Capítulo 17

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Também não sei quem bateu à minha porta.

Num momento estava eu a abri-la e noutro estava a ser vendada e levada apartamento fora por umas pessoas vestidas completamente de preto, com máscara e tudo. Ou seja, não consegui ver de quem é que se tratavam.

O pânico começou a instalar-se dentro de mim.

O que é que se está a passar? Estou a ser raptada neste preciso momento? WHAT?

Hope they're hot. WHAT?

O meu primeiro instinto foi gritar. Muito. E depois tentar soltar-me dos braços dos raptores (tenho de admitir que cheiravam bem e até que eram fortezinhos). Mexi-me para todos os lados, com qualquer parte do meu corpo, mas nada parecia funcionar.

O que é que me vai acontecer? Será que me vão matar e vender os meus órgãos no mercado negro? Se sim, só tenho a dizer que os compradores são umas pessoas muito sortudas. Melhor não vão encontrar de certeza. The best quality (TERESA, NOT THE TIME).

Será que se levantar a minha perna conseguirei acertar nalgum e nalguma parte em específico? Só tenho a dizer que é merecido.

Vou tentar.

- Filha da ... – não conseguiu acabar a frase, pois alguém deve-lhe ter tapado a boca com a mão, já que ouvi um shhh e o barulho do que acho ser uma voz abafada.

Não disse muito, mas a voz pareceu-me familiar. Eu já estou a ver que isto vai-me irritar o tempo todo. Quem é que tem aquela voz?

Ficamos uns minutinhos parados no que penso ser a entrada do meu prédio. Não sei porquê tenho a impressão que é por alguém estar agachado no chão a recuperar. Se eu não tivesse os olhos vendados e alguém a segurar-me podias ter a certeza que estaria a gravar. Deve ter uma piada ver um rapaz todo de preto a chorar no chão (já pareço a Sofia).

Agora estou a ser empurrada para o que acho ser um carro.

Tem piada que os gajos, sim, cheguei à conclusão de que são gajos (só pessoas estupidas fariam isto, aka gajos), só sussurravam. Será que tinham medo de que eu descobrisse a sua verdadeira identidade?

Conclusão a que cheguei durante esta viagem curta de carro: estes não devem ser raptores profissionais, os seus sussurros são demasiado altos e não sabem esperar pela sua vez para falarem.

- Para aqui, que tem um lugar livre – alguém falou com o seu tom de voz normal. – Ups!

Wait! Esta voz, diferente da que ouvi previamente, também me era reconhecível. A minha sorte é que desta vez consigo por a voz à cara.

- Han?

- Fogo! Tu também não sabes ficar calado!

- Hyunjin?

- Vocês são mesmo dois batatas! O que é que tínhamos combinado? Sinceramente.

- Changbin?

Depois silêncio.

À exceção do que eu suponho ser alguém a bater a testa com a mão.

- Lembrem-me de nunca vos pedir algo na vida. Cambada de burros. Tirem-lhe a venda. Agora já não faz diferença nenhuma. Ela já descobriu e já.

Tiram-me a venda dos olhos e a primeira coisa que faço é lançar lazers com os meus olhos aos quatro rapazes. O Minho está a estacionar o carro, com o Hyunjn no banco do lado, enquanto o Han e o Changbin estão sentados ao meu lado, comigo no meio dos dois.

O Changbin parece estar a esconder com as mãos uma certa parte do corpo. Não consigo perceber porquê? (nota o sarcasmo, hehe)

O Hyunjin vira-se para trás e dá-me um sorriso que parece mais que está a tentar pedir desculpa.

Sweet Love (Kim Seungmin) PTOnde histórias criam vida. Descubra agora