RuanAssim que descobrimos que alguns caras do time de futebol e do curso de Química, estavam colocando drogas e distribuindo para as garotas juntei todos com a ajuda do Marcos e do Vincenty. O Enzo acabo bebendo, e tinha estimulante sexual.
Arrastados todos para o gramado.
— Deitem no chão de barriga pra baixo! — Mando.
Marcos alinho eles:
— Fiquem juntinhos porque se não vai doer mais.Vincenty está de olho nas garotas que também ajudaram eles, são 4 ao todo. Estão de salto, ótimo, vai ser bonito de ver. A gentileza do loiro de farmácia sempre assusta as pessoas, ele tem menos noção que o drogado que não para de sorrir.
Um caminho de corpos podres. Mas aparentemente vivos. Me agacho apenas assistindo.
— Uma de cada vez. Façam uma fila!
— Espera. Você não pode fazer isso com a gente… — Uma delas tenta defender todo o grupo.
— E vocês podem drogar todo mundo? — Indago, fingindo uma falsa curiosidade. Pego o isqueiro no bolso, abaixo e levanto a tampa, fazendo um barulho com o metal como se estivesse contando o tempo. — Nós até poderíamos ter dado o fora, chamado a Política. Mas tem gente demais e ninguém iria admitir. No fim não iria passar de um incidente infeliz onde várias garotas seriam violentadas e a culpa seria toda de vocês.
— A gente só aceito para não ter que passar por isso. Você não entenderia. — Se exalta.
— Vamo logo com isso. Não ligo para os seus motivos egoístas. — Já estava perdendo a paciência.
— Vocês não ouviram? — Vicenty empurra a última da fila. Elas cambaleiam para frente andando por cima das costas dos idiotas.
A ponta dos saltos parece ser bem fina. Eles protestam e resmungam, alguns até gritam. Só tô começando. Me pergunto se realmente dói tanto assim. Elas andam por cima deles.
— Ai, ai.
— Desculpa…
— Ai. Tá tudo bem.
— Foi mal.
— É… até que vocês merecem.
A última pisa com força:
— Merecem? É claro que esses escrotos merecem. Isso aqui é pouco. Eles ameaçaram a gente. Só essas duas tapadas que fizeram pelos namorados.Marcos gargalha. Cada passo seu é firme, com brutalidade. Usá-los como chão parece ante étnico, mas uma coisa sobre a ética que os sites de pesquisa não falam é que senso comum é apenas para quem tem vergonha na cara.E esse monte de lixo no chão não tem nem uma.
— Por favor. A gente não sabia o que era, só o Gael e o pessoal do curso de Química sabiam. A gente só percebeu quando vocês aparecem. Ele disse que não era nada de mais… — o garoto está realmente chorando. — A gente do time nunca faria isso depois que o Enzo entrou, eu juro!
— Verdade. Ele já faz a gente comer o pão que o diabo amasso.
— Calem a boca. Não vamos sofrer sozinhos!
Tinha planejado fazer coisa pior. Entupir apenas os garotos com as drogas e trancá-los em um quarto. E jogar a chave fora. Deixaria as garotas saberem onde estava a chave no outro dia.
Mas mudei de idéia porque daria muito trabalho, não ganho nada com isso, e quero levar a Esther em casa. Ser cruel é uma questão de perspectiva, alguns acham que eu não ganho nada. Mas no fim o medo e a obediência andam de mãos dadas. Já dizia meus tios.
Elas vão de um lado ao outro. Só quando verifico se os hematomas estão roxos o suficiente abando eles.
— Cansei.
( … )
Bato na janela do meu carro. Ela está no banco do passageiro quase dormindo. Consigo chamar sua atenção para que destrave o carro.
Dou a volta e tomo o lugar do motorista. Bato a porta. Seguro o volante conferindo os espelhos. Giro a chave e o carro ganha vida. Dou partida saindo da vaga pública na rua.
Olho de canto. A garota esfrega os olhos tentando ficar acordada. Uma moto segue a gente. Olho pelo retrovisor, é o Vincenty.
— Você pode dormir um pouco. Não é como se eu fosse te atacar.
— Tô de boa. Você consegue dirigir com uma mão só? — Muda de assunto.
— Consigo.
Ela puxa minha mão direita. Me concentro na estrada. Ela ponhe minha mão na sua pele macia. Olho de relaxe. Aperto sua coxa de forma involuntária.
— Estou mais alerta. O toque do inimigo sempre funciona para tirar o sono!
Reviro os olhos. Tento tirar e ela dá um tapa nas costas da minha mão. Ponho de novo. Me concentrar na estrada.
— Eu sou o inimigo?
— Isso é óbvio.
Abri um sorriso. Eu não subiria a mão, não lhe daria motivos para me chamar de tarado. Esperaria que ela me pedisse, me implora-se. Como queria escutá-la pedir. Mas não significa que gosto dela. Os únicos sentimentos que tenho por ela é a atracação e o ódio.
— Docinho, uma coisa sobre a inimizade é fato: você precisa estar perto para saber como ele pensa. Como a sua amiga no banco de trás fingindo estar dormindo.
O clima fico tenso. Estaciono o carro usando as duas mãos, já chegamos na sua casa. Pego a arma atrás das minhas costas, escondia por dentro da calça atrás da blusa.
Destravo e aponta para a garota atrás, entre os bancos. Esther arregala os olhos, tirando o próprio cinto e se afastando.
— Que porra é essa? Por que você tem uma arma?
— Acorda. Eu sei que você não está tão bêbada, e eu sei que está fingindo dormir. Só não sei porque. Não me faça atirar na sua perna.
A garota levanta com os braços para cima. Devagar. Sou extremamente paranoico, e se alguém me dá motivos não gosto de enrolar.
— Paris. Que merda tá acontecendo?
— Seu pai me mando. Disse para você atender as ligações dele. Se não, a próxima visita vai ser de matar. E a sua irmã é uma gracinha.
— Se ele encostar um dedo na minha irmã eu mato ele. Então fala para o papai que estou sem celular. Na próxima semana eu compro um. — Suspira se sentado no banco. — Ruan, abaixa a arma.
Hesito.
— Abaixa, agora!
Faço o que me pede por falta de opção. A garota atrás dá de ombros. A curiosidade sobre o pai dela só aumenta. Alguém capaz de qualquer coisa. Deve ser um monstro.
— Você trabalha para ele?
— Sim. Sou uma guarda costas na verdade.
O Vincenty bate no vidro de repente. Saímos todos do carro.
— Posso dirigir. Já dei o meu recado. — Vai para sua moto. Acena dando partida.
Observamos. A noite foi longa. Guardo a arma. Ando com os documentos e posso usar em legítima defesa. Esther se volta para mim.
— Ruan, você já atiro em alguém?
— Já. Mas nunca matei ninguém.
— Uma vez ele quase atiro em mim. — O loiro fala de repente. — Vamos?
Concordo. Vou na direção do carro. Vou dormir até o meio dia e fazer cachorro quente pro almoço. Uma mão segura meu pulso.
— Espera. Pode dormir aqui?
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Garotos cruéis! - Livro 02
RomanceSinopse: Ruan seria facilmente o cara que qualquer uma pegaria se estivesse dando bobeira em uma festa. Mas ele faz o tipo manipulador que te daria um fora e você sairia sorrindo. Um dos 4, do grupo de elite da escola, que promete ser tão cruel quan...