Capítulo 21

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— Wanda, você precisa comer! – Agatha resmungou para o prato quase intocado de Wanda a sua frente. A carne toda picada e os legumes mais separados um dos outros, mas conteúdo que é bom, ela mal tinha comido. — Eu sei que não é nada comparado a comida que Natasha fazia para você, mas precisa se alimentar!
— Não diga o nome dela! – fosforesceu Wanda com um olhar afiado e um tom arisco. A morena apenas revirou os olhos para a possível birra da menina-mulher a sua frente continuando a encará-la.
— Coma. Não estou pedindo algo impossível! – não abaixou o tom. Se Wanda queria assim, teria seu lado tão teimoso e birrento quanto ela. — Sua aparência já está ficando cadavérica. Então quando sua preciosa Natasha voltar para você, estará uma bruxa, no pior sentido da palavra, queridinha.
Wanda bufou virando o rosto e Agatha estreitou os olhos.
— Cinco anos morta pelo jeito não te amadureceram, continua uma criancinha mimada, pelo amor de Deus, mulher, você a mandou embora! – relembrou com gosto vendo a expressão de Wanda vacilar de raiva para tristeza, mas durou segundos, até a face habitual dela retornar.
— Eu precisava mandá-la embora, não que eu queria que ela fosse – murmurou quase num fio de voz inaudível.
— Mas é claro, acha que eu não sei? – a mais velha respirou fundo. — Você se abriu para ela e depois teve a decepção de perceber que não era o momento ideal. Eu disse que temia as suas expectativas sobre ela desde o primeiro dia!
— Eu fui uma idiota de achar que...
— Não, pare agora! – a morena a interrompeu. — Nada de lamentos sobre o que deveria ter sido ou não. Aconteceu! Pessoas são decepcionantes na grande maioria das vezes, Wanda, lide com isso como a mulher adulta que é.
Wanda se encolheu com os braços cruzados, é claro que sabia que Agatha estava certa, mas sua teimosia era maior.
— Não aja como se fosse o fim de tudo porque sabemos que não é, Maximoff! – acrescentou para a bruxa-bebê extremamente poderosa e tão emocionalmente frágil. — Natasha vai voltar. Ela me disse que voltaria para você, para cá, para casa.
A feiticeira se segurou naquelas palavras como uma tábua de salvação, seu humor vacilava muito durante a semana que Natasha partira, seu apetite antes pequeno, era quase inexistente. Ela sabia que provinha de seu mau humor e extrema ansiedade para que Natasha voltasse, tinha se acostumado tanto com sua presença nos últimos meses, com a proximidade que a ausência doía e ela se punia não comendo.
Mas se obrigou a pegar os talheres e empurrar algumas garfadas a baixo.
Wanda às vezes sentia, mesmo que de muito longe, onde sabia que a outra parte de sua alma ressoava de volta para ela, como um puxão que se ondulava numa corrente invisível que as ligava. Sentia Natasha tentando a chamar, tentando entrar em seus sonhos, em seus pensamentos, mas estava magoada e por mais que a saudade a corroesse, ela mantinha um escudo erguido forte contra qualquer estímulo exterior. Mantendo-a sozinha como ela quisera em primeiro lugar.

— Eu e Clint fomos longe demais com nossas provocações, Nat – Laura não bateu na porta do quarto de Natasha no meio da noite, quando a insônia a percorreu e sabia dos hábitos de coruja de sua amiga. Estava mais que certa, Natasha não dormia, estava sentada no tapete felpudo, que outra hora foi motivo de briga entre ela e a bruxinha, com as pernas em borboleta e os olhos fechados. — Está meditando agora?
Houve silêncio por uns dois minutos, até que Laura viu o tronco da ruiva inflar numa respiração profunda antes de abrir os olhos, estava séria, mas seus olhos denunciavam uma tristeza que a morena duvidava que ela queria estar demonstrando. Parecia levemente perdida, como se seus olhos buscassem incansavelmente algo e não encontrasse.
