Ela é a minha arte

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Pov Lalisa Manoban

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Pov Lalisa Manoban

Ainda eram nove horas da manhã e eu já estava de pé, sentada em frente a minha mesa com o lápis na mão enquanto fazia meu segundo desenho aquela manhã. Quem eu desenhava?, Rosé, tinha acordado com o rosto da loira em minha cabeça, e não pude resistir a desenha-lá.

Enquanto eu terminava o segundo desenho me perguntava se a dançarina gostaria da ideia que eu havia tido, algumas pessoas não gostavam de serem expostas. Minha pintura ficaria na sala de Rosé, e seria vista por todos que entrassem nela, isso tornava a minha ideia cada vez mais difícil de ser aceita.

Observei os desenhos a minha frente e fiquei um pouco admirada ao ver que eu a havia desenhado com certa riqueza de detalhes, não pude evitar reparar no quanto a moça era bonita, seus traços não eram fortes ou agressivos, eram leves e delicados, perfeitos como se tivessem sido desenhados a mão em um momento de pura inspiração, igual eu havia feito segundos atrás.

Fitei seus olhos expressivos no desenho agora sem sua cor viva, isso porque o desenho foi feito apenas de lápis preto o que o tornava branco e preto, ainda me lembrava da intensidade em que ela havia me fitado com eles, expressando tantas coisas sem dizer ao menos uma palavra.

Era esse conjunto de características juntas em uma pessoa só, que havia me inspirado tanto.

Me levantei e guardei os desenhos em minha pasta não os mostraria a ela, nem fazia ideia do que a moça acharia de eu tê-lá desenhado.

Coloquei os lápis dentro da gaveta e sai do quarto logo em seguida. Me espreguicei fazendo alguns ossos estalarem, eu tinha o péssimo hábito de me sentar em cadeiras e bancos sem encosto que eram bem desconfortáveis.

Me sentei no sofá encostando a cabeça no braço do mesmo. Sorri ao lembrar de minha mãe brigando comigo por causa do meu jeito descuidado, desde pequena eu havia adquirido muito gosto pela arte, minha mãe não demorou a perceber meu talento e no começo ela achou incrível, gostava dos meus desenhos e até comprava o material necessário para mim, o que me ajudou a deixar minhas criações mais profissionais, mas ela começou a perceber que eu estava levando a pintura a sério demais e resolveu ter algumas conversas comigo sobre o futuro, disse que a arte era uma coisa incerta, sim ela nem considerava a arte como uma profissão, achava que não dava futuro, e me explicou que eu já tinha um caminho traçado por ela e meu pai.

Bem, aquela história toda me convenceu por um tempo, até porque eu era apenas uma criança, mas comecei a crescer e entender que eu teria que fazer o que eu amava, não o que os meus pais achavam que era o certo para mim.

Eles tentaram durante muito tempo me convencer de que aquilo seria o melhor, chegava a ser irritante toda aquela situação e por aquele motivo eu havia saido de casa cedo, morei em um apartamento perto da faculdade junto com outras quatro meninas, entre elas Livia e Alexa que terminaram o colégio junto comigo, por sorte eu consegui fazer a faculdade com elas também, Jisoo Alexa e Livia me deram muita força naquele tempo difícil, ali só tive mais certeza de que tinha as melhores amigas do mundo, meus pais não queriam nem olhar na minha cara, eu nunca esqueria o dia que eu havia saído de casa.

Feel it twice • Chaelisa Onde histórias criam vida. Descubra agora