— Você não está tão fora de forma assim - comentou Yelena vendo sua irmã atirar facas nos alvos pregados em árvores distintas da propriedade de Barton. — Sua mira continua boa.
— Minha mira era perfeita! – exasperou revoltada indo pegar as facas cravadas nos alvos. Sentiu falta de sua magia naquele instante. Fazer objetos flutuarem até ela sob sua vontade era ótimo! — Quero minha magia de volta - pensou alto demais.
— Magia? Você tem magia agora? – Yelena, que também praticava tiro ao alvo, parou o movimento no meio do caminho.
— Droga, eu disse isso em voz alta? – Natasha praguejou e caminhou até a marcação para voltar a atirar facas. — Muitas coisas mudaram, irmãzinha.
— Então me conte as novidades!
— Bom, eu sou uma idiota – a faca dessa vez acertou bem no centro do alvo. — Uma grande idiota.
Natasha foi em direção a mesa de piquenique para pegar água e limpar o suor que brotava em sua testa.
— Eu disse uma novidade, Natasha! – a irmã revirou os olhos. — Isso tem a ver com certa bruxinha que te trouxe de volta do mundo dos mortos, podendo escolher qualquer pessoa no planeta?
— Fui uma imbecil com ela – admitiu. — Tudo que ela fez foi pensando no meu bem estar. Ela se sacrificou por mim e se provou uma amiga valiosa.
— Amiga? Ai. Agora entendi porque ela te mandou para longe! – foi a vez da loira ir pegar as adagas das árvores. — Ela te trouxe de volta, irmã, ela não suportou a ideia de você estar morta e encontrou um modo de trazê-la de volta!
— Eu sei disso!
— Não, sua idiota, não sabe que essa foi a maior declaração de amor que alguém poderia ter feito!
Natasha paralisou.
— Você acha que ela é apaixonada por mim?
— O seu nível de lerdeza para coisas emocionais me assusta até hoje - Yelena deu um leve tapa em sua testa. — Essa mulher é louca por você. Ela ama você!
Foi como se um balde de água fria caísse sobre a cabeça de Natasha.
— Meu Deus, ela me ama! - um sorriso de orelha a orelha surgiu em seus lábios e depois uma careta. — Eu sou uma verdadeira imbecil.
— Está na hora de agir como a adulta que é, Nat! –a loira começou a guardar as facas na manta enorme de couro que servia para proteger as lâminas. — Porque para mim está claro esse olhar tristonho ao olhar para os cantos, você parece um cachorrinho perdido. Você a ama também, faça algo a respeito!
— Isso se ela quiser me ver de novo!
—Ahhh, ela quer sim. Vamos tomar umas cervejas? Aposto que conhece um bar de beira de estrada perfeito para isso!
— Dois quilômetros daqui tem o buteco do Steve. Está a fim de andar?
— Você aguenta ir andando, sua sedentária?
— Vai se ferrar, Yelena!
— Você foi aonde? Eu saio para me divertir por uma noite e você se matricula numa escola pomposa de magos metidos a besta?
— Eu não aceitei a proposta.
— Ainda! – Agatha acusou. — Você tem que aceitar! Se tem uma versão louca e megalomaníaca de você vindo atrás desse mundo e do seu poder, vai precisar de toda ajuda que precisar.
— É, eu sei. Estou preocupada porque vou ter que falar isso para Natasha. Que mais uma vez o mundo corre perigo e a vida dela está sendo ameaçada!
— A vida de todos está ameaçada, Wanda.
— Quando não? É a nossa sina.
— Pelo que me lembro, você participa de um clubinho de super-heróis, Maximoff.
— Sou uma vingadora honorária, okay?
— Acho que depois de lutar pelo destino do mundo, você ganha a vaga para o elenco principal!
— Isso parece que foi a uma era atrás - suspirou se levantando da cadeira em direção ao fogão com a janta já posta feita por Agatha.
