Momento ruim

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Sakura:

Sasuke parecia preocupado. Eu sei que é estranho, principalmente para alguém como eu, que come muito, mas não é a primeira vez que eu deixo de comer por causa do nervosismo, eu sou uma pessoa muito ansiosa, e já aconteceram coisas piores por causa disso.

Mas não quero ficar pensando nisso, afinal hoje é meu casamento.

Depois que terminamos de jantar, Itachi e Fugaku, puxaram Sasuke para um canto e começaram a conversar. Logo em seguida, Mikoto se sentou ao meu lado na mesa, e começou a conversar comigo, ela parecia estranha, eu já sei sobre o que ela quer falar...

- Como você está meu bem? - disse calma.

- E-eu estou b-bem. - disse insegura.

- Imagino que sua cabeça deve estar uma bagunça de sentimentos, não é?

- P-por favor, e-eu não quero falar sobre isso.

Toda vez que alguém fala comigo sobre isso, eu me escondo. Acho que aquela tragédia do passado, me assombra até hoje.

- Sakura, eu sei que você não se sente bem em falar sobre isso mas, não pode se esquivar para sempre, ainda mais hoje. - disse com uma expressão séria.

Meus olhos estavam lacrimejando, mas eu tive que segurar o choro, não posso deixar ninguém me ver chorando.

- E-eu sei que hoje eu e o Sasuke nós... Nós vamos f-fazer, m-mas e-eu já sei tudo que é n-necessário. - disse com a respiração tensa.

- Sabe, isso não vai ser assim pra sempre, o ruim é só no começo, mas depois vocês vão se dar bem juntos.

- M-mikoto.

- Sim querida.

- Eu e o Sasuke, n-nós não podemos fazer isso outro dia. - perguntei desesperada.

- Infelizmente não, não sou eu, ou o Fugako que cobramos isso, é o rei.

- C-como assim?

Mikoto suspirou tensa, e então começou a falar.

- Quando acontece algum casamento na corte, o rei manda 2 sacerdotes para levar o "pano de sangue" até o templo.

- Mas como é esse, "pano de sangue".

- Na cama do casal vai haver um pano bem macio, ele vai estar colocado de travessa no meio da cama, quando vocês forem fazer, você deve deixar seu quadril sobre o pano, para que quando você perca a virgindade, o sangue escorra nesse pano.

- E-e depois?

- Depois que vocês terminarem, você deve retirar o pano, e dobra-lo com a mancha de sangue para cima, então você vai colocá-lo em cima de algum lugar, e no outro dia, quando vocês saírem do quarto, esses sacerdotes vão entrar e pegar o pano, e então vão levá-lo até o templo.

- Eu tenho algumas perguntas. - disse receosa.

- Pode dizer querida, imagino que tenha muito mais do que só algumas perguntas.

- Sim, tenho muitas.

- Pode começar então, eu sei como é ir para a cama sem saber o que fazer, por isso resolvi conversar com você.

- Muito obrigada senhora Mikoto.

Ela fez sinal com a mão para que eu começasse a falar.

- V-vai sair muito sangue.

- Hm, somente um pouco.

- E-e a d-dor?

- Sakura, isso eu não sei dizer, se você estiver calma, e não se apavorar, não vai doer muito. A dor é suportável.

- C-como eu posso ficar calma, em um momento como e-esse.

- Eu sei que é difícil, mas se apavorar só vai piorar a situação.

- N-não tem como ser e-em outro dia? - não estava mais conseguindo segurar as lágrimas.

Eu abaixei a cabeça na mesa e comecei a chorar.

- Calma, Sakura você confia no Sasuke?

- M-muito. - disse soluçando.

- Então confie nele, Sakura eu sei sobre o trauma do seu passado mas, não vai ser desse jeito.

- E-eu sei, mas é que eu tenho medo.

- Meu filho te ama muito, e eu sei que ele vai fazer de tudo pra não machucar você.

Eu não conseguia parar de chorar, Mikoto me abraçou, e fez cafuné no meu cabelo.

- Vai dar tudo certo, peça pro Sasuke ir devagar, e não se apavore.

Tadinha da minha neném. 🥲

- Porque eu te amo, Sakura! Onde histórias criam vida. Descubra agora