— “Tentando” seria a palavra mais adequada – a resposta veio em um sussurro rouco, como se as palavras estivessem se arrastando para fora de suas cordas vocais.
A espiã aposentada não insinuou que aquilo era outra mudança dessa nova mulher, apenas sentou-se a uma distância mínima no tapete que era realmente uma delícia de sensação, Wanda costumava comprar as brigas certas.
 — Sobre a conversa mais cedo... - os olhos da Viúva ficaram levemente ariscos, mas isso só fez a outra mulher repuxar um sorriso. — O que Clint não terminou de contar é que teve um breve encontro com Yelena.
— Com minha irmã?
— Sim, Yelena foi contratada para matar Clint – a voz de Laura agora não passava de um murmúrio. Ela sabia bem que seu marido tinha habilidades bem trabalhadas e era extremamente competente, mas era um soldado, um agente e no máximo um espião quando preciso. E quando pensava que uma Viúva Negra tinha sido contratada para exterminá-lo, isso lhe dava arrepios na espinha, Nat era alguém que aprendeu a amar, porém era alguém que apesar do passado horrível de controle mental, tinha sido criada para matar. Era isso que Viúvas Negras eram, representantes da morte.  — Ela o culpava por sua morte.
— Eu... Isso é ridículo! Como Yelena pôde pensar numa coisas dessas? - uma leve agitação agora borbulhava o estômago de Natasha. — O que vocês contaram sobre a minha morte? O que o mundo sabe sobre minha morte para que minha irmã tenha cogitado matar meu melhor amigo?!
 Laura abaixou a cabeça e suspirou fundo.
— Boa parte disso pode-se dizer que é culpa dos Vingadores – comentou com a voz meio contida em sua boca, quase travada. — Somente quem lutou na batalha contra Thanos sabe o que realmente aconteceu, e ainda assim tem várias versões rondando o mundo daqueles que participaram da guerra. 
— O que quer dizer com isso, Laura?
— Não podíamos fazer um funeral que você merecia, do tamanho do sacrifício que fez por todos nós, porque não podíamos contar como você morreu – falar isso foi doloroso para Laura, ela se sentia envergonhada até mesmo agora que sua amiga estava viva e respirando. — Era arriscado contar ao mundo sobre Vormir, sobre a joia da alma, então os que restaram tomaram a decisão de inventarem uma história de que morreu lutando. E todos os outros concordaram em repetir essa mesma mentira se perguntassem.
— Então eu morri apenas como mais uma qualquer – Natasha soltou com mais ressentimento que pretendia. Ela sentiu raiva por seu sacrifício não ter sido reconhecido, porque no final, se lembrariam que a espiã assassina russa finalmente tinha recebido o destino que merecia. Mesmo que lutando pela humanidade, a morte era o que merecia. — Agora eu entendo o porquê Wanda não demonstrava animação em me apresentar de volta para o mundo.
— Nat...
— E de alguma forma minha irmã descobriu a verdade e tentou retaliar – absorveu a primeira informação que lhe foi jogada, um sorriso de escárnio se abriu em seus lábios. — É bem a cara da Yelena fazer algo assim. E no final, apenas duas pessoas, pelas razões que fossem, lutaram até o fim por mim – o rosto de Natasha virou para o de Laura com mais emoções que a outra poderia contar, encarando com espanto as íris douradas da Viúva. — E depois de tudo que nós passamos, Laura?
Os olhos da morena estavam arregalados para a visão que estava tendo, os cabelos ruivos estavam meio esvoaçantes como se tivessem uma gravidade própria, os olhos antes verdes, estavam de um dourado líquido da cor do ouro mais brilhante. A expressão em seu rosto era de revolta e tristeza, com os lábios sem cor enquanto estavam sendo espremidos com força.
— Nat, o que é isso? O que aconteceu com você? - Laura perguntou o mais calma possível, não queria acordar as crianças ou Clint, nem mesmo parecer uma ameaça à Viúva.
