Capítulo 4

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Baile de boas vindas. Soluço se lembra de quando era ele se arrumando para na sua última festa. Sua mãe penteava seus cabelos todo para trás, até parecia que um boi tinha lambido sua cabeça. Agora hoje, quase dez anos depois, ele está se arrumando sozinho para poder cuidar da escola para que os alunos não aprontem nada. Melequento também vai, assim como Perna de Peixe, Heather e mais alguns professores.

— De preto, Soluço? — Melequento aparece na porta do banheiro.

— Por mim eu colocava até uma gravata borboleta — resolveu brincar — Não vou ser um tipo de segurança lá? Nada mais legal do que me vestir como um.

Melequento ficou calado enquanto o primo penteava o cabelo e resolveu soltar a bomba.

— Tia Valka ligou — Soluço olhou para ele apreensivo — Perguntou como você está e mandou eu te garantir que ela não vai contar para ninguém onde você está para que a mulher lá não te encontre.

— É o mínimo que ela pode fazer depois de tudo.

— Não vai poder se esconder para sempre, Soluço, vai ter que resolver essa história mais cedo ou mais tarde.

— Eu prefiro que seja tarde.

Soluço se desviou dele na porta e foi para o quarto pegar seu celular que estava no carregador. Desceu e ficou no sofá esperando Melequento descer para irem juntos. Um vai de moto outro de carro, mas preferiram sair juntos. Não é que ele culpe a mãe pelo que aconteceu, mas Valka tomou a decisão de não acreditar no próprio filho e acreditou naquela mulher. Isso ferrou a relação dele com os pais.
Em alguns minutos saíram de casa e foram para a escola. Tinha alguns carros de pais deixando seus filhos para o baile. Soluço estacionou ao lado da moto do primo e saiu do carro o trancando. Cumprimentou os colegas de trabalho que estavam na porta e entrou andando pelo corredor vazio. Sentiu o cheiro de erva e prendeu a respiração apressando os passos até a quadra onde seria a festa. Respirou aliviado e foi até a mesa de bebidas pegando um refrigerante de lata.

— Seus olhos estão vermelhos — Perna de Peixe disse se aproximando para pegar outro refri.

— Acho que já tem algum aluno usando drogas pela escola — bebeu a coca.

— Pelo menos não vi nenhum batizando as bebidas. Ainda.

— Você disse que eles fazem pegadinhas, quem sabe a desse ano vai ser fazer a gente ficar ansioso vigiando a mesa sendo que eles não vão fazer nada.

Perna de Peixe concordou que era uma ótima ideia. Entrando do outro lado da quadra, Soluço viu Astrid com um vestido curto azul claro florido rodado. Engoliu seco. Acompanhando ela, os gêmeos. E acompanhando os gêmeos, alguns alunos novos e outros mais velho perguntando algo ao loiro de dreads. Ele foi em direção ao palco e conectou o celular para colocar o som tocar. Em segundos começou uma música agitada que os alunos receberam com gritos alegres. Astrid olhou para Soluço.

— Tudo em ordem? — Melequento deu tapinhas no peito do ruivo.

— Sim, nenhum aluno chegou perto do ponche — Perna de Peixe respondeu.

— Vou ficar na entrada de lá e Soluço fica na entrada para os corredores e evite ao máximo deixar alunos passarem.

Soluço concordou e foi para a porta. Seu celular vibrou. Seu pai. A mensagem dele consistia em um pequeno texto dizendo que ele devia procurar a mãe e perdoá-la. Soluço quis escrever dizendo que não era algo tão simples, mas apagou o que começou a escrever e fechou o aplicativo de mensagens. Perto das nove, a quadra já estava cheia de alunos. Uns de bermuda, outros de calça. Alunas de vestido outras de conjunto. Alguns até tentaram passar por ele para ir ao corredor dizendo que iriam usar o banheiro. Tem banheiro na quadra, ele respondia. Ele não ia sair do seu posto por nada a menos que alguém inventasse uma boa mentira.

