sábado
Há meros instantes que estava acordada. Não conseguia perceber se o dia tinha amanhecido ou se continuava escuro. As persianas não deixavam um único raio de luz penetrar no quarto. Algo me dizia que era muito cedo.
Demorei imenso tempo a adormecer, pois a conversa com João acordou na minha mente com oscilações imensas. Num momento apreciava-o e à sua honestidade e no outro sentia-me insegura, achando que não era bonita ou sexy o suficiente e isso trouxe-me insónias. Ainda ponderei escrever uma mensagem no grupo com as minhas amigas, mas a vergonha não me permitiu.
Ele foi educado, para além de notar pela sua expressão que me queria tanto quanto eu estava a deseja-lo naquele ato de coragem. Tinha razão no que disse, não era a altura certa.
Para além de não estar bem, nem eu sabia o que queria ou não queria ou quando queria. Só existia uma certeza para mim, que era o facto de gostar e querer estar com ele. O João fazia-me ser melhor e querer mais. Estava grata por ter arriscado, por ter feito as escolhas que fiz.
- Estás a pensar no quanto gostas de mim? - Os seus braços envolveram o meu corpo. - Bom dia, bebé.
- Bom dia. - Murmurei calma, embora o meu coração tivesse disparado ao ouvi-lo. Os dedos do João brincaram com a pele quente da minha anca desnuda, pois a camisola subiu.
Arrepiei-me ao sentir o seu toque.
Mantive-me imóvel a apreciar cada toque amável e curioso do João. Subiu-os pela minha barriga, o que resultou numas leves cócegas.
Tocou os dedos no meu sutiã, visto ser incapaz de o tirar na sua presença, deixando-me tensa. Senti os seus lábios no meu pescoço. Estava de costas e encostada ao seu tronco. Arrepiava-me só com as suas palavras contra o meu pescoço.
Virei-me de frente para o atleta, beijando os seus lábios. Mais brusco que o normal, despertando-o, tal como a mim. Era inevitável. Pressionou a mão na minha nuca, envolvendo-nos mais.
- Estou a tentar não te deixar desconfortável, mas não estás a facilitar. - Sussurrou.
- Só quero estar contigo, João.
Um sorriso rasgou os seus lábios. Inclinou o corpo para o meu, roçando os lábios quentes pelo meu pescoço, levando as mãos até à camisola que usava com o intuito de a subir. E assim o fez. Não me movi, quase nem respirei.
Os seus dedos roçaram pelo elástico das calças desportivas que usava, enquanto a camisola ficou apenas a cobrir o meu sutiã. Explorou-me com os lábios, deixando leves beijos na minha pele. Pelas ancas, barriga e na zona do peito. Ouvi-o rir, algo que me deixou bastante confusa.
- Bebé, respira. - Murmurou brincalhão. - Preciso que respires. - Insistiu e eu sorri tímida. Agradeci pela falta de luz naquela divisão.
Concentrou-se novamente em beijar-me a pele, o toque no osso da minha anca deixou-me inquieta, arrepiada e meio contorcida. Fazia-me cócegas. O João insistiu e eu respirei fundo.
Ele sabia exatamente o que estava a fazer.
Empurrou a boca para o único tecido a cobrir o meu peito, pois com a mão empurrou a camisola e apoiou o queixo numa zona privada. Certamente ouvia os meus batimentos acelerados. Deixei que continuasse. Estava a sentir-me incrível. Era uma forma tão carinhosamente atrevida de conhecer o meu corpo, que correspondia ao toque.
VOCÊ ESTÁ LENDO
JUST YOU ➛ JOÃO NEVES
Novela JuvenilAmanda, com os seus inocentes dezassete anos, achava ter emoção suficiente na sua vida, até que o conheceu. A descoberta do primeiro amor, tornou-se, de longe, um misto de emoções desconhecidas e intensas, às quais foi incapaz de resistir.