Descubra DreamWoods, onde destinos são marcados pela lua e amores nascem entre predadores e caçadores.
Lordian Wildwood, o Alfa da Alcateia, nunca abandonou a Reserva onde nasceu, cercado pelas montanhas de Hollow Springs, Colorado. Ele é um líder p...
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Ao me debruçar sobre Lordian, a urgência de cuidar dele toma conta de mim de uma forma quase primitiva. A sensação de sua pele quente e suada contra a minha é um lembrete visceral de sua vulnerabilidade, e sem pensar duas vezes, começo a lamber seu rosto. É um movimento instintivo, quase animal, que me surpreende pela sua intensidade. O sabor metálico do sangue misturado com a sujeira é um contraste amargo, mas o desejo de limpá-lo, de curá-lo, supera qualquer desconforto. Algo dentro de mim desperta, uma atração inexplicável pelo cheiro do suor dele, um desejo que cresce em mim como um vício recém-descoberto, intenso e incontrolável. Sinto que essa é a única forma de protegê-lo, de mostrar que estou aqui, cuidando dele como ele sempre fez por mim. Me debruço ainda mais sobre seu corpo musculoso e ferido, tomando cuidado para não tocar na ferida em seu tórax. Meu coração bate descompassado, não apenas pela proximidade física, mas pela intensidade do que estou fazendo.
Cada lambida é um juramento silencioso, uma promessa de que eu não vou deixá-lo. À medida que minha língua percorre as marcas de sangue em seu rosto, sinto um laço invisível se estreitando entre nós, uma conexão que vai além das palavras e dos gestos comuns. O aroma de seu suor mistura-se com o sangue, uma combinação que, estranhamente, me atrai cada vez mais. Minhas mãos seguram suavemente as laterais de sua cabeça, dando-me mais mobilidade enquanto continuo minha tarefa, cada movimento carregado de cuidado e reverência.
—O que pensa que está fazendo, Stronghold?— A voz de Lordian surge de repente, rouca e constrangida, mas também cheia de uma surpresa que quase me faz parar. O som das palavras dele ressoa em meus ouvidos, mas é como se meu corpo já estivesse agindo por conta própria, movido por uma necessidade profunda que eu mal compreendia.
Eu paro por um momento, sentindo o calor de seu corpo sob o meu, e uma onda de vergonha mistura-se com o desejo que ainda pulsa forte dentro de mim. Estou ciente de quão estranha e intensa essa situação é, mas ao mesmo tempo, sinto que é exatamente onde devo estar—ao lado dele, cuidando dele, mesmo que seja de uma forma que eu jamais teria imaginado.
Seus olhos ainda estão fechados, mas há algo na forma como ele tenta entender minha ação que me faz sorrir, mesmo no meio dessa situação desesperadora. É um sorriso tímido, quase imperceptível, mas está lá, escondido atrás da minha determinação. Por um instante, vejo suas mãos se moverem por instinto, procurando algo sob a calça, antes que ele desista ao perceber que estou sentada sobre ele, bloqueando o caminho. É um gesto tão natural, tão humano, que me faz sentir uma onda de ternura por ele. O silêncio entre nós é quebrado apenas pelos sons um tanto quanto obscenos que acompanham cada lambida. Sinto o calor de seu corpo sob o meu, a forma como seus músculos tensionam levemente sob minhas pernas, e isso só aumenta a intensidade do momento.