Natasha rosnou e fechou as mãos enquanto magia amarela queria escapar e lembrou-se das palavras de Agatha sobre a runa, só funcionaria se ela tivesse forças para conter seu poder, a runa se quebraria se abraçasse a vontade de deixá-lo eclodir.
Ela ignorou os suplícios de Laura, a morena não poderia ajudar agora, então tentou recorrer a única pessoa que poderia.
— Wanda, por favor, me deixe senti-la – implorou em voz alta, tentando enviar seus pensamentos conflituosos para a Feiticeira. Ela sentia que se mais magia escapasse, a casa poderia chegar a tremer até os alicerces. — Por favor – pediu com um aperto no peito, mas nenhuma resposta veio. — Me desculpe... - sua voz continha toda tristeza pelo seu equívoco, sufocada pela culpa de ter sido idiota, tantas emoções e sentimentos a rondavam, sufocando-a, até que sentiu uma faísca de poder dentro de si, uma faísca vermelha que a acalmava como um bálsamo, e lhe dizia que ela não estava sozinha.
Foi como respirar depois de um tempo dentro d’água, se agarrou àquela faísca que se expandiu dentro de si para um laço que sabia que se seguisse, encontraria Wanda. Aos poucos a runa que ardia em sua nuca foi se amenizando até um leve calor febril, sentia que seu corpo tinha suado um pouco ao tentar controlar essa explosão, mas tudo que importava para ela foi que pela primeira vez em uma semana, Wanda a tinha respondido.
Ω
Quando os olhos da Viúva se abriram, o Sol estava no alto do céu e seu corpo gritava dolorido pelo controle que teve que exercer para não ceder a sua magia.
A runa em sua nuca pulsava como um coração vivo o que a fez levar sua mão para o lugar, buscando um pouco de conforto. Se lembrava nitidamente do que tinha mostrado a Laura, isso seria um problema que ela não estava com ânsia de resolver.
Suspirou passando os olhos pelo quarto, não tinha nenhum estrago permanente. O cômodo continuava como uma mescla de suas donas. Quando foi procurar uma muda de roupa depois de um banho inevitavelmente gelado, teve a certeza de que não se esqueceria de Wanda mesmo se quisesse naquele lugar.
As roupas da feiticeira se acomodavam ao lado das suas, seus pertences e seu gosto estavam por todo lado, marcando ainda mais sua presença.
A ruiva passou a mão pelas peças e parou em um casaco fofo de lã. Essa peça em específico ainda continha  o cheiro inconfundível de Wanda, era um dos casacos de Natal usados tradicionalmente na casa dos Barton.
Não se conteve ao tirar do cabide e apertar contra o rosto, inspirando aquele cheiro que tanto acalmava quanto inquietava seu corpo. Sentia falta da dona daquelas sensações.
Ela tinha magoado Wanda, sabia muito bem disso, mas ontem quando precisou dela, a bruxinha não tinha a recusado. Ajudou-a a se acalmar e evitar que se descontrolasse. Isso foi o bastante para levar um sorriso pequeno aos lábios da ruiva e tomar a decisão de vestir aquele pedaço de tecido vermelho com um grande “W"  bordado no centro em preto.

— O que aconteceu na noite passada, Wanda?
Os olhos verdes da feiticeira observavam o imenso pomar que finalmente estava dando frutos. Era bobagem aos seus olhos se impressionar com isso, suas árvores criadas por magia dando frutos, mas não podia evitar.
— Aconteceu algo? – o cinismo em sua voz era nítido enquanto sua expressão se mantinha plena. Curvou o corpo no beiral da varanda de seu quarto, enchendo seus pulmões do ar levemente adocicado.
— Eu diria que sim, espertinha – Agatha revirou os olhos. — Se esquece que fui eu quem fiz a runa de Natasha, minha magia está entranhada nela, não como a sua, é claro, mas...
— Se você já sabe, então não vejo necessidade de me perguntar.
