Realeza da Sonserina - Draco Malfoy

CAPÍTULO 48

Passos Aquáticos: Entre a Dança e os Segredos do Ovo

O crepúsculo de dezembro envolveu os torres e torreões de Hogwarts com um manto de neve que sussurrava segredos à luz pálida da lua. A iminência do baile de inverno pairava no ar, mas não era apenas a expectativa festiva que se infiltrava nos corredores do castelo. Uma aura misteriosa e inquietante se misturava ao frio cortante que se intensificava nas redondezas, lançando uma sombra inusitada sobre Hogwarts.

Os bosques proibidos, normalmente silenciosos e repletos de mistérios, agora pareciam vibrar com uma energia sutil, como se as árvores centenárias sussurrassem prenúncios de eventos além do alcance do entendimento humano. A neve, que se acumulava nas trilhas e vielas, não era apenas um adorno sazonal; era testemunha silenciosa de segredos ocultos sob sua brancura imaculada.

A floresta, que normalmente ressoava com a vida noturna de suas criaturas mágicas, estava agora envolta em um silêncio perturbador. As sombras dançavam entre os troncos das árvores, e a lua, em sua plenitude, lançava feixes de luz prateada que realçavam o mistério que permeava o ambiente. Era como se a própria natureza, em consonância com o castelo milenar, estivesse prestes a revelar algo há muito oculto.

À medida que as datas do baile se aproximavam, os estudantes eram envolvidos por um arrepio de excitação e temor. As escadas que levavam às masmorras pareciam mais íngremes, as passagens secretas mais sombrias. A promessa de uma noite festiva era contrabalanceada pela presença de algo indefinível, algo que se esgueirava nas sombras do castelo, despertando um medo ancestral.

Os retratos nos corredores, sempre vigilantes e interativos, pareciam agora captar algo além da compreensão humana. As figuras pintadas nas telas, muitas delas testemunhas de inúmeras gerações de bruxos, trocavam olhares carregados de significado, como se compartilhassem um conhecimento que transcendia o tempo.

No Salão Principal, onde a decoração para o baile começava a tomar forma, as velas tremiam com uma chama trêmula, como se tivessem conhecimento de algo além das festividades. A arquitetura grandiosa do castelo, normalmente imponente e majestosa, agora ganhava contornos mais sinistros, suas sombras parecendo se mover independentemente da luz ambiente.

E assim, enquanto a neve cobria Hogwarts com seu manto branco, uma tensão crescente se insinuava pelas muralhas do castelo. Os estudantes, envoltos nas delícias e preparativos do baile, mal percebiam as correntes sutis de mistério que permeavam o ar. Uma sensação de terror, um vislumbre de algo além do compreensível, flutuava nas correntes de vento gélido que varriam os terrenos da escola. Hogwarts, venerável guardiã de segredos mágicos, preparava-se para uma noite que seria muito mais do que uma simples celebração. O baile de inverno, que deveria ser uma celebração de alegria e camaradagem, parecia agora envolto em um véu de mistério e incerteza. Os rumores se espalhavam pelos corredores como sombras inquietas, alimentando conversas sussurradas nas salas comuns e bibliotecas antigas.

O Profeta Diário, que normalmente trazia notícias mundanas e eventos esportivos, agora parecia conter artigos enigmáticos e previsões sinistras. As páginas tremiam quando abertas, como se os próprios pergaminhos sentissem a perturbação que se espalhava pela escola. As manchetes sugeriam eventos que ultrapassavam os limites da compreensão, ecoando os murmúrios que circulavam entre os estudantes.

No Grande Salão, onde os últimos toques de preparação para o baile estavam em andamento, as sombras se agitavam nas bordas da iluminação encantada. Os elfos domésticos, normalmente ágeis e eficientes, pareciam hesitar, como se o próprio castelo estivesse inquieto com antecipação. A decoração, em vez de trazer uma sensação de festividade, lançava uma atmosfera de inquietude.