— Você está com medo de encará-la.
Wanda ignorou o óbvio, se concentrando no risoto de manjericão que estava dando água em sua boca.
O piquenique da família Barton acontecia como toda tradição de quase volta às aulas. Cachorros quentes e hambúrgueres saíam prontos e suculentos a todo vapor. E graças ao clima quente, os adultos se entupiam de cerveja gelada.
Dessa vez agregados se reuniam. Kate Bishop estava numa competição de arquearia com Lila, que começara a praticar no começo do verão. Ela não era desengonçada, mas tinha muita técnica a aprender.
Kate parecia nem fazer esforço ao acertar o alvo repetidas vezes em distâncias cada vez maiores.
Clint estava encarregado da grelha, o pequeno Nate brincava de frisbee com Ralf, o golden dos Barton. Enquanto Cooper jogava algo em seu videogame portátil.
Natasha fugia da cerveja com uma ressaca pesada enquanto sua irmã se entupia de cachorro quente. Maldito soro que não a deixava com ressaca. A ruiva sentia falta de poder beber sem preocupação.
— Kate até que é bonitinha, não acha? - Yelena falou de boca cheia, a irmã lhe fez uma cara feia. — Que é? Olhar não arranca pedaços. Ela manda muito bem no arco e flecha.
— Ela é uma criança para mim, Yelena – Natasha colocou a aba do boné pra trás. — Mas suponho que ela seja mesmo bonita.
— Claro que supõe, você está apaixonada! – a irmã abriu uma cerveja. — Não é Wanda Maximoff, a dona de seu coração.
— Larga de ser criança, Yelena.
— Hey, garotas se juntem a nós! - Laura com uma roupa de veraneio azul claro acena para elas.
— Eu não suporto a ideia de estar escondendo coisas de meus melhores amigos, eles sentem que não são suficientes ou dignos de confiança – ela levou um gole de água para a boca, precisava se hidratar.
— Todos temos nossos segredos, irmã – Yelena entornava outra cerveja garganta a baixo. — Você está bem e isso é tudo o que importa para mim. Eles têm que aprender a respeitar seus limites.
— Relações interpessoais são tão complicadas.
— Mas comer aqueles hambúrgueres é facinho, facinho.
—Vamos antes que as pestinhas devorem tudo!
— Esfomeada!
O piquenique seguia tranquilo, as risadas eram altas e o clima super divertido, se desafiando em jogos e brincando com as crianças.
— Então é você que é o novo mascote de Gavião Arqueiro? – Yelena mantinha um sorriso maroto dirigido a Kate.
— Eu sou a parceira dele!
— Parceira? Soube que ele está aposentado para brincarem de Batman e Robin – os olhos azuis de Kate se tornaram irritadiços com o desdém vindo da outra.
— Você não sabe de nada!
— Sei sim, princesinha, estava lá no último inverno e você mais se metia em encrenca e em perigo do que ajudava.
— Não me chame assim! Eu ainda vou me tornar uma Vingadora, você verá!
— Não entendo o desejo de sair arriscando a própria vida pelos outros e ser ainda mal vista, principalmente se for uma vigilante. Heroísmo só traz uma coisa, princesinha, a morte.
— Então gosta da vida que leva? Assassinando pessoas inocentes! - Katie grunhia.
— Eu não mato inocentes, Kate Bishop. Todos que executo são o pior tipo de escória da raça humana.
— Você tentou matar o Clint!
— Ele não é de longe um anjo, mas minhas intenções eram de vingança. Eu acreditava que ele fora responsável pela morte de minha irmã. Então resolvi que queria-o morto para acertar as contas.
— Então até Viúvas Negras como você têm códigos de conduta a seguir?
— Não posso falar de todos os assassinos de sangue frio que existem por aí, mas eu tenho um. O que te faz querer ser uma Vingadora?