— Você a respondeu, isso me surpreendeu. Pensei que estava com raiva já que não gosta nem que eu a mencione -  Agatha falava sem medo do humor instável da feiticeira.
— O que quer que eu diga? Você diz para mim não ficar me remoendo sobre o passado, mas olha só você querendo me arrancar uma fofoca! – os olhos da feiticeira se reviravam e ela bufou se voltando para a cadeira de sol.
— Desculpa por querer um pouco de entretenimento!
— E você nem se dá o trabalho de disfarçar – um movimento de dedos fez uma xícara de chá aparecer em suas mãos. — Estou preocupada com ela – suspirou fundo.
— Eu diria que esperava que ela perdesse o controle em menos tempo para ser sincera.
— Ela melhorou muito na sua ausência, Agnes, e até começou a gostar de sua magia – sorveu outro gole. — Algo sério deve ter ocorrido para balançar suas defesas.
— Você pode saber o que deixou ela assim fácil, fácil!
— Não vou invadir sua privacidade, Agatha!
Agora o bufar da morena foi ouvido.
— Ah, por favor, vocês duas e seus conceitos de certo e errado!  
— Ela ficaria furiosa comigo – disse sentindo um leve sorriso se formar em seus lábios.
— Será, Wanda? – deixou a pergunta no ar e não obteve resposta.
Ω
Natasha conseguiu evitar o interrogatório por grande parte do dia, graças aos seus sobrinhos que exigiam sua atenção. Ela agradecia profundamente por isso apesar dos olhares indiscretos de Laura em suas costas.
Estava montando um enorme quebra-cabeças de 500 peças inspirado nos Vingadores sob a mesinha de centro da sala quando a porta da frente se abre com violência.
O coração da ruiva foi parar na boca. Ali entrando como um furacão loiro, estava Yelena.
— Natasha, eu... – Clint apareceu logo atrás afobado com uma expressão culpada. — Eu não consegui segurá-la...
Os olhos azuis de Yelena estavam faiscando de raiva ao mesmo tempo que seu coração palpitava esmurrando sua caixa torácica. Não conseguia acreditar que Natasha estava ali parada em sua frente. Viva e respirando. Enquanto ela se afundava no luto.
O corpo da ruiva estremeceu com a expressão limpa da irmã, mesmo que seus olhos demonstrasse uma cólera intensa e brilhante.
— Acredite, Clint, você não conseguiria essa proeza – a voz de Natasha saiu baixa enquanto se levantava indo em direção da irmã paralisada. — Vamos conversar lá fora, Yelena.
Passou por ela esbarrando no ombro da loira que se arrepiou, ela era real. Tangível. Suas mãos estavam coçando para ter essa certeza.
Yelena moveu o corpo vagarosamente, como num transe, seguindo a ruiva. Elas caminharam até se afastarem da propriedade. E por fim se encararem, os olhos verdes estavam inquietos enquanto a loira fixava nos seus.
— Yelena, eu – ao ouvir seu nome em uma provável desculpa esfarrapada, o corpo da loira começou a bombear esquentando seu corpo e a fazendo tremer de raiva.
Não foi surpresa para nenhuma das duas quando sua mão fechada esmurrou o lado esquerdo do rosto alvo. Natasha não reagiu, pois já esperava uma atitude daquela. Apenas cuspiu o sangue que se acumulou na boca pelo cortes na parte interna da bochecha.
— Esquentadinha – resmungou passando a mão na pele palpitante. — Só um soco? É tudo que você tem para mim, Yelena?
O maxilar da mulher se apertou e dado o aval para descontar suas frustrações de forma física, ela gritou alto urrando de raiva, pulando em cima a irmã.
As duas caíram no chão com o baque do golpe e Yelena começou uma série de socos que foram defendidos como pode por Natasha. Não seria um saco de pancadas também. A agitação era tanta que rolaram pelo chão por alguns metros.
— Pare com isso – segurou os pulsos da irmã que grunhia como um animal, não se dando por vencida, Yelena ergueu a cabeça se inclinando e desferindo uma cabeçada. — Porra!
