III

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Já haviam cinco semanas que eu estava morando na casa de Viktor e poucas eram as vezes que nos encontrávamos e na maioria delas era no jantar

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Já haviam cinco semanas que eu estava morando na casa de Viktor e poucas eram as vezes que nos encontrávamos e na maioria delas era no jantar.

Eu tinha conseguido um emprego em uma cafeteria, agora eu já não usava mais o hábito o tempo inteiro, comprei outras roupas para poder trabalhar. De início, Viktor não havia gostado da ideia de que eu trabalhasse mas eu fui teimosa e acabei o convencendo.

Agora eu estava terminando de me arrumar para ir ao trabalho.

- Ainda não acredito que deixaram você fazer o uniforme da cafeteria como queria... - a voz de Viktor soou.

Me virei para direção de sua voz e sorri.

- Sabe que sou freira, sim?

- Claro. - respondeu.

Dei de ombros e peguei uma banana do cesto, descasquei a mesma e levei até meus lábios, Viktor desviou o olhar e eu terminei de comer logo em seguida, joguei a casca fora e fui escovar os dentes.

- Nina, por favor, não volte sozinha. - pediu.

- Tudo bem, Viktor, eu prometo que não voltarei só. - falei.

Assim que terminei tudo peguei minha bolsa e fui até a saída.

Quando cheguei na porta do elevador, Viktor já me esperava, nós descemos até o estacionamento e logo o carro já estava em movimento.

Assim que chegamos na entrada da cafeteria ele abriu a porta do carro para mim e a porta da cafeteria, as pessoas sempre o olhavam surpresas... Pobrezinho. Ele sempre estava usando uma máscara do exército no rosto e isso chamava muita atenção, além da altura dele o que já era motivo suficiente para olharem.

- Não vai voltar sozinha, certo?

- Unhum.

Sorri para ele e passei uma de minhas mãos em seu braço para tranquilizá-lo; Viktor se afastou um pouco e adentrou no carro logo em seguida.

- Aí, Nina, não sei como você ainda não pegou esse homem! - Sophia exclamou.

Ela era uma das duas meninas que trabalhavam comigo, a outra se chamava Tatiana.

- Pelo amor de Deus, Sophia! - falei - Que bobagem, já falei que ele é meu amigo!

Sophia revirou os olhos me dando as costas em seguida.

Sem demora fui até a bancada do senhor Nikolai.

- Bom dia, senhor Nikolai! - falei.

Ele levantou a cabeça e sorriu para mim, ele era um bom homem.

- Bom dia, filha. - respondeu - Como vai seu namorado?

Oh Jesus!

- Senhor, ele não é meu namorado, é meu amigo. - corrigi.

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