CAPÍTULO 68 | CHEIRO

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Enquanto caminhávamos pela trilha, os passos sincronizados e o silêncio apenas quebrado pelo som de folhas sob nossos pés, um movimento rápido à nossa frente nos alertou

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Enquanto caminhávamos pela trilha, os passos sincronizados e o silêncio apenas quebrado pelo som de folhas sob nossos pés, um movimento rápido à nossa frente nos alertou. Um jovem lupino, que estava de guarda, surgiu abruptamente no caminho. Seus olhos se arregalaram ao me ver, a expressão no rosto dele mudando de surpresa para algo entre reverência e pânico. Por um breve momento, ele ficou completamente paralisado, os olhos fixos em mim, como se uma força invisível o atraísse. Eu senti o desconforto no ar, algo estranho e crescente. Antes que eu pudesse entender o que estava acontecendo, o jovem cambaleou para trás e desabou, caindo de costas na trilha, com a respiração rápida e superficial. Assustada, me viro imediatamente para Lordian, meus olhos buscando os dele, por trás da máscara.

— Lordian, o que aconteceu? — minha voz sai tremida, e a preocupação era palpável em cada palavra. — Por que ele...?

Lordian suspira, e um sorriso quase imperceptível curvou seus lábios por trás da máscara. Ele deu um passo à frente e colocou uma mão firme no meu ombro, tentando me tranquilizar com seu toque.

— Hazel, você talvez não perceba... — ele começa, sua voz baixa, mas com uma calma que parecia contrastar com a situação. — Mas você exala uma presença... muito feminina. Uma força que vai além do físico . Para alguns machos mais jovens, como ele, essa intensidade é algo para o qual eles não estão preparados.

Eu pisco, surpresa, tentando processar o que ele estava dizendo.

Sempre soube que havia algo diferente na maneira como os outros me olhavam, mas nunca tinha compreendido a profundidade disso até agora.

Lordian faz uma pausa, olhando brevemente para o jovem desmaiado, antes de voltar seu olhar intenso para mim. Seus olhos brilham por trás da máscara, e enquanto falava, sinto sua mão deslizar lentamente para baixo, seus dedos traçando o contorno do meu corpo até alcançarem minha coxa. O toque era suave, mas carregado de promessa, subindo com uma lentidão torturante que me fez prender a respiração. A intensidade no olhar de Lordian me fazia perceber que ele estava lutando contra um desejo quase incontrolável, uma fome que parecia crescer a cada segundo. Meu corpo reagia instantaneamente ao toque dele, e um arrepio percorreu minha espinha.

— Eu não sabia que... que tinha esse efeito — murmuro, ainda tentando entender a situação, enquanto a mão de Lordian subia mais pela minha coxa, fazendo minha pele formigar. Ele inclinou a cabeça, o olhar fixo no meu, como se estivesse me desafiando a negar o poder que fluía entre nós. Seus dedos acariciavam minha pele com uma possessividade que me fazia estremecer debaixo de seu toque.

— É algo natural para você, Hazel. — Sua voz estava mais grave agora, cheia de desejo contido. — Você é poderosa, não apenas em força, mas em presença. E com o tempo, você aprenderá a controlar isso, a usar essa força da maneira que quiser.

— Mas não se preocupe... — Lordian sorri, seus olhos dourados brilhando ainda mais através da máscara. — Eu não só aguento, mas peço por mais.

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