—Eu nunca mais quero me sentir impotente se algo como Nova York acontecer novamente. Quem dirá algo como Thanos. Treinei a minha vida inteira para ser útil para a humanidade. Não entrei por fama e para ter pessoas fantasiadas de mim mesma!
— Você quer ser forte – aquilo não foi uma pergunta. — Isso eu entendo perfeitamente.
E para estragar a paisagem pitoresca de fim de tarde, faíscas começaram a surgir na frente da mesa, faíscas douradas que os Vingadores conheciam bem. Magia fez-se abrir um buraco no tempo e espaço se estendendo até formar uma circunferência perfeita onde dois magos saíam dele com suas roupas antiquadas.
— O que fizemos agora? - Clint deixou o garfo de churrasco de lado.
— Sua família não fez nada de errado, Agente Barton – Wong o despreocupou. — Viemos por Natasha Romanoff.
— Você parece ótima para uma pessoa morta -comentou Stephen ainda com ressentimentos da situação toda.
— Precisamos que venha conosco para Kamar Taj – o tom de Wong tentava não ser severo.
— Por quê? O que houve?
— Explicaremos tudo quando chegarmos.
— Minha irmã não vai a lugar nenhum com vocês! - grunhiu Yelena com os punhos cerrados.
— Não vamos forçá-la a vir conosco, mas deveria saber de algo que é de seu interesse... — o sorriso de Strange era maldoso. — Wanda está em Kamar Taj esperando por você.
— O que vocês fizeram com ela? Wanda não iria a Kamar Taj por vontade própria! – somente a menção do nome da ruiva fez a magia em seu interior se agitar em seu estômago.
— Ela foi por livre e espontânea vontade, Agente Romanoff – Wong continuou de forma serena. — Posso lhe garantir isso.
— Então por que ela não veio com você em pessoa?
— Eu diria que são problemas no paraíso – Strange deu um sorriso maldoso. — Ao que me parece, vocês não se separaram nas melhores condições.
— Vocês são os guardiões da realidade, como saberemos que não está aqui para prender Natasha? – Clint já se colocava perante a amiga com a faca de churrasco em mãos.
O Mago Supremo respirou fundo.
— Porque precisamos da ajuda dela – Wong foi sincero. — Forças malignas se levantam novamente e Wanda e Natasha são os alvos. Só queremos ajudá-la com sua magia para termos alguma chance contra essa ameaça.
— Então vamos todos! – Yelena já estava de pé.
— No momento não são necessários, apenas possuidores de magia estão sendo convocados – Strange tentava ao máximo organizar as palavras certas.
— Então é verdade – Laura olhava para Natasha. — Naquele dia você usou magia.
Natasha apenas assentiu com a cabeça.
— Eu vou! – declarou por fim.
— Agente Barton, se eu fosse você, ligava para todos os seus contatos. Iremos precisar de soldados! – Strange alertou. — Manteremos contato!
Com essas palavras, os três atravessaram o portal brilhante acabando com o piquenique e deixando um clima tenso para trás.
Wanda tinha trazido uma mala com algumas trocas de roupas e alguns livros essenciais, não é como se não pudesse conjurar algo de sua mansão com um movimento de mão.
Eles a alojaram longe do dormitório dos magos iniciantes, achava que teria que conquistar a confiança de Wong, apesar de ter sido o próprio a chamá-la para Kamar Taj.
O quarto era simples, continha uma cama de solteiro, uma escrivaninha e uma prateleira para livros que se encontrava vazia no momento. Estava em uma das extremidades da fortaleza, uma porta do outro lado do corredor indicava um quarto exatamente como este. O banheiro era compartilhado, para o terror de Wanda.
A dor de cabeça que sentia frequentemente quase a matava, mas não tinha acontecido sangramentos desde a fatídica noite que soube da sua sósia do mal.
Ela sentiria falta de sua casa, tinha se acostumado com o local, mas esse sacrifício era necessário. Ela podia aprender muito estando ali.
