CAPÍTULO 27| LAÇO 🔞

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Lordian desce do terreno mais alto, sua presença dominando o espaço ao nosso redor

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Lordian desce do terreno mais alto, sua presença dominando o espaço ao nosso redor.  Ele se move com uma calma calculada, cada passo cuidadosamente medido, como se estivesse avaliando cada detalhe, cada movimento meu. Meu coração dispara no peito, martelando com força, enquanto luto para manter o controle, para pensar em algo, qualquer coisa que possa fazer para remediar o que fiz. Ele se aproxima com uma lentidão quase cruel, e tudo o que consigo fazer é olhar para ele, o ar quase preso nos meus pulmões. O rosto de Lordian... é como o de um caçador, avaliando sua presa, decidindo se vale a pena o esforço, se vale o seu tempo. E sou eu quem ele está avaliando agora. Sinto um calafrio percorrer minha espinha, o calor dentro de mim intensificando-se, como se as chamas da culpa e do desespero estivessem me consumindo por dentro.

—O que você quer, Hazel?

Foi tudo minha culpa. 

Eu deixei as coisas chegarem a esse ponto. Eu queria tanto ver aquele lado mais leve dele, o lado que o fazia sorrir. 

Deveria mostrar minhas costas a ele, como um sinal de submissão? 

Deveria deixar claro que estou à mercê dele, que aceito qualquer punição que ele decida impor? 

Mas as palavras parecem fugir de mim, escapando por entre os dedos da minha mente como areia. Eu o machuquei. A verdade é dolorosa, mas é inevitável. E agora ele está aqui, olhando para mim como se não tivesse certeza se sou digna de sua atenção, de seu tempo. Lordian continua se aproximando, seus olhos cravados em mim, e eu me sinto menor a cada passo dele. A floresta parece desaparecer ao redor, as árvores se desvanecendo em sombras indistintas, enquanto o calor dentro de mim se torna insuportável, um fogo que me consome por completo. Não há mais nada, apenas nós dois, e a distância que preciso desesperadamente diminuir.

—Lordian...— O nome dele escapa dos meus lábios, quase inaudível, carregado de tudo o que sinto, de toda a confusão e arrependimento que me inundam.  Eu olho para ele, e meu corpo quase se move por conta própria, como se soubesse o que fazer mesmo que minha mente esteja perdida. Minha vontade é me virar, mostrar as costas, oferecer minha rendição completa, mas algo dentro de mim hesita. Eu sei que preciso ser forte, preciso enfrentá-lo, mostrar a ele que estou disposta a fazer qualquer coisa para consertar isso, mas o medo me paralisa.

E se ele não me perdoar?

E se ele decidir que eu não valho a pena?

O silêncio entre nós é denso, quase palpável. Lordian está parado ali, a poucos passos de mim, mas parece tão distante quanto uma estrela no céu. Seus olhos, que antes eram janelas para algo mais acessível, agora são frios, impassíveis, como se estivesse me avaliando, me medindo. 

—Como... como vou explicar algo que nem eu sei ao certo?

Ele não se move. 

Seus olhos permanecem fixos nos meus, frios e inexpressivos, como se estivesse tentando decifrar o que estou tentando fazer. Há uma hesitação evidente nele, um ceticismo que corta fundo, fazendo-me sentir ainda mais pequena diante de sua presença imponente. Ele não facilita as coisas para mim, e eu sei que não deveria esperar isso dele. A dor em minhas costas, o fogo que queima sob minha pele, está se tornando insuportável, e eu sei que não tenho muito tempo antes que isso me consuma completamente.

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