twenty-nine (hot)

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¤ — ANNIE.

— Já vai, já vai! —grito.

Alguém tocava a campainha desesperadamente logo na hora em que eu estava terminando de me arrumar!

Era natal e eu só tinha voltado em casa porque iria a uma balada com as meninas, a ceia fora com mamãe e minha família. Mas já passavam das 2h da manhã quando aceitei o convite de Charlotte e voltei em casa só para me ajeitar pra ocasião.

Quando abri a porta, minhas mãos imediatamente começaram a suar. Kehlani estava lá, com um blusão lindo verde abacate, o cabelo preso, os olhos estavam pequenos demais pro normal e...com um buquê de lírios. Um buquê perfeito de lírios.

Droga Annie, se controla.

Kehlani o que voc...

— Shiu! —ela me interrompe— Antes que você questione meu ato impulsivo e idiota, eu queria ser a primeira a te dar um buquê de lírios.

Ela conta, com a voz um pouco arrastada e eu percebi que talvez ela estivesse bêbada. Lani me estendeu o buquê em suas mãos e eu peguei, me controlando ao máximo para não soltar fogos por aquilo.

Cheirei os lírios, guardando em minha memória esse momento e sorri.

— Obrigada.

Podia apostar que meus olhos brilhavam!

— Eu ainda tenho que perguntar o que você está fazendo aqui. —completo, dando espaço pra ela entrar.

— Eu já respondi...—ela dá de ombros, adentrando a sala e pondo as mãos no bolso da calça.

— Deixou sua família só pra vir me dar lírios? —arqueo a sobrancelha.

— Ah...sim...—dá de ombros, tentando tirar a importância disso— Eu estava bebendo com meu tio e pensei, por quê não?

Disse sem jeito e eu ri baixinho.

— Entendi. Mas eu estava de saída. —conto.

Coloquei os lírios no vaso de flores vazio que havia em cima da mesa de centro e uma ultima vez, passei as mãos sobre ele. Tinha certeza de que quando ela fosse embora eu iria colocar meu surto interno pra fora!!!

— Ah... estava? —ela me olha e eu assinto— Vai sair com alguém?

Quis saber, toda sem jeito. Por Deus, estou me segurando ao máximo pra não agarrá-la aqui.

— E se eu fosse? —provoco, após ter colocado meu outro par de brincos.

— Se fosse, que bom então. —diz, coçando a nuca.

Ela estava com ciúmes?

— Bom, é melhor eu ir. —completa, apontando pra porta— Eu só...precisava fazer isso e ver como você estava.

Eu amei que você fez isso, eu amei que você veio. Penso.

— Espera! —peço, caminhando até ela— Me deixa te agradecer pelos lírios, né.

Me aproximei quando Kehlani já estava com a mão na maçaneta, e abracei ela.

— Obrigada, Lani. —falo de olhos fechados, ainda colada a ela— Lírios são meus preferidos.

— Por nada, Ann.

Ah não, esse transe de novo não...

Sai do abraço pra ficar presa em seus olhos? Porra, como eu sentia a falta dela, de falar com ela todos os dias, de estar com ela. Não nos falamos desde a festa de Zendaya... Mas não podia transparecer! Não podia haver um nós. E parece que ela ouviu meus pensamentos;

ur best friend ¤ kehlani (G!P)Onde histórias criam vida. Descubra agora