23: O que eu quero?

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(Hot, porque vocês já esperaram muito).

Esther

Estava chovendo no caminho. E agora está frio, uma daquelas noites onde o tempo passa mais rápido, mas dessa vez ele está se arrastando. Meu irmão ligou para mim umas 15 vezes, depois que foi embora. Não que eu queira atender. Respondo suas mensagens pelo menos. Ruan desprende meu cabelo e desata as tiras do vestido, seguro o tecido na parte do busto enquanto digito.

— Tudo bem se eu dormir aqui hoje? — Ele sussurra com medo de acordar a minha irmã. O rosto no meu pescoço cheirando o meu perfume.

— Hum-rum — murmuro. Deixo o celular de lado.

Avisa perto do meu ouvido:
— Vou sair pra você trocar de roupa.

Me viro antes que ele saia.

— Que cavalheiro!

Ruan nega:
— Não.

— Por que? — Pergunto mesmo presumido a resposta.

— Porque um cavalheiro não pensaria em sair para não rasgar o seu vestido e se enterrar fundo dentro de você, docinho.

Mordo o lábio inferior. O poder que ele tem sobre mim, suas palavras me arrepiam e o seu toque causa uma carícia torturante. E sinto que ele sabe disso.

Abaixo o rosto envergonhada, porque é isso que ele faz comigo, e ninguém além dele:
— Não fica falando essas coisas depravadas em voz alta!

— Mas estou sussurrando!

Ele bagunça o próprio cabelo, os fios ruivos ficam mais escuros com a pouca iluminação. A cicatriz no seu olho é meio sexy, às vezes deixa um ar mais perigoso nele. Arregalo os olhos quando ele tira a camisa. Mas o apenas me estende a peça. Pego constrangida por ter pensado em outras coisas.

— Usa isso. — Sorri como se pode-se ler meus pensamentos. — Vamos ficar na sala, para não acordar a sua irmã. Podemos assistir um filme.

( … )

Aceitei a sua sugestão porque na hora eu pensava que estava tendo um julgamento errado dele, mas meu julgamento estava certo. Ruan Gomes não passa de um oportunista, é, por falta de palavras. Sim, é o que ele está fazendo. Se aproveitando da oportunidade.

Um filme, um filme coisa nenhuma.

— Esse filme é chato!

— Você que quis assistir. — Acuso.

— Pensei que estaríamos mais ocupados nos beijando do que prestando atenção nele.

Nego, desacreditada. Deveria ter ido fazer pipoca pelo menos. Esse garoto chato e irritante está me alugando a noite toda. Pensei que a nossa relação não fosse desse tipo. Só casual. E olha que ainda nem chegamos a transar pra valer. Mas diria que às vezes tenho vergonha de ficar sem roupa na frente dele.

A única fonte de iluminação é a tela da TV. Escolho os pés com frio.

— Sua mãe vem que horas? — Me olha de lado.

— Ela não vem hoje. — Ela tinha outros planos, passaria a noite fora.

— É mesmo? — Tira a atenção da tela, sua mão agarra meu tornozelo aos poucos. Ruan puxa minha coxa também, me levando para o seu colo com muita facilidade. — Estou me comportando bem, não mereço um prêmio?

Ri da sua falta de vergonha na cara. Envolvo os braços em volta do seu pescoço.

— Até onde lembro, você me jogo nos ombros como se não fosse nada! — Protesto irritada com a lembrança.

— E que você é tão magrinha, nem pesa muito. — Abro a boca indignada. — E todos os vasos, minha mãe adorava aqueles vasos. Preciso de uma compensação.

— De dou dinheiro, pago parcelado.

Ruan revira as órbitas bravo, suas mãos apertam minha cintura:
— Não quero o seu dinheiro, docinho.

— O que você quer então, querido? — Provoco. — Eu até sei, mas quero ouvir você pedindo.

Um sorriso de canto, ele umedece os lábios. Mordo os meus, Ruan não tem muito músculo, mas é bastante forte. Diria que parece magro. Gosto dos seus dedos longos me apertando. Gosto da sua única tatuagem no braço esquerdo ser uma borboleta com uma asa despedaçada. Gosto dos seus olhos castanhas me desejando.

— O que eu quero? É ouvir os seus gemidos enquanto brinco com a sua boceta usando os dedos e chupo os seus peitos, até você não aguentar mais. É isso o que eu quero. — Sussurra como um segredo íntimo.

Desaboto os primeiros botões da sua camisa que eu estou usando, sua atenção vai para os meus dedos. Evito encarar seus olhos. Minha respiração se agita com a expectativa a cada toque minucioso das suas mãos nas minhas coxas. Suas palmas são ásperas e é bom quanto ele me puxa ou aperta o meu pescoço, ou talvez eu sou a maluca da história.

— Está esperando um convite?

Ele avança, tocando meus lábios primeiro. Aperto seus ombros, retribuindo o beijo. Meu piercing na língua só o faz querer me beijar mais e mais. Ruan é impaciente nessas horas. Seus dedos procuram as ladeiras da minha calcinha.

Afasto a boca da sua. Seus beijos descem pelo meu pescoço:
— Não estou usando calcinha…

— Desde de quando? — Exije.

— Do começo da noite. — Ele faz um trinha entre meus seios, deixando cupões e mordidas de leve. Aperto seus cabelos macios suspirando baixo.

— Caralho, Esther! — Resmunga.

Suga meu seio e desliza um dedo para a minha entrada. Arqueio as costas. Ele aperta minha bunda com a mão livre. Tampo a boca afagando os gemidos. Os seus sussurros depravados continuam.

— Você é bem escandalosa, sabia? — Pergunta com meu peito na sua boca. Ele move o dedo com facilidade, ponho outro junto. — Você se toca assim, pensando em mim?

Respiro pelo nariz. Seus olhos capturam os meus. Vai mais rápido esperando uma resposta. Nego com a cabeça um pouco envergonhada. Estou totalmente exposta com as pernas abertas em cima do garoto que eu disse que odeio mais de uma vez, e não me arrependo nem um pouco.

Ele sorri de canto sugando e engolindo o meu mamilo, com tanta fome e necessidade que perco o fôlego. Seus dedos vão mais fundo e a sessão me deixa sem palavras. Minha mente não funciona quando ele me toca. Aperto os seus cabelos mordendo o lábio. Minha pernas perdem as forças com seus dedos entrando e saindo cada vez mais rápido.

Ruan começa a ir devagar para me provocar, prolongando o meu prazer. Aperto seus cabelos com força. Ele muda de um seio para o outro, sua língua brinca com o mamilo e tudo o que ele faz me deixa excitada. No escuro com a pouco iluminação só me desmonto de prazer quando ele quer.

Garotos cruéis! - Livro 02Onde histórias criam vida. Descubra agora