Jantar

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Sakura:

A semana passou voando, mas foi maravilhosa, nós passeamos pela cidade, fizemos um piquenique, foi tudo ótimo.
A Karin e sua família foram embora também, eu não aguentava mais o Walter me olhando daquele jeito, mas confesso que me senti mal pela Karin.

Deve ser difícil para ela, ver Sasuke e eu juntos, é notável que Sasuke ainda é o amor da vida dela, e agora ela vai ter que se casar, e abandonar isso.
Mas infelizmente não há nada que eu possa fazer para ajudar.

Enquanto isso, Sasuke e eu estamos em... um clima de romance.

Eu confesso que gosto de vê-lo seminu, e ele sabe disso.
Toda vez que ele fica só de cueca, ele me olha perverso, e vem me abraçar e me beijar, e eu fico igual um tomate.

e eu não sei como, mas ele não tem vergonha nenhuma de fazer isso.

***

Me levantei da cama e fui tomar um banho, hoje a noite eu e Sasuke vamos jantar na casa dos meus pais.
No começo do nosso noivado, eu ficava envergonhada quando Sasuke ia me ver na casa dos meus pais, não era uma casa de muito luxo, mas tinha muito amor.

Estou com saudade dos meus pais, já faz uma semana que não nos vemos. Eu sinto falta de morar lá, mas é tão bom viver com o Sasuke.

Terminei meu banho e fui pegar uma roupa. Sai do banheiro só de toalha mesmo, Sasuke ainda vai demorar pra chegar. Eu tenho vergonha de que ele me veja assim, então só faço isso quando ele não está.

Mas é óbvio que a sorte nunca está do meu lado, a porta do quarto se abriu, era Sasuke.
Ele me olhou de cima a baixo, seus olhos passeavam pelo meu corpo, sem nenhum pudor.
Me virei de costas pra ele, eu estava envergonhada demais para encará-lo.

- M-me desculpe, eu... eu não queria ter te encarado t-tanto. - disse envergonhado.

- N-não tudo bem. - me virei sem olhar em seus olhos.

Continuei procurando um vestido, sem coragem de olhá-lo.
Porque essas coisas só acontecem comigo?!

Terminamos de nos arrumar e saímos, a casa dos meus pais não é longe, então fomos a pé mesmo.
Passamos o caminho todo sem trocar uma palavra, no máximo olhares.

Bati na porta e escutei mamãe chamando o papai, não demorou muito e ela abriu a porta.

- Sakura! Sasuke! - disse e me abraçou, e abraçou Sasuke também. - Vamos, entrem. - disse eufórica.

- Papai! - disse e abracei ele.

Sei que foi somente uma semana, mas eu estava com saudades.

- Sentem-se. - disse mamãe animada.

- Então, como vai a vida de casados? - perguntou papai.

Sasuke e eu nos entreolhamos.

- V-vai bem. - respondi e Sasuke concordou com a cabeça.

Papai semicerrou os olhos, desconfiado, e Sasuke me olhou com certo desespero.

- Que bom! Vocês merecem ser felizes. - disse mamãe.

- Entendo que o começo do casamento é meio ruim, mas com o tempo melhora. - disse papai.

- Como assim ruim no começo? - mamãe perguntou brava.

- Não querida, eu quis dizer que no começo, as coisas são meio desajeitadas, sabe?. - disse tentando concertar a situação.

- Ah sim, porque pra você, foi maravilhoso, não é? - perguntou como uma ameaça.

- Claro querida, foi maravilhoso. - disse com um sorriso bobo. - Ah, você não ia perguntar para a Sakura sobre os vestidos? - disse mudando de assunto.

- É mesmo! Querida você deixou alguns vestidos aqui, você vai doá-los?

- Eu deixei? Eu não me lembro de ter deixado.

- Venha ver. - chamou, e se levantou da cadeira.

Fui até o meu quarto junto com ela, eu não me lembro de ter deixado algum vestido aqui, eu levei todos, ou pelo menos, acho que levei.

Sasuke:

Sakura foi junto com sua mãe, e me deixou sozinho com o pai dela. Eu e Kizashi (pai da Sakura), nunca fomos muito de conversar, e ele parecia intrigado com alguma coisa.

- Falando sério agora, como está relacionamento de vocês dois?

- Está bem. - disse receoso.

- Hum, da pra ver que a Sakura está feliz, mas ao mesmo tempo, ela está estranha, você sabe o que aconteceu?

- Ah, é-é que... aconteceu u-uma coisa hoje e... n-nós não conversamos depois disso. - disse, lembrando da cena hoje mais cedo.

- E eu posso saber o que é, essa coisa? - perguntou ainda mais sério.

Ah claro, é que hoje eu vi a sua filha só de toalha, e nós nunca transamos, então foi algo estranho.

- Eu até falaria mas... é algo nosso.

- Entendo, mas me diga, como estão as coisas... na cama. - disse, me matando com o olhar.

- E-está indo b-bem, nós dois... nos amamos, e tudo dá c-certo.

Caramba! O que eu tô falando?

- Eu sei que vocês se amam, mas o amor não cura a dor física, então me diga Sasuke, você à machuca muito quando estão na cama?

Porque ele quer saber disso?!

É óbvio... ele está preocupado com a filha dele.

- Não senhor... para falar a verdade, eu e a Sakura nunca... nunca fizemos.

Não adianta esconder isso dele, de alguma forma, eu entendo o desespero dele, deve ser horrível pensar que alguém está machucando a sua filha.

- Mentira! Eu fui no templo, eu vi o pano com o nome da Sakura.

- Aquele não era o sangue dela. - mostrei a cicatriz na minha mão.

- V-você... porque fez isso? - os olhos dele começaram a encher d'água.

- Eu não tive coragem de machuca-lá, e eu sabia que isso iria prejudicar o nosso relacionamento.

Ele esfregou o braço sobre os olhos, ele parecia menos tenso, relaxou na cadeira, e voltou a falar.

- Obrigado, a Sakura tem um trauma com isso, fiquei preocupado de como ela ficaria depois disso.

- Trauma? Que trauma?

- Quando a Sakura era pequena ela...

- Nossa, eu esqueci completamente daqueles vestidos.

- Eu disse que você não tinha levado tudo.

Sakura se sentou ao meu lado e eu segurei a mão dela. Ela olhou pra mim e sorriu.

O jantar foi muito bom. Confesso que me senti mal na hora de ir embora, era notável que os pais de Sakura sentiam falta dela.

- Por favor venham mais vezes. - dizia a mãe de Sakura enquanto à abraçava.

- N-não se preocupem, e-eu virei visitá-los mais vezes. - Sakura dizia tentando segurar as lágrimas.

Nos despedimos e fomos embora.

- Porque eu te amo Sakura!Onde histórias criam vida. Descubra agora