Capítulo 8

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QUATRO ANOS DEPOIS

— Então você está indo mesmo?

Valka alisa do ombro até os braços de Soluço se segurando para não chorar vendo o filho indo embora de casa depois de tanto anos morando com ela e Stoico.

— Esse cargo na universidade de Berk é impossível de recusar mãe — segurou as mãos dela — Com o dinheiro que juntei trabalhando na educação básica e algumas aulas na faculdade, consegui meu cantinho em Berk e vou trabalhar exclusivamente para o ensino superior. É o que eu queria.

— Mas morar sozinho? Você está tão acostumado comigo te ajudando no que precisa.

— E vai ser ótimo eu criar essa independência de você, mãe. Eu já tenho vinte e sete anos, preciso do meu espaço.

— Eu disse que ele podia morar comigo como fez anos atrás — Melequento se intromete enquanto fecha o porta malas do seu carro — Mas não se preocupa, tia, eu fico de olho nesse cara — bagunçou o cabelo de Soluço — E agora que ele comprou meu carro, ele pode vir te visitar a qualquer hora.

— Pode vim até sem avisar ouviu? De tarde, à noite ou de madrugada. Precisou da mamãe, pode correr para meu colo.

— Pare de falar como se ele fosse uma criança, querida — Stoico coloca a mão em seu ombro — Ele tem quase trinta anos.

— Mas vai ser sempre o meu menino, o meu bebê, o meu filho que amo tanto — o abraçou e foi apertando o abraço enquanto falava.

— Mãe, eu preciso ir.

Soluço disse mal conseguindo respirar. Stoico desgrudou sua esposa do filho e ofereceu um aperto de mão para se despedir. Soluço sorriu por seu pai nunca ter sido grudento. Ele entrou no carro do lado do motorista e Melequento no passageiro. Ligou o carro e pegaram o caminho para Berk.

— Sabia que não precisava vir em Alfheim me buscar?

— Mas eu faço tudo pelo meu primo que vai trabalhar na universidade e quem sabe falar bem de mim lá.

— Não gosta mais de ser diretor?

— Claro que eu gosto, apesar da dor de cabeça mas imagina só trabalhar na universidade de Berk. Um sonho e você está realizando e claro fico muito feliz por você, óbvio e...

Soluço ligou o som do carro aumentando bem o volume para não conseguir ouvir seu primo falando. Em um determinado momento, o Jorgenson desistiu de conversar com ele e fizeram o resto do caminho em silêncio. Chegaram no prédio que Soluço comprou o apartamento, entraram na garagem parando perto do elevador para ser mais fácil de levar as últimas malas que faltam para o Haddock finalmente estar morando sozinho. Depois de colocar as cinco malas na sala, Melequento se jogou no sofá retrátil relaxando.

— Jpa que você não quis ir para minha casa, acho que eu devia vir morar com você.

— E o papo lá em casa de me deixar ter meu espaço?

— Não precisa disso por muito tempo, logo vai se sentir sozinho.

— Aí eu arrumo um cachorro.

— Cachorro? Nesse apartamento? Onde vai colocar ele?

— Talvez eu arrume um papagaio então. Ele vai poder voar pelo lugar todo.

— Vou verificar isso. Vamos lá: sala embutida com a cozinha separada pelo balcão — se levantou do sofá — Podia ter comprado uma mesa.

— Iria ocupar espaço desnecessário e eu gosto de comer na frente da televisão.

— Boa desculpa. Continuando: um quadrado de um por um fazendo um lugar para a porta do seu quarto, seu escritório e banheiro — abriu a porta do quarto dele para entrar — Caramba, ficou muito legal esse quarto com uma cama de casal. Colcha de cama roxa?

O Professor de Matemática - HiccstridOnde histórias criam vida. Descubra agora