E por mais que seu cérebro tentasse não pensar, saberia que veria Natasha em breve. Isso fazia suas entranhas se revirarem por ansiedade.
Deixou a mala em cima da cama e resolveu conhecer o lugar que seria seu lar temporário. Quando estava no corredor do segundo andar que dava para o pátio de treinamento, seu coração errou algumas batidas.
Natasha acabara de passar por um portal com Wong e Strange. Ela estava com o rosto sério e uma posição tensa, mas ainda era a mulher mais bonita que os olhos de Wanda tinham visto.
Mesmo com roupas casuais e um boné no topo da cabeça. Com o cabelo dividido em duas tranças laterais. Continuava belíssima.
— Wanda, aí está você! – Wong chamou a atenção de todos para ela. — Espero que tenha achado suas acomodações agradáveis. Venha, junte-se a nós!
A feiticeira suspirou indo de encontro com os Magos e a mulher que não tirava os olhos dela. Wanda conteve o impulso de encará-la de volta.
— E aqui está o mito em pessoas – Strange disse percebendo a tensão entre as duas. — Vamos ver o que podem fazer com magia de verdade – o sorriso no rosto dele fez Wanda querer ter continuado o que começou dias atrás.
— Você tem sorte de ser necessário, Strange – os olhos de Wanda brilharam em vermelho e o doutor titubeou provavelmente lembrando de sua quase morte.
— Você poderia levar Natasha para seu quarto? – Wong mudou o assunto da conversa. — É o de frente ao seu.
— Mas é claro que é – Wanda resmungou seguindo em frente sem ao menos notar a presença da mulher que assombrava seus sonhos e pensamentos.
Natasha ficou paralisada pela frieza da mulher e só pegou impulso quando ela virou nas escadas seguindo reto para o andar superior.
Ela observava as costas da ruiva que marchava em silêncio. Usava suas cores habituais, um vestido preto que lembrou à Viúva um vestido de época de camponesa, ainda mais pelo espartilho vermelho envolvendo sua cintura. Pelos deuses, aquela mulher seria sua perdição.
— Não vai falar comigo, é isso? – se apressou nos degraus ficando do lado de Wanda. — Nem mesmo um: Como é bom te ver, Natasha! Já faz um tempo, você passou bem?
Wanda parou ainda na escada, ereta e tensa.
— Se não fosse outra situação de vida ou morte, duvidaria que estivéssemos no mesmo cômodo novamente, Viúva – a voz sem emoção foi como um tapa na cara da ruiva.
— Uau! – ela estava perplexa. — É isso que pensa?
Chegaram no topo de uma das torres que agora dividiriam. Wanda apenas apontou para a porta que estava fechada e se dirigiu para o que a ruiva supôs ser seu quarto.
Raiva explodiu nas entranhas da Viúva, que antes que a outra entrasse no quarto, segurou-a pelos cotovelos.
— Você não vai fazer isso comigo, Wanda! – trincou os dentes. — Não vai agir como se nunca tivéssemos passado aqueles meses na companhia uma da outra! Nós éramos... - as palavras travaram em sua boca.
— Éramos o quê, Natasha? – ela puxou seus braços parecendo não suportar o toque da outra. — Vamos, me diga! - seus olhos estavam estreitos e ela mostrava os dentes demonstrando o quanto também estava irritada. — Não éramos nada! Você estava presa comigo porque eu te trouxe de volta e você não poderia estar em nenhum outro lugar a não ser comigo!
— Você não está sendo justa!
— Você quer justiça? Procure em outro lugar, Viúva, deve estar me confundindo com sua trupe de heróis.
Wanda bateu a porta na cara de Natasha que estava horrorizada. Sabia que tinha feito merda e provavelmente estragado uma das melhores coisas que tinha acontecido com ela em toda a sua nova e antiga vida, mas não esperava tanta hostilidade.