— Você pediu, Natasha! – se afastou meio cambaleante pela força exercida no golpe.
— Quer me matar é? – cuspiu as palavras se sentando e empurrando o corpo da irmã para finalmente tirá-la de cima de si.
— Não fale uma coisa dessas! Você estava morta, Natasha. Você morreu e me deixou sozinha! –  exclamava finalmente podendo verbalizar seu sofrimento. — Eu voltei e você não estava lá... E agora está aqui na minha frente como um zumbi!
— Yelena...
— C-como? Como você está aqui?! – começou a andar agitada. — Eu ouvi sua voz ao fundo no telefone numa ligação com o Barton. Ele tentou desconversar, mas eu sabia o que ouvi, pensei até que poderia ser uma alucinação auditiva pelo luto e voei até esse fim de mundo para provar minha loucura e adivinha?
— Eu ainda estou morta para o mundo, irmãzinha, minha situação é complicada – suspirou fundo. — Eu instruí todos que sabem a não mencionar nada.
— Até para mim, Natasha? Eu sou sua irmã, porra! – lágrimas escorriam de seus olhos juntamente com sua indignação. — Eu sofri tanto com sua falta... - sua voz começou a falhar pela emoção.
Natasha a abraçou forte percebendo seu próprio choro. As unhas de Yelena se fincaram no braço dela, como se pedisse por mais provas de que ela estava ali.
— Eu estou aqui – Natasha disse com dificuldade. — Eu estou de volta.
— Desgraçada!
— Mamãe precisa lavar sua boca com sabão – murmurou risonha. — Melina! Ah, ela vai me matar assim que me vir também! – o riso se tornou mais cômico.
— Ah, se  vai! – Yelena acompanhou na risada. —  E ela não vai pegar leve como eu!
— Espero pelo menos um tiro e alguns cortes de faca! – a ruiva estendeu a mão para a irmã se levantar. — Pelo menos terei alguma cicatriz novamente.
A sobrancelha loira se ergueu.
— Eu vou querer saber de tudo, ouviu? E nem pense em ser sucinta comigo, Natasha!
— Sucinta? Estou impressionada que isso esteja incluso no seu vocabulário.
— Ah, vai te catar!
— Isso já não me surpreende – rolou os olhos tentando limpar a sujeira de sua roupa com as mãos. — É por isso que eu faço o trabalho interno!
— Está me chamando de mau educada?
— Se a carapuça serviu.
— Idiota!
— Ah, não! Você sujou o casaco de Wanda! – reclamou em uma careta ao analisar seu estado.
— Quem é Wanda? -  a sobrancelha loira já estava erguida. — Mais uma amiguinha do seu clube de heróis? – debochou em desdém.
— Wanda Maximoff é a razão de eu ter voltado dos mortos, Yelena – sua voz saiu séria e a expressão maldoso de Yelena se desfez. — Ela me trouxe de volta.
— Okay, não está mais aqui quem falou – ergueu os braços para cima. — É impressão minha ou você ficou irritadinha? Ela é uma das suas inúmeras namoradinhas?
A Viúva rolou os olhos e começou a caminhar em direção a casa.
— Ei!
Natasha apenas ignorou os xingamentos resmungados pela mais nova e continuou seu caminho calada. Duvidava que poderia fugir por muito mais tempo de dar explicações mais detalhadas de sua volta.
Estava feliz de certa forma de Yelena tê-la encontrado, isso significava que não passaria mais noites pensando em como fazer esse encontro acontecer. Sentia falta da intrometida de sua irmã. Na verdade, era a pessoa que mais queria ver depois que voltou a vida e soube que o plano de trazer todo mundo de volta tinha dado certo.
Yelena era uma das grandes razões que fizeram aqueles cinco anos insuportáveis para ela. E agora com ela ali, não tinha ideia de por onde começar a se explicar e mais uma vez desejou que a feiticeira estivesse ao seu lado naquele momento.

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