— Você poderia ter pegado um pouco mais leve nesse gancho de direita, Yelena! Porra, tu destruiu minha boca!
— Ah, para de resmungar! – Yelena bufou com um sorriso de orelha a orelha. — Até parece que não passou por coisa pior. Lembra quando nos reencontramos pela primeira vez depois de mais de vinte anos? Como foi aquela briga? Aquilo sim foi uma briga de verdade!
— Você quebrou um prato na minha cara!
— Você tentou me enforcar com uma cortina! Uma cortina, Natasha!
As duas não aguentaram e começaram a rir.
— Foi uma boa briga, de fato – admitiu a ruiva por fim. — Parece que foi uma década atrás – suspirou e se sentou no chão no meio do campo. — Minha vida inteira parece que foi uma vida passada.
— Bom, acho que é o que acontece quando você morre e volta como se não fosse nada – Yelena se jogou ao lado da irmã. — Eu ainda estou com raiva de você. Quero te quebrar inteira por ter morrido, mas eu nunca fiquei tão aliviada na minha vida por você ser teimosa o suficiente para não permanecer morta.
— Eu sei como se sente – os dedos inquietos da ruiva começaram a arrancar o capim do chão. — Quando o blip aconteceu e eu soube que você tinha sido varrida do mundo como se nunca tivesse existido, eu me desesperei.
— É tão estranho pensar que eu morri por cinco anos! Para mim foi como piscar, uma hora estava aqui e na outra não estava. Voltar foi como abrir os olhos.
— Para mim esses cinco anos foram o inferno na Terra - os olhos verdes da Viúva nublaram. — Eu vivia furiosa. Me isolei do mundo tentando encontrar uma forma de reverter o genocídio daquele lunático.
— Se isolar quando você mais precisava de pessoas, por que não me surpreendo?
— Steve usava a desculpa de usar a lavanderia do Complexo para checar se eu não tinha me matado - uma risada amarga raspou a garganta de Natasha.
— Você não faria isso, faria? – Yelena tinha os olhos arregalados.
Obteve o silêncio em resposta e um olhar profundo da irmã.
— Acha que o luto não me consumiu? Que não me despedaçou a esse ponto?
Yelena cerrou os olhos e mirou um murro bem dado no braço da irmã.
— Eu te daria uma surra no inferno se tivesse feito, sua imbecil!
Isso tirou um sorriso leve da ruiva.
— É muito bom te ver, irmãzinha.
Os olhos de Yelena brilharam com as lágrimas que tentava reprimir.
— Claro que é. Eu sou um colírio para os olhos!
Natasha poderia contar todos os dentes de Yelena com aquele sorriso aberto. Tudo que conseguiu fazer foi gargalhar pela autoestima exagerada da irmã.
Wanda acordou aos gritos pela primeira vez em muito tempo, seu corpo parecia levemente febril e sua magia reagia ao pânico que a tomou. Seus olhos ardiam e ela sentiu algo viscoso escorrendo por eles.
Seus olhos se arregalaram quando constatou que era sangue. Sangue escorria de seus dutos lacrimais, assim como no nariz e nas orelhas.
Seu peito subia rapidamente e a sensação era de alguém ter aberto sua cabeça e remexido seus miolos. Ela se sentia incrivelmente fraca. Suas pernas dormentes e a inquietação ácida no estômago persistiam.
Agradecia por Agatha não ter dormido em casa, senão já estaria resmungando.
A ruiva esperou tudo parar de rodar e se levantou para limpar a bagunça que estava seu rosto. Ela encarou seu reflexo ainda surpresa com o fato de estar sangrando e teve a incomoda impressão de estar sendo observada.
Os seus olhos tinham uma áurea escura, ela não tinha dúvida que suas orbes eram verdes, mas por um milésimo de segundo pareceram ser negras como uma noite sem estrelas.
Balançou a cabeça.
Ela estava sonolenta e sua imaginação estava lhe pregando peças, tinha que ser. Todavia a sensação de estar sendo observada do outro lado daquele espelho continuava.