Ela entrou chutando a porta de seu quarto e se jogou na cama. Ela era ridícula! Tinha conseguido afastar a pessoa que mais lutou por ela na vida. Suas mãos passaram aflitas pelo seu rosto.
— Isso não vai ficar assim.
Um sino avisou a todos na fortaleza que era hora do jantar. Natasha não tinha tido tempo de trazer nada em sua súbita vinda a Kamar Taj. E duvidava que Wanda conjuraria roupas para ela, a ruiva ainda não era muito boa nessa parte da magia.
Aliás, ela tinha que se livrar da runa que a impedia de fazer magia. Gostaria de saber como fazer. Sentia falta do poder tremulando para fora de seu corpo. A sensação de ter magia era única.
Uma batida em sua porta a tirou de seus devaneios.
— Mandaram te entregar isso, Srta. Romanoff – um dos aprendizes trazia em uma cesta artigos de higiene e algumas roupas que todos por ali usavam. — O jantar está sendo servido no grande salão.
— Ah, obrigada!
O rapaz apenas corou e inclinou a cabeça numa reverência e se foi sem dizer uma palavra.
Bom, pelo menos aquilo resolvia o problema das roupas.
Ela não ouviu a porta do quarto de Wanda se abrir , mas suspeitava que a outra não iria perder o jantar. Então foi ao banheiro tomar uma ducha rápida e descer.
Wanda não apareceu para o jantar, o grande salão nada mais era que um grande refeitório onde os aprendizes comiam enquanto folheavam livros e se recuperavam dos treinos físicos.
De imediato o humor de Natasha decaiu, ela queria conversar com a bruxinha, até mesmo gritar com ela e dizer o quanto ela estava sendo uma idiota.
Wong, ao vê-la perdida com uma bandeja, lhe acenou para que se juntasse a ele na grande mesa transversal do salão. A única mesa que parecia ser destinada aos grandes mestres dali.
— Olá, Natasha! Espero que a fortaleza não tenha a deixado perdida em seus inúmeros corredores – Wong falou enquanto observava um prato parecido com lámen.
— Fui treinada a memorizar labirintos – foi a resposta da Viúva Negra. — Mas gostaria muito de saber o porquê de estar sendo convocada a esse lugar.
— Achei que com a proximidade com a Srta. Maximoff ela teria lhe contado tudo - ele pareceu surpreso.
— Wanda e eu não estamos nos melhores termos de nossa relação – disse a contragosto.
— Certo – Wong usou hashis para pegar um pouco de macarrão. — Está aqui por causa de uma grande ameaça. Uma que visa acabar com esse universo e terminar com a vida de vocês duas.
— Outra ameaça? Esses vilões não podem nos dar uma folga não? – bufou olhando para sua sopa de tomate.
— O mal não tira folgas, Romanoff – Strange até então quieto se pronunciou. — Trabalhamos noite e dia para que essa realidade que conhecemos não desmorone.
— Quem é esse mal, afinal?
— Wanda Maximoff, é claro – um sorriso cínico se abriu nos lábios de Strange. — Ou uma delas, para ser mais exato. Uma versão do multiverso de sua namoradinha é o que a profecia dita que ela é. Uma dominadora, uma força da natureza e do Caos. Uma conquistadora de mundos.
Os olhos de Natasha se arregalaram.
— Vamos lutar contra uma versão de Wanda?
— Não apenas isso – Wong estava sério. — Lutaremos com uma verdadeira Feiticeira Escarlate. Aquela que está destinada a dominar ou aniquilar o Cosmos.
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Give Me Love
FanfictionQue Wanda perdeu tudo nem é preciso dizer. Os pais, Pietro, Visão e agora que acabou de voltar de seu estado mental quebradiço de Westview, uma nova falta surgiu, uma que esmagava dentro de seu peito: a falta de Natasha. Ah, como ela gostaria de se...