VII

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- Isso que escorreu da sua

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- Isso que escorreu da sua... - parou - Da sua vagina é chamado de muco de excitação, isso é completamente normal.

- Excitação? - perguntei.

- É quando o corpo se prepara para fazer sexo.

- Atos carnais?! - exasperada falei.

Ele riu e beijou minha testa.

- Isso não é errado, Nina.

- Mas não somos casados! Como meu corpo quer... Quer fazer isso se não somos casados?

- Isso se chama tesão, linda, tesão é quando você sente vontade disso e não só pessoas casadas sentem isso.

Constrangida com todo aquele assunto íntimo demais eu resolvi mudar o rumo da conversa.

- Por que não me mostra sua casa?

Logo estávamos caminhando por toda cobertura, era lindo por demais! Os tons de cinza, preto e branco traziam uma paz inigualável mas... Faltava vida e eu tenho certeza que logo eu traria essa vida para cá.

- Oh minha nossa! Esquecemos as coisas do Luke! - lembrei.

Viktor estava entretido arrumando suas roupas em seu closet que já tinha muitas peças, enquanto eu brincava com Luke na cama.

- Compramos novas. - disse simplesmente.

Dei de ombros e voltei minha atenção para Luke que agora tentava se desenrolar do cobertor, peguei-o em meus braços e comecei a tirá-lo do pano, coloquei ele de volta na cama e entreguei seu brinquedo.

O cachorrinho agora mordia a bolinha com gosto, ele estava entretido demais para me dar o mínimo de atenção.

Me virei de barriga para cima e olhei para o teto, meus olhos ficaram fixos em um ponto qualquer e eu me peguei pensando em como minha vida havia mudado nesses últimos dois meses... A mulher que me criou havia morrido, eu não sabia de nada do que havia acontecido de verdade, eu não tive notícias sobre as outras meninas...

Eu estava tão inerte em meus pensamentos que só me toquei que estava chorando quando senti a mão de Viktor enxugar uma de minhas lágrimas.

Me levantei em sua direção e ele abriu os braços para me receber, não trocamos nenhuma palavra, ele só me abraçou, me entendeu e acalmou.

- Estou aqui para você, Nina.

Aquela simples frase tinha um significado gigantesco para mim.

- Quer tomar um banho para dormir? - ele perguntou.

- Unhum...

Ele me carregou nos braços e me levou até o banheiro, eu até pensei em recusar sua ajuda mas eu estava cansada demais para lutar, cansada de viver as cegas.

Viktor me despiu e em seguida tirou toda sua roupa, ficando apenas de roupa íntima, ele usava uma cueca preta com uma listra branca no cós.

Eu estava nua a sua frente. Completamente nua.

O homem alto e forte ligou o chuveiro e nos pôs embaixo da água morna, ele me abraçava carinhosamente e afagava meus cabelos, meus seios contra seu peito forte.

Em nenhum momento ele tirou suas mãos de meus cabelos e me deixou me lavar sozinha, por mais incrível que pareça eu não senti vergonha da minha nudez em sua frente, eu confiava nele.

Voltei para seus braços como uma criança que se vê perdida em meio ao caos...

Ele me abraçou e beijou meus lábios mais uma vez naquela noite, eu me sentia amada com o meu Viktor.

Ele desligou o chuveiro e pegou um roupão para me enrolar.

- Vá se vestir, linda, vou tomar banho. - disse.

Concordei e fui até uma das malas pegar uma roupa para dormir, depois que fui morar com Viktor comecei a comprar algumas roupas diferentes do habitual, no convento só usávamos camisolas longas mas eu conheci algo chamado babydoll.

Eu achava a peça tão confortável que havia comprado quatro de uma vez, um vermelho, outro rosa, um branco e outro preto.

Peguei o preto e passei o pequeno short de seda por minhas pernas, logo depois vesti o pequeno vestidinho da mesma cor.

O busto tinha alguns detalhes em renda e da mesma forma a bainha.

Coloquei o roupão em um cabide e esperei Viktor chegar.

Ele saiu do banheiro enrolado apenas em uma toalha... Toalha essa que deixava suas partes muito marcadas... Desviei o olhar do ponto chamativo e abri a boca para falar.

- Onde fica meu quarto?

- Já está nele.

- Mas esse é o seu quarto.

- Nosso.

Ahm... Mas são só pessoas casadas que dormem juntas.

Tentei abrir a boca para falar mas não pude por que Viktor falou primeiro.

- Acho que é um passo para melhorarmos nossa relação.

Pensando assim, talvez seja, mas ainda não acho algo totalmente correto.

- Viktor... - tentei.

- Vamos tentar e se você realmente não gostar, arrumaremos um quarto para você. - disse por fim.

Acho que uma única noite não mataria, não é mesmo?

- Tudo bem, só hoje. - falei.

O louro foi até o closet e vestiu apenas uma bermuda de moletom... Me perdoe, Pai, por desejar esse homem...

Nós nos deitamos e Luke ficou no tapete do quarto; Viktor me puxou para seu peito e começou um carinho lento em meu couro cabelo, logo o sono começou a se apossar do meu corpo.

Meus olhos já pesavam e minha respiração estava lenta quando Viktor soltou de repente:

- Será que você será capaz de me amar...? 

E eu me agarrei ao sono profundo que me tomou.

[...]

- Bom dia. - falei para ele.

Eu estava terminando de pôr a mesa para podermos tomar café da manhã; Luke já estava com a carinha imersa na tigela de ração.

Viktor veio por trás de mim e deixou um beijinho em meu pescoço, levantei os ombros tentando conter o arrepio que me tomou.

- Vamos comprar as coisas do Luke depois do café. - avisou.

Apenas concordei e sorri para ele indo me sentar.

Nós havíamos combinado que eu não voltaria a trabalhar no café até que fosse realmente seguro; Viktor disse que a minha vida tinha que ser protegida acima de tudo e me prometeu que me faria companhia em todos os momentos.

- Só vou buscar minha bolsa! - avisei.

Fui até o quarto e peguei a bolsa preta, passei-a por meus ombros e voltei para sala, esse apartamento era bem maior que o outro.

Fomos até o elevador e logo o mesmo chegou; Luke estava em um dos grandes braços de Viktor e a outra mão do homem segurava a minha.

Sempre protetor.

       





 
oi gente, sei que o capítulo foi um pouco curto e a escrita não está das melhores, me desculpem, estou com um bloqueio para escrita no momento.

prometo que vou melhorar, espero que gostem... beijos!❤️

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