35- Kiara do JJ

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Kiara

Sexta-feira.

31 de outubro.

Três dias.

Três dias desde que as íris azuis de JJ são a única coisa que eu vejo quando fecho os olhos.

A semana foi lotada de treinos, então felizmente, ou infelizmente, não tive tempo de reaver a quantidade excessiva de vezes em que Maybank veio a minha mente.

Não vê-lo todos os dias amenizou os efeitos, mas meu cérebro com certeza jogou todo nosso progresso no lixo, assim que JJ entrou no gelo.

Maybank deslizava, encarando cada jogador do time adversário com um olhar perigosamente assassino.

Seu olhar encontrava o meu a cada jogada sua, e a cada vez que ele furava a defesa de Briar eu sabia que receberia seu sorriso convencido.

Um arrepio percorre minha espinha quando percebo que seus sorrisos eram só para mim, e que ele queria que eu soubesse disso.

Não sabia qual era a richa de Yale e Briar, mas nunca tinha visto JJ tão obstinado em ferrar um time antes.

E era isso que ele estava fazendo. Rondado a pista como se fosse algum tipo de demônio, o que era devastadoramente ironico, já que hoje era Halloween.

O disco cai em seu taco, depois de um passe de Pope, e acerta o fundo da rede, inevitavelmente.

JJ sorri, olhando para mim mais uma vez. O estádio o acompanha, gritando em nome de Yale. Ele se aproxima para cuprimetar Anthony e volta a erguer os olhos.

Eles brilham para mim e cumprimentam os meus.

Era isso.

Aquele grande idiota estava parado no meio de uma arena de hóquei lotada, olhando para mim.

Alto, assustador, diabolicamente bonito e meu.

Fodidamente meu.

Mas sua expressão muda. De uma hora para outra. Seus olhos caem para o número no canto da minha blusa. Sua sobrancelha se franse e ele suspira, parecendo bravo de repente.

O número 27 estava bordado no canto da minha camisa e atrás dela também.

O número de Jonh B.

E de repente eu sabia porque Maybank parecia bravo.

[...]

O jogo estava no intervalo, e eu não dei tempo para que nenhuma das garotas questionar o porquê de eu sair correndo assim que ouvi o apito soar, apenas dei a desculpa de precisava ir ao banheiro.

A verdade era que eu precisava de ar, e talvez de um banho gelado.

Ou de JJ...

Já que aparentemente vê-lo jogar me deixava molhada.

- Perdida, Ás? - Meu coração salta quando reconheço a voz que vem atrás de mim.

Droga.

- O que faz tão longe das arquibancadas? - Ele volta a perguntar quando eu finalmente me viro para ele.

- O que faz tão longe dos vestiários? - Devolvo.

- Eu perguntei primeiro. - Rebate - Além disso, não estou longe dos vestiários, é você que está perto demais.

JJ avança em minha direção, para alcançar minha cintura. Ele tinha razão, eu estava perto dos vestiários, mas eu precisava passar por lá se quisesse chegar a qualquer lugar da arena, embora eu dúvide que ele se importe particularmente com isso.

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⏰ Última atualização: 6 days ago ⏰

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