O restante de sua noite não foi agradável e de alguma forma suas defesas enfraqueceram o suficiente para que Natasha viesse a sua mente. Não em sonho, mas em forma de imagens que surgiram a sua frente como num pequeno vórtice de água transparente, como se sua saudade finalmente tivesse ganhado vida e sua magia tivesse respondido aos seus sentimentos.
Pelo menos alguém estava dormindo, pensou.
A imagem se clareou e a viu no quarto que compartilhavam na casa dos Barton. Dormindo serenamente, entretanto não estava sozinha.
Uma mulher bonita de cabelos loiros se agarrava a sua ruiva com força mesmo em sono profundo. E a outra fazia o mesmo, não parecendo se incomodar nem um pouco com a intimidade física.
Uma onda de ciúmes se apossou da feiticeira que, trincando os dentes, bateu no vórtice com raiva e a imagem se desfez, como se nunca tivesse existido para início de conversa.
Ela te trocou, abelhinha.
Uma das diversas vozes que rondavam a cabeça de Wanda murmurou risonha. Isso só fez com que ela apertasse os punhos e sua magia ficasse instável.
No espelho medieval de madeira entalhada do canto do quarto, Wanda via seus olhos brilhando em um escarlate vivo, suas mãos envoltas em magia e o quarto estava revolto com os feixes de vermelho que saíam dela.
Ela achou alguém melhor que você!
— Cale-se.
Não suporta a verdade, Wanda?
Novamente ela pode ver no espelho uma versão de si mesma. Poderosa e altiva. Em trajes de couro preto e vermelho. Com uma coroa cintilante brilhando no topo de sua cabeça.
— Quem é você? Um demônio? Você é ele? - a feiticeira grunhia as perguntas quase as cuspindo.
— Quem sou eu? – a criatura deu uma risada graciosa. — Eu sou você, Wanda. Não é óbvio? Sou o resultado de todo nosso poder. De nossa grandeza!
— Isso uma mentira! – atacou. — Acha que não sei sobre o multiverso? Você pode ser uma versão perturbada minha, mas não sou eu!
Os dentes brancos do reflexo foram vistos com o sorriso maquiavélico que se repuxou nos lábios da outra Wanda.
— Ora, ora, você é mais esperta do que julguei, abelhinha. Você tem razão. Eu sou uma versão muito melhor que a fraca dependente emocional que você é, Wanda Maximoff!
Wanda quase rosnou, mostrando os dentes em uma expressão feral.
— Era você, não era? Fingindo ser Chthon. Tentando me quebrar!
A expressão de sua cópia ficou satisfeita.
— Eu só precisei dar um empurrãozinho – o escárnio em sua voz era nítido. — Você dividiu sua alma por não aguentar a possibilidade de ficar sozinha. Dividiu seu poder com alguém que está longe de poder controlá-lo. Ou acha mesmo que só fiz visitinhas a você?
— Natasha...
— Eu achava impossível ter alguém mais fraca emocionalmente que você, mas olha só... - os olhos de sua sósia brilharam. — Você me deu de bandeja alguém mais quebrada que você. A dor de sua preciosa Natasha é tão deliciosa. E eu vou fazer muito bom uso disso, pode apostar.
— Eu mato você se encostar num mero fio de cabelo dela, sua ordinária!
Uma gargalhada arrogante ecoou.
— Ah, eu realmente espero que nossa luta seja memorável, querida. Há muito tempo observo o Cosmos a procura de versões da Feiticeira Escarlate – ela se deleitou. — Você não tem noção do quanto somos raras, meu bem.
— A procura de nós?
— Mas é claro. Conhece nossa profecia, mas eu não me contento apenas com ter meu universo na palma da minha mão – ela abriu a mão direita e por um instante, a visão dela num enorme trono de ossos surgiu. — Se prepare, abelhinha, pois eu vou vir atrás de você e de sua preciosa Natasha!
Outra gargalhada do mal terminou seu discurso e o espelho se quebrou em milhões de pedaços em um estrondo.
Wanda mal notou que tremia, sua magia fazia a casa balançar. A profecia não era sobre ela, ao menos, não sobre essa versão sua. Havia outra feiticeira escarlate que buscava poder e controle. E ela estava vindo.
