14: Na minha cabeça.

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(Hot? Será?)

Ruan

Ela não sai da minha cabeça. Por mais que eu tente. Não consigo ignorar a gótica. Cada pedaço dela me chama atenção. Só posso estar com a mesma doença que o Enzo pego. Me recusava a admitir qualquer sentido que não fosse ódio. Mas eu a queria para mim, podíamos ter um amizade colorida ou o que fosse, eu só a queria perto.

Quebrado as minhas expectativas, ela me afasto. Abraço sua mochila enquanto anda de costas com a mão no ar, se perdendo entre as estantes.

— Fica aí.

— Esther! — Vou atrás dela. — Só pode ser sacanagem!

A garota está escolhida em um canto. Sento no outro canto, me apoiando na estante contrária. Ela abraça os próprios joelhos escondendo o rosto.

— Eu fiz alguma coisa que você não gosto? Eu te machuquei? — Fico mais alerta e nervoso.

— Não, e esse é o problema. É melhor ficar longe Ruan.

— Tá bom. Mas o mais longe que posso ficar é aqui. — Mesmo com a pouca iluminação consigo vê-la um pouco. Seus cabelos cobrem o rosto. Abraço os joelhos como ela, está frio.

— Desculpa. Eu não perguntei se você queria… — sou interrompido.

— O beijo não foi ruim. Só não precisava me sufocar de verdade.

Abri um sorriso. Ela aceito muito fácil, só de pensar que poderia ser outra pessoa no meu lugar, já fico de mau humor.

— Vem aqui, está frio.

— Não confio.

— Em mim?

— Não, em mim mesma! — Admite baixo.

Forço a visão com a pouca iluminação. Estamos trancados mesmo. Pego o celular no bolso já sabendo que está descarregando. Nem dá para ligar para o Vincenty vir arrombar a faculdade.

— Dorme em cima de mim.

— Sem chance! — Solta uma risada nasalada.

— Já fez isso uma vez mesmo. E o chão é desconfortável, sem falar no frio. — Tento argumentar. Ela ri como se isso fosse o de menos. — Docinho, não me faça repetir!

Esther resmungo algo que não ouvi. Engatinha até mim. Tiro o casaco para cobri-lá. Ponhe a mochila no chão para eu pôr a cabeça. Ajudo a garota a vestir o casaco, abraço ela para me esquentar.

— Ruan? Quem está com frio é você ou eu?

— Os dois! — Declaro.

Puxo sua cintura pra mim. Ela retribui o meu abraço depois de um tempo. Seu perfume é cítrico, deve ser dos mais baratos e vagabundos, mas combina com ela.

— Para de cheiro o meu pescoço! — Reclama.

Deito, trazendo ela junto. Apoio a cabeça na sua mochila. Tê-la nos meus braços é reconfortante. Por mais que os meus desejos primitivos me levem a querer coisas que não posso fazer, imaginar é tudo que me resta. Fecho os olhos tentando dormir.

— Ruan. Não consigo dormir — sua voz está lamuriosa. — Fico pensando se a minha irmãzinha está bem.

Afago seu cabelo:
— Ela tá bem, sua mãe está cuidando dela.

— Esse é o problema.

Não entendi. Grande parte da sua vida é um mistério. Sempre tem algo novo sobre uma pessoa que você pode aprender. Inspiro seu cheiro de novo, sem abrir os olhos.

— Está parecendo um viciado! — Reclama.

— Em você, estou viciado em você.

Silêncio.

Sinto seus dedos no meu cabelo. Puxo ela mais para mim, estou pegando no sono aos poucos. Posso facilmente dormir em qualquer lugar, o chão seria desconfortável em outras circunstâncias. Mas como a vida não me deixo ser apenas um garoto rico, sei do que estou falando.

Levo as mãos para suas coxas, deslizo pra cima, levantando sua saia e apertando sua bunda ao mesmo tempo. Coloco minha perna entre as suas, ela se apoia em mim colocando os peitos pra fora.

Só pode ser um sonho. Cai de boca.

Aperto sua bunda com força, sugando o bico. Ela geme baixinho. Acaricio o outro, apertando o mamilo entre os dedos. Me dedico completamente em um antes de pular para o outro. Mordo de leve.

— Porra! — Solta um palavrão quando sugo com força.

Levo a mão para sua calcinha. Afasto pro lado, encosto dois dedos primeiro:
— Já está molhada?

Solto seu seio. Pressiono seu clitóris. Esther abre a boca surpresa. Levo a outra mão para sua nuca, puxo seu rosto iniciando um beijo lento. Faço fricção na sua intimidade, movo os dedos apertando seu ponto sensível.

Sua língua na minha boca, esse piercing é bom demais. Me tornei um drogado, quero beijá-la 80% do dia.

Deslizo na sua entrada devagar. Movendo enquanto empurro. Sua boceta engole meus dedos apertando eles. Ela afasta o rosto para respirar. Aumento o ritmo aos poucos. Suas unhas arranham meus braços. Ela geme sem se segurar.

Passo a língua entre seus seios deixando cupões. Vou mais rápido, metendo sem parar. Sua boceta contrai e desejo que fosse no meu pau. Aperto sua cintura. Seu corpo em cima deve ser quase tão bom quanto ele embaixo de mim.

Acordo com tapas no rosto. Ela está sentada do meu lado. Pisco confuso. Quando a ficha cai. Me recuso a agredir que tive um sonho erótipo com ela. Ponho o braço na frente dos olhos.

— Levanta é quase 6 horas, o sol já apareceu!

( … )

Ando de um lado para o outro no banheiro de casa. Voltei e decidi que já passei muito tempo na faculdade. Seguro na pia, a bochechas vermelhas como a droga de um adolescente descobrindo o que é hormônio.

— Eu não vou tocar uma pra ela, nem ferrando! — Fecho os olhos com força. Já tinha tomado um banho com a água mais gelada do chuveiro.

10 segundos depois.

— Não acredito que eu vou fazer isso — resmungo comigo mesmo.

Só conseguia pensar nela. Aquela gostosa do caralho não sai da porra da minha cabeça. Mas ela beija tão bem, que ódio.

Garotos cruéis! - Livro 02Onde histórias criam vida. Descubra agora