Uma paixão do passado

💛 capítulo 22❤️

- Lan zhan, ouça... Você estava sobrecarregado, seu marido assumiu a parte financeira do negócio e, aparentemente, era bem qualificado para a função. Por que se intrometeria no trabalho dele, quando já tinha tantas tarefas? Por que não confiaria nele? Sendo um patife trapaceiro, ele teria sido esperto o bastante para encobrir tudo, portanto, não há motivo para se culpar. E não tem com que se preocupar agora. - Wei wuxian continuava abraçando-o, mas de forma tensa. Relaxou um pouco ao aproximá-lo mais. - Seu lar está a salvo e seu pai não precisará saber nunca quão perto esteve de perder tudo.

Lan zhan sentia a cabeça girar, a respiração difícil. Pousou a mão no tórax másculo e seus mamilos enrijeceram num convite velado. Aquele alfa  o dominava! E ele não tinha como controlar as reações do próprio corpo!

Apoiou as mãos nos ombros musculosos.

- Eu sei - replicou, com a voz rouca. - Wei wuxian, estou grato pelo que fez. Acho que não demonstrei muito, mas estou muito grato. - Deixou a mão deslizar pelo tórax dele, até o ponto em que se encostava em seus mamilos. Ansiava para que o marido os tocasse, que lhe sugasse os mamilos. Ficava alucinado só de recordar as sensações.

Movimentou os quadris, achegando-se, e percebeu que a pulsação dele se acelerou. Sentia as batidas do coração forte na ponta dos dedos. Ele se lembrava também? Lembrava-se de como fora um dia entre eles? A pura magia, o êxtase, o mistério de tanto prazer?

- Não tem de se sentir grato. Eu também saí ganhando, lembra-se? - A voz dele era grave, como se também respirasse com dificuldade. Baixou o rosto até ficar bem próximo do dele e passou a massagear-lhe o corpo, da nuca aos quadris, e então refazendo o caminho de volta, provocando-o através do cetim. - Fui muito severo com você a esse respeito. Não sabia por que o negócio estava tão mau. - As palavras saíam devagar, e não era por causa do conhaque... ele mal tocara na bebida. - Eles lhe aplicaram um golpe e tanto... aquele seu marido patife e aquela Qing desclassificada.

Ouvir o nome de Qing devia despertá-lo Mas não. Nada o traria à realidade daquele instante. O desejo era tão grande como da primeira vez.

Bastava mover a cabeça um pouco para seus lábios se unirem e, então, tudo voltaria a ser como antes... os beijos exigentes, o puro êxtase das carícias exploratórias, o desejo que nunca era saciado, não importava quantas vezes se unissem na dança selvagem do amor, a qual só se aprimorava a cada execução... A tentação era grande demais... Entreabriu os lábios.

Wei wuxian afastou-o, rude e impessoal. Levantou-se desajeitado, foi ao bar, serviu-se de outro conhaque e tomou-o num gole só.

Lan zhan não sabia onde estava. Via tudo de cabeça para baixo. Observou o marido de costas e sentiu o calor do desejo se esvair.

Estremeceu de frio. Tinha tanta certeza de que ele sentira o desejo também. Toda a velha magia. Por um momento, pensou que tudo voltaria. Mas como recuperar algo que nunca existiu de fato? Não para Wei wuxian.

Fizera papel de idiota e ainda tremia quando ele se voltou, uma dose nova de conhaque no cálice. Claro, ele não se perturbou. Talvez sentisse um leve remorso, porque sua voz voltou ao normal, contida como sempre:

- Acho que tem razão. Se A-yuan sente a sua falta, devemos voltar. Amanhã. Pensarei em algo para justificar a mudança de planos. Vou sair logo cedo, enquanto você arruma as malas, e comprarei um presente para ele. - Baixou o olhar sob o escrutínio dele. Pela primeira vez na vida, ele o via em desvantagem?

Constrangido? Constrangido com o que sentiu ao tocá-lo? Ele só quis ser gentil, só quis reconfortá-lo e ele praticamente crepitara de desejo. Assim, ele recuou. Não podia culpá-lo.

Sentia-se ridículo Humilhou-se

- Por que não vai dormir? Temos uma longa viagem amanhã.

Ele se levantou, ajeitou o robe e desejou estar vestindo algo além daquela peça sedutora. Devia se desculpar por seu comportamento, atribuindo-o à emoção de reviver os acontecimentos dolorosos? Mordiscou o lábio, e Wei wuxian ordenou, mais severo:

- Céus, Lan zhan. Vá dormir.

Sem revisão
Pois é Wei wuxian tentando se controlar KKK