— Professor, precisam da sua ajuda no banheiro. Vem.

Astrid o puxou para o corredor que ele devia impedir que os alunos entrasse e o levou para o banheiro. Soluço não raciocinou muito depois que ela disse que alguém precisava de ajuda. Quando viu o banheiro vazio se deu conta que não tinha ninguém ali. Caiu em uma armadilha.

— Precisamos voltar para a quadra, Astrid.

— Relaxa, prof, não menti para você quando disse que alguém precisava de ajuda — Soluço arqueou a sobrancelha — Eu preciso da sua ajuda.

Astrid o empurrou na parede e tomou seu lábios. Soluço ficou com as mãos para cima para não tocá-la. Mas com as mãos desse jeito era difícil tomar distância da loira. Astrid enfiou as mãos debaixo da camisa social preta e passou a unha de leve no abdômen dele o fazendo arrepiar. Soluço se puniu mentalmente e levou sua mão para a cintura dela para beijá-la melhor. Suas línguas brigavam por espaço. O beijo era bom demais para resistir, os dois confessam isso mentalmente. A mão da loira resolveu brincar mais e desceu para a calça dele massageando o pau por cima dos panos. Soluço deixou um gemido sair no meio beijo arrancando um sorriso malicioso da aluna. Astrid separou o beijo, desceu do salto e se agachou na altura do quadril do professor. Soluço se obrigou a olhar para o teto para não ver uma garota de dezoito anos desabotoando sua calça e pegando no seu pau para masturbar. Soluço olhou para baixo vendo a garota subir e descer a mão no falo. Engoliu seco pensando se era melhor isso ser um sonho. Ou a situação seria pior se ele estivesse sonhando? Ou a coisa já está toda no fundo do poço tendo a sua aluna lambendo seu pau no banheiro da escola? Astrid lambeu uma última vez antes de abocanhar. Soluço segurou o gemido para sair baixo. Não seria nada agradável alguém pegar ele ali daquele jeito com uma aluna. Seria preso sem sombras de dúvidas. Ele levou a mão até o cabelo e enrolou para que pudesse ajudá-la. Quando estava quase gozando, ela parou com a brincadeira e o beijou. Ela quer ele. Soluço percebeu isso e alertou.

— Não tenho camisinha aqui.

— Não ligo — Astrid beijou o queixo dele.

— Astrid, não somos crianças.

Ela bufou frustada por não poder ter ele ali.

— Então vou pelo menos terminar o serviço.

O beijou mas antes que o beijo se aprofundasse, ouviram uma batida na porta.

— Astrid? Está aí?

Cabeça quente. Soluço subiu a calça e Astrid foi até o espelho arrumar o cabelo. Soluço entrou em uma cabine e subiu no vaso para que a outra aluna não visse seu pé caso entrasse ali.
Escutou a porta ser aberta.

— Vai começar a brincadeira com a pinhata.

— Então vamos.

Soluço ouviu a porta ser fechada e esperou alguns segundos antes de abrir a cabine para confirmar que estava sozinho. Respirou aliviado e foi até o espelho ver se estava tudo ok. Passou a mão no cabelo e arrumou a roupa. Tudo no seu lugar e saiu do banheiro olhando para os dois lados para ter certeza que ninguém o viu. Chegou a quadra e estava um grupo de alunos no centro brincando de alguma coisa. Deve ser com a pinhata que ouviu a garota falar no banheiro. Parece que ninguém deu falta dele. Melhor assim. E melhor ainda vai ficar se não deixar mais nada como isso acontecer. Astrid é uma perdição mas não impossível de driblar.

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Meu gato me manipulou e postei esse capítulo. O que acharam?

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@LayHyungMin

O Professor de Matemática - HiccstridOnde histórias criam vida. Descubra agora