes místicas – rolou os olhos e se fixou para o que deveria ser o céu. — Wanda, eu sei que está tendo um momento com a ruivinha, mas vou precisar de você aqui. Espero que esteja se sentindo espetacular!

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