Os alarmes de Kamar Taj soavam estridentes, algo tinha passado por suas barreiras defensivas, algo grande e poderoso visto que as defesas estavam em frangalhos.
Magos corriam de suas camas com suas roupas de dormir e apenas o anel de poder nos dedos, todos alarmados com uma figura indistinta ao longe que voava com rapidez entre as barreiras como se fosse geleia.
— Magos! - Wong com uma cara amassada tentava se manter centrado e organizar o tumulto de aprendizes desesperados na calada da noite. — Formação de defesa!
— Lembrem-se do que aprenderam! - Strange gritava em seguida. — Mantenham a mente limpa e concentrem-se.
A figura envolta em vermelho não pareceu assustada quando uma barreira mágica de uns vinte magos se ergueu contra ela.
Na verdade isso só a fez parar, talvez notando que estava sendo vista como um intruso inimigo. Então ela apenas pairou no ar graciosamente, destacando-se em meio a escuridão como uma estrela vermelha.
— Quem é ela? – um estudante parecia fascinado com a agora definida mulher.
— Ela parece um anjo! – respondeu outro com os olhos arregalados.
— Foco! – repreendeu Strange.
— Eu não vim aqui para lutar. Eu sou amiga! – a voz amplificada com magia se fez presente. — Sou Wanda Maximoff e vim falar com o Mago Supremo.
Com a luz ofuscante era difícil ver além da silhueta de mulher, mas Wong e Strange conheciam a voz.
— Como vamos saber se fala a verdade? – Strange não podia descartar a transfiguração. — Você pode estar se metamorfoseando para se parecer com Wanda.
— Porque eu trouxe um presente como oferenda – a luz foi diminuindo e a mulher ficou nítida. — Eu trouxe o DarkHold - o livro apareceu magicamente com um aceno de mãos. — Sem contar que suas defesas são inúteis contra mim, Stephen.
A provocação na voz de Wanda foi a confirmação necessária para o Mago. Ela o odiava e adorava provocá-lo. A inimizade era mútua, ainda mais depois de Westview.
— Abaixem as defesas! – Wong suspirou preocupado e levemente curioso sobre o porquê Wanda Maximoff estava ali às três da manhã. — Voltem para seus dormitórios! O treinamento começa ao nascer do Sol.
Os resmungos dos magos em treinamento foram ouvidos por todos, assim como conversas suscitadas sobre a Vingadora que tinha dado uma surra em Thanos. A verdade é que todos estavam admirados com a mulher que além de poderosa, era incrivelmente bela.
— Wanda – Wong deu um passo a frente e estendeu a mão para a feiticeira. — Eu diria que é um prazer recebê-la, mas estamos de madrugada. O que te traz aqui?
— Algo ruim – a ruiva apertou-lhe a mão em reconhecimento de sua posição. — Algo está vindo e precisamos nos preparar.
— Não poderia esperar até o nascer do Sol? – o resmungar de Stephen foi proposital para irritar a feiticeira.
— Atrapalhei seu sono da beleza, Doutor?
— Vocês dois, parem agora!
Wanda revirou os olhos e Stephen fez uma careta cruzando os braços.
— Me sigam para a sala de reuniões. Lá será privado o bastante – Wong se virou sem mais demandas e adentrou a fortaleza.
Wanda se impressionou com a arquitetura e a beleza do lugar. Era eficiente e imponente para seu propósito. Talvez ela tirasse uma ou duas ideias para suas futuras criações. Tinha adorado as estátuas de dragões e suas pilastras.
Eles pararam em uma enorme porta de mogno com detalhes em vermelho que remetiam à cultura chinesa. Quando Wong avançou, revelou-se uma mesa circular enorme com vários acentos no chão no centro da sala. Mesas com bules elaborados em dourado que a feiticeira não duvidava que continham chá de alguma erva ancestral e mágica.
— Se acomodem.
A ruiva permaneceu de pé observando o lugar, sentindo a magia entranhada nas paredes e objetos. Exalava magia. E se Wanda pudesse nomear uma essência para o lugar, seria alcaçus. Essa essência era um pouco enjoativa para seus sentidos.
