Capítulo 11

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Então ...

Não.

Parece que simplesmente ignoramos o que aconteceu há duas semanas.

Sim. Duas semanas!

Passaram-se duas semanas desde a estranha sessão que tivemos. Ainda não consigo explicar o que aconteceu e, sempre que volto a pensar nisso, a minha barriga começa a fazer coisas estranhas (provavelmente devo ter uma gastroenterite ou algo do género).

Não. Risca o que eu disse. A minha barriga faz coisas estranhas quando penso nesse momento, ou quando o vejo, ou quando falo com ele, ou quando alguém o menciona... resumindo, tudo o que esteja relacionado com o Seungmin em geral.

Acho que devo estar doente.

É assim, admito que posso, ou não, ter uma pequena crush nele. Mas é só isso: uma pequena crush que irá desaparecer com o tempo. Nada de grande ou de especial.

O que eu não consigo compreender é o porquê de querer que não ignoremos o que aconteceu. Sempre que estamos juntos é tudo o que eu penso e só me apetece que ele fale disso (ou que se repita).

- TERESA! Gostaria imenso que estivesse atenta quando estou a explicar! – a professora Olga acorda-me dos meus pensamentos. Como podes imaginar, estou completamente envergonhada. Nunca mais vou aparecer nas aulas. Que vergonha!

A Ana, a Bia e a Sofia olham para mim com uma cara de riso. A rirem-se da minha miséria! Que amigas fantásticas (nota o sarcasmo).

Sim, a Bia e a Ana estão na minha aula de microeconomia. E a Margarida, uma amiga do secundário que está em gestão. É uma cadeira que junta os dois cursos, economia e gestão.

Agora que penso nisso, também deviam estar aqui dois rapazes (correction, models).

E é aí que a porta da sala de aula se abre e entram dois dos rapazes mais lindos do mundo. E, como esperado, todos os que estão na sala de aula olham especados para esses dois deuses gregos (descrição feita por moi). Mas, a sério, todos, ou parecem estar nalgum transe enquanto os vêm a entrar (principalmente raparigas - stand up girls), ou com um olhar de inveja (principalmente rapazes). Too be honest, understandable. Devia ser um crime ser assim tão bonito.

Ok. I'll stop. Sorry.

Eles passam pela nossa mesa e o Seungmin sorri para mim e pisca-me olho. OMG. Why was that so hot!!!! Estou agora a sentir assim uns calores... Calm down, Teresa. Não foi nada de mais (diz isso ao meu coração).

Eles sentam-se na ponta oposta da nossa fila, pois os outros lugares estavam completamente ocupados (já estou como a Sofia – não gosto de pessoas, a arruinarem a minha oportunidade de estar sentada ao lado do meu husband).

A sala parece mudar a sua atenção de volta para a professora. Ainda teve que fazer muitas tosses falsas para ver se voltavam a olhar para ela, mas, finalmente, conseguiu. Com a maioria da turma.

Não comigo. Posso ou não continuar a olhar especadamente para o Seungmin. Algo completamente normal.

Até que ele te devolve o olhar e viras a cabeça com uma pressa que foi uma sorte não teres partido o pescoço.

Espero que não tenha reparado. Nunca mais olho para ele...

Será que ele já não está a olhar para aqui?

Não vou virar a cara ... Nem penses .... Volto a olhar.

Ele ainda está a olhar. Viro a carta outra vez. Não. Isso foi estranho. Ele já me apanhou e apanhou, não vale a pena estar a esconder esse facto.

Volto a olhar. Desta vez não viro a cara à flash. Ele Sorri-me. Eu também, mas um mais de estar envergonhada. Provavelmente a minha cara está vermelha, ou, pelo menos está muito quente. É o que acontece quando és apanhada a ser um bocado (muito) estranha.

Ele vira-se para a frente, baixa a cabeça para o seu caderno, continua a sorrir enquanto abana a cabeça e começa a copiar o que está escrito no quadro. Acalma-te, coração.

A aula continua e o meu coração abranda um bocado. A Bia chega ao final e pergunta-nos se queremos ir à pastelaria, já que ela tem que fazer um turno. Enquanto as outras dizem que não, eu decido ir. Assim tenho oportunidade de estudar. Se fosse agora para casa de certeza que iria fazer zero. Conhecendo-me tão bem quanto me conheço, passaria a tarde toda a ver dramas (pelo menos estava feliz).

Antes de irmos embora, observo as costas do Seungmin, do Minho e de mais uns rapazes do meu curso com quem eles já fizeram amizades (gostava de também ser assim, a conhecer pessoas tão facilmente) a afastarem-se.

Até as costas são perfeitas!! AAAAAAA!!!!!!!

Chegamos à pastelaria e eu sento-me numa mesa. Tiro as coisas da minha mochila, pego nos meus fones, ponho a minha playlist a tocar, e começo a trabalhar.

Passo uma boa meia hora a estudar sem parar. A minha atenção parece estar no seu auge agora. Thank god!

No entanto, alguém acha-se muito espertinho e interrompe o acontecimento raro. Quem é que vou ter de matar?

Tira um fone da minha orelha e sentasse na cadeira ao meu lado. Quem? Tambores, por favor...

O costas bonitas!! Seungmin!!!

Ele só me dá o seu sorriso que adoro e sinto o meu coração a bater outra vez a velocidades não saudáveis.

Ele tira as suas coisas da mochila e começa a estudar, ao meu lado. Fico ainda uns segundos especada a olhar. O meu cérebro ainda precisa de uns minutinhos para assimilar o que acabou de se passar.

Passam-se uns segundos e, finalmente, também me viro para as minhas coisas e volto ao trabalho.

Não falamos durante o tempo todo. De vez enquanto, ele pergunta-me que música é que está a tocar e anota-a, mas é só isso. Por este andar, vou o tornar num fã dos Cigarrettes after sex, I'm telling you.

É reconfortante. Calmo. Adoro este novo feeling que estou a sentir. Só nós os dois a fazermos as nossas coisas. Nada de preocupações.

Sinceramente, tenho reparado que me começo a sentir mais livre á beira dele.

Sim. Quando és apanhada a olhar para alguém ficas sempre envergonhada, mas, de resto, sinto que posso simplesmente ir ter com ele e falar em algo random sem ficar com medo no que pensará de mim. Provavelmente, chegou à conclusão de que sou estranha de nascença e que não tenho salvação, por isso já não fica surpreendido com certas coisas que faço.

E, naquelas situações onde não te apetece falar, o silencio que fica entre nós não é estranho. Não precisamos de dizer algo para nos sentirmos confortáveis à beira um do outro.

Por este andar, posso afirmar que ele se tornou num bom amigo, mesmo que eu posso (ou não) ter uma crush nele.

Gosto de pensar que vamos estar na presença do outro por muito tempo, ou, pelo menos é o que eu quero que aconteça.

Gosto de pensar que vamos estar na presença do outro por muito tempo, ou, pelo menos é o que eu quero que aconteça

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Sweet Love (Kim Seungmin) PTOnde histórias criam vida. Descubra agora