18: Bar do Kim.

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Ruan

Espero a minha irmã se arrumar para ir buscar a Esther. Quase nunca venho na sua casa. Mamãe me obrigo a tira-la de casa um pouco. Experimenta alguns vestidos, calças e blusas.

Enquanto eu só tomei banho e vesti uma camisa preta de botões com calça jeans.

Olho às horas no celular impaciente. A ruiva é muito parecida com a nossa mãe, e semelhante a mim. 3 anos mais velha, mas isso não lhe impede de usar moletons toscos. Volta com um vestido, levanto do sofá esperançoso.

Ela se olha no espelho da sua sala. E faz a mesma pergunta de todas as vezes:
— E esse, me faz parecer mais bonita?

Faço que sim.

— Com certeza. Esse foi o melhor.

— Você já disse isso!

— Já? Mas é porque todos são bonitos.

Pensei em desistir de ir, isso levaria a noite toda. Quando ela concordo comigo pela primeira vez.

— É, acho que ele gosta de verde — resmungo sozinha. Antes que eu perguntasse quem era “ele”, ela emenda. —, vamos, vamos antes que eu mude de ideia. — Aquilo foi o bastante para me convencer. Mas não significa que esqueceria tão fácil o outro assunto.

( … )

A morena abre a porta do passageiro e dá de cara com a minha irmã. Seu cabelo solto cai por cima do ombro e seus olhos se estreitam. Parecia que ela iria pegar a minha arma e dar um tiro na Caroline ali mesmo.

— Por que tem uma ruiva peituda sentada no meu lugar? — Aquilo deixo a minha irmã realmente vermelha, até suas orelhas estão vermelhas, e olha que ela fica com vergonha com muita facilidade. Antes que eu abrisse a boca ela disparo irritada. — Se for uma indireta, lamento, mas não vou botar silicone. E se…

Olho para os seus peitos sem perceber e depois para sua boca com batom preto, em seguida para seus olhos:
— E-eu gosto dos seus peitos.

Quando dei por mim foi a única frase coerente que consegui formular. Me atrapalho com as palavras.

— Quer dizer, não precisa botar silicone…

A garota do meu lado bate na própria testa:
— Eu sou a irmã dele. Pode sentar aqui, eu sento atrás.

Esther fico um pouco vermelha pelo constrangimento e tento pedir desculpas. Minha irmã apenas sorri, murmurando um “tudo bem”. O caminho para a festa foi silencioso, fora a música aleatória que toco no rádio. Tento focar na estrada. É uma festa de última hora, o Marcos tinha me chamado a 3 dias, eu disse que pensaria. Agora, estou dirigindo para o outro lado da cidade. Me explico vagamente alguma coisa sobre social em um bar com um grupo, têm música ao vivo e bebida boa. Minha irmã só ouviu o nome do bar, e já ficou interessada.

Levo uma das mãos para a coxa da minha garota, toco o tecido da sua saia de couro preta, sua blusa é preta também curta o que faz seus seios parecerem maiores, ela vira o rosto cruzado os braços ainda brava. Suspiro. Envolvo os dedos apertando sua coxa. Só queria enviar meus dedos nela e ouvir seus gemidos nada discretos.

Minha irmã quebro o silêncio:
— Então, como vocês se conheceram?

— Ah, foi uma situação engraçada…

— Ele envio a cabeça na minha saía! — Esther me corta.

Silêncio. Uma risada baixa que foi ficando alta. Até parar, quando percebe que não é piada.

— Ruan! — Me repreende.  — Por que você fez isso?

— Porque ele é um tarado. — A gótica tem um sorriso de canto. Sabe que odeio quando me chama assim.

Reviro os olhos. Afasto minha mão da sua perna, ela bate nas costas da minha palma. Puxa minha mão de volta para ela. Odeio quando faz isso também.

— Deixa aqui — resmunga. Aperto sua coxa focando na estrada.

— Não. — Puxo de volta bravo. Aperto o volante com as duas.

Ela toca meu braço:
— Mas querido…

Solto um palavrão. Não sei o que está fazendo, mas parece que está tentando me enlouquecer, e está conseguindo. Suas vontades. Não consigo ficar bravo quando faz essa voz pidona. Paro no sinal. Abaixo o som. Levo minha mão direita de volta para sua perna. Minha mente já tinha formulado formas de puni-la.

— Espera, vocês estão namorando? — Caroline envio a cabeça entre os bancos com curiosidade.

— Não! — Falamos os dois juntos.

( … )

Minha irmã sai primeiro lendo o clima. Em direção ao bar falando algo sobre encontrar uma amiga. Esther é realmente um caos, isso lhe define tão bem que me dá arrepios, e o pior é que eu gosto dela exatamente assim.

Tiro meu cinto de segurança, viro o rosto. Seus olhos escuros me engolem, é como cair em um buraco e não quero ajuda para sair. Ela estala a língua no céu da boca. Me debruço sobre o volante desistindo de qualquer discussão sem sentido. Ainda preso nas suas íris.

— Não me olhe assim. Eu fiquei chateada, você podia ter avisado que a sua irmã ia com a gente, ou que tinham uma irmã.

— Então a culpa é minha?

— É. — Resmunga.

A garota me olho de canto como se estivesse esperando alguma coisa. Franzi a testa.

— Não vamos brigar hoje, só hoje. — Pedi com um tom mais baixo.

— Não vai gritar comigo?

Pisco, confuso:
— Não, eu nunca vou gritar com você. Por que eu precisaria gritar?

Esther solta a respiração e descruza os braços. Tira o próprio cinto e evita me olhar. Continuo esperando sua resposta.

— Quem? — Pergunto em um tom calmo.

— O que? Não, ninguém.

— Então, por que?

— Por que sim. Não sei. A gente vai em um grupo de alto ajuda para pessoas com raiva. O que você quer que eu pense? — Solto de uma vez, o tom nervoso.

Balanço a cabeça. Entendo. Juro que entendo. Ainda temos que conhecer um ao outro melhor. Não é só “ficar junto”. Não que eu realmente precise de um grupo de alto ajuda, até com raiva tento ser calmo.

Nunca. — Digo. — Só pense isso, nunca vou levantar a mão para você, nunca vou gritar, nunca. Porque é o mínimo.

— Claro que não vai, eu teria ido embora depois de arrancar as suas bolas!

Solto uma risada involuntária. Nego ainda sorrindo. Essa é a minha garota. Pego a chave. Abro a porta do carro e sai primeiro. Dou a volta e abro a porta do outro lado. Ela pisca os cílios, pego sua mão a puxando do banco para fora. Analiso sua roupa. Bato a porta atrás dela.

— Fica uma gracinha quando está brava, sabia?

— Está tentando conseguir um favor sexual, com essa tentativa de me elogiar?

— Eu consegui?

— Não é tão fácil assim, querido. — Aperta a mão e me puxa junto a ela em direção ao lugar lotado, a placa em cima diz: “bar do kim”. À medida que nos aproximamos a música fica mais alta.

— Por que o bar tem o seu sobrenome?

Garotos cruéis! - Livro 02Onde histórias criam vida. Descubra agora