— Então, o que a grande Feiticeira Escarlate veio com tanta pressa nos avisar? – o segundo no poder daquele lugar estava sentado com a cara que Wanda sempre via em sua expressão: uma cara mal-humorada arrogante que se perguntava se ela valia seu tempo precioso.
— Você é um canalha arrogante – não se conteve disparar para o Mago. — Talvez vocês não estivessem tão errados quanto a temer a Feiticeira Escarlate no final das contas.
— Isso então é uma ameaça, Maximoff? – o anel de Stephen começou a crepitar faíscas em sua mão.
— Depois você ainda se chama de gênio! – riu da cara de palhaço dele. — Eu não sou a Feiticeira Escarlate que devem se preocupar! Existe outra não somente aqui nesse universo, mas não é por isso que estou aqui.
— Duas Feiticeiras Escarlates nesse universo? – Wong que preparava o possível chá transcendental se pronunciou. — Isso é impossível! Uma já é rara o bastante para existir, duas é desafiar o Cosmos!
— Quanto a isso... Ops! – Wanda deu um sorriso tímido. — Há outra Feiticeira Escarlate porque eu criei outra.
— O quê?! - a xícara de uma possível dinastia se partiu ao cair no chão com um Wong assustado. — Você enlouqueceu? Como pode fazer uma coisa dessas! Você sabe a bagunça que fez com o equilíbrio do universo? Você poderia tê-lo destruído!
Wanda nem ao menos se encolheu diante da raiva de Wong.
— Bom, então o universo está atrasado em sua autodestruição, eu fiz isso a meses!
— É por isso que alguém não deveria ter nunca esse nível de poder! Você brinca com forças que desconhece, Wanda! – Stephen estava vermelho como um pimentão.
— Nem tente me insultar, mago! Você só abomina meu poder porque nunca será capaz de alcançá-lo! – Wanda tinha um dedo apontado para a cara dele.— Porque eu duvido que pensaria assim se ele estivesse em suas mãos, você se acharia digno de tal poder e teria arrogância de achar que poderia ter o controle total do Caos!
Os olhos de Wanda se acenderam em vermelho e pela primeira vez Stephen se encolheu.
— Eu vejo você como se fosse transparente, Stephen Strange. Você tem sede de poder assim como tem de conhecimento. Você até mesmo nunca perdoou os Magos por não terem feito de você o Mago Supremo!
O silêncio reinou e Stephen que sempre tinha respostas para tudo, não tinha palavras talvez pela primeira vez desde que começou a estudar as Artes Místicas.
— O que você fez, Wanda? – Wong manteve o sereno.
— Eu trouxe a verdadeira heroína da guerra contra Thanos de volta a vida! – sua expressão ainda era assassina. — Não usei Necromancia. Não quebrei nenhuma regra da linha do tempo sagrada! Ahhh, olha o espanto no seu rosto. Achou mesmo que eu não tinha conhecimento sobre a AVT? Você me julga muito mal!
— Apenas o mais alto escalão de Magos sabe sobre essa Instituição.
— O que é a AVT? – Strange perguntou incomodado.
— Isso só prova que você é do segundo escalão, Doutor. – Wanda sorria abertamente.
— Wong?
— Desculpe, Stephen, mas isso está muito acima de sua jurisdição – o mago parecia que tinha levado um soco no estômago. — Então você não interferiu na Linha do Tempo Sagrada, se eles não vieram atrás de você.
— Eu não sou burra, Wong. Não usaria minha magia de uma forma que traria risco da minha extinção da linha do tempo. Eu sou o que eu devo ser nesse universo.
— Quem? – a pergunta perdurou por alguns segundos no ar. — Por quem você desafiou a própria morte?
Os olhos de Wanda ponderaram se deveria tirar Natasha das sombras, mas se ela corria perigo, sua Víúva também corria.
— Eu trouxe Natasha Romanoff.
— Uma assassina? – a voz do Doutor era de descrença. — Você poderia trazer qualquer um e trouxe uma assassina?
Wong não acompanhou os movimentos a seguir, mas em um piscar de olhos, Stephen estava vermelho, com as mãos no pescoço buscando ar.
— Dobre a língua ao falar sobre Natasha, ou não terá mais língua para usar! – a energia vermelha apertava o pescoço dele com facilidade. Mas com espanto, Wong percebeu que a feiticeira tinha mesmo dobrado a língua dele para dentro da boca.
— Wanda, por favor, você vai matá-lo!
Por algum milagre Wanda ouviu a súplica desesperada de Wong e parou.
– Seria fácil demais.
O mago começou a tossir repetidamente desesperado por ar. Seus olhos ardiam em revolta e seu pescoço tinha traços vermelhos marcados por sangue que ele mesmo tirou de si na ânsia de poder morrer.
— Stephen, vá para enfermaria e fique por lá – Wong ordenou. — Vocês dois juntos são como pólvora.
O doutor se levantou com dificuldade ainda com as mãos no tórax e fixou um olhar mortal em Wanda que simplesmente o ignorou.
E finalmente a feiticeira sentou-se e Wong respirou fundo indo preparar mais chá.
— Gostaria de chá da flor da cerejeira?
— Se não se importa, gosto de fazer meu próprio chá – respondeu fazendo seu habitual chá inglês aparecer numa fumaça vermelha.
— É uma habilidade impressionante – Wong se virou para a mesa e colocou água quente em sua xícara. — Você invoca de algum lugar ou apenas cria o quer?
— Eu invoco da minha coleção particular majoritariamente. Criar do zero requer muito estudo e prática. Para acertar o sabor e cheiro certo.
— Uma apreciadora de chá, eu vejo.
— Você é bom em tentar me manter calma quando acabei de quase estrangular seu amigo com a própria língua.
— Tudo fica mais agradável com uma boa xícara de chá, não acha?
— Você é muito mais agradável que Stephen, pelo menos.
— Tive anos de prática com alunos poderosos e de temperamentos igualmente difíceis.
— Não acho que já tenha lidado com alguém como eu, Wong, sem querer ofender.
— Não ofendeu, é verdade – ele levou a xícara ao nariz para apreciar o aroma. — Você deveria ser um mito, sabe? O ser humano nunca foi tolerável com aquilo que não entende.
— Natasha se tornou uma Feiticeira Escarlate porque dividi minha alma e essência com ela. O Caos dela se originou de mim, se é o que você quer saber.
Wong colocou a xícara no pires de porcelana.
— Pelos deuses, divisão de alma! Dois seres que coabitam a mesma essência. Isso é fantástico assim como assombroso.
— Duas essências. Eu consegui o que restou da essência absorvida pela joia da alma. Natasha continua sendo Natasha, apesar de minha alma viva ter sido seu sopro para fora do mundos dos mortos.
— Fabuloso! – Wong não escondeu a admiração. — Você parece ter se adaptado muito bem com o poder que lhe foi presenteado.
— Nem tanto. Estou longe de adquirir domínio sobre ele, mas tenho uma professora que tem me ajudado. Como pode, claro – Wanda sorveu seu próprio chá.
— Wanda, eu peço desculpas se isso soar de forma arrogante, mas eu adoraria te ensinar tudo que sei.
— O quê? Gostaria de ser meu professor?
— Seria uma honra, Wanda – Wong tinha uma expressão terna com a possibilidade. — O poder de um mago se produz pelos seus estudos e prática, isso nos dá certo domínio com a magia que tiramos por entre as dimensões – explicou. — Acho que isso te ajudaria a ter o máximo de controle possível com uma magia como a do Caos.
— Eu não sei o que dizer.
— Pense a respeito – Wong terminou seu chá. — Agora me conte, o que te trouxe até Kamar Taj?
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Give Me Love
FanfictionQue Wanda perdeu tudo nem é preciso dizer. Os pais, Pietro, Visão e agora que acabou de voltar de seu estado mental quebradiço de Westview, uma nova falta surgiu, uma que esmagava dentro de seu peito: a falta de Natasha. Ah, como ela gostaria de se...