Ainda Há Tempo Pra Nós

28 - Não é culpa sua

PRIS ••♡••

Quando saímos do quarto, encontramos Rodrigo e Diório nos esperando do lado de fora. Eles me abraçaram com cuidado, felizes por me verem de pé novamente. Em seguida, fui levada para o carro de Natalie, que já estava estacionado lá fora.

Ao chegarmos em casa, Maria nos recebeu com seu carinho

__ Menina! Que susto você me deu! __ Maria disse, com um sorriso aliviado.

__ Eu estou boazinha, pronta para outra... Ai! __ brinquei, sentindo uma pontada de dor.

__ Não vai haver outra, Priscilla! Nunca mais! __ Natalie disse, se livrando das bolsas que carregava.

__ Não brinque com isso, eu sou muito velha para passar por isso, minha menina. __ Maria me repreendeu, com um olhar preocupado.

Puxei-lhe para perto e a abracei, beijando o topo de sua cabeça.

__ Agora eu preciso de um banho, preciso tirar esse cheiro de remédios, preciso da minha cama, e da sua comida. O que temos para comer? __ perguntei, ansiosa por um pouco de normalidade.

__ Fiz uma sopa de legumes para você __ Maria respondeu, com um sorriso carinhoso.

__ Ótimo! Eu amo!

Com o apoio de Natalie, comecei a subir as escadas, sentindo cada degrau como um desafio.

__ Parece que essa escada cresceu. __ eu disse, frustrada com o número de degraus que ainda faltava para chegar ao meu quarto.

__ Já estamos chegando, amor! Só mais um pouquinho! __ Natalie me incentivou, segurando minha mão com firmeza.

__ O seu "pouquinho" é diferente. __ eu brinquei, quando finalmente chegamos ao meu quarto. __ Estou cansada!

Sentei na cama para descansar, enquanto Natalie foi ao banheiro preparar a banheira para mim.

__ Esse sobe e desce de escadas vai ser ruim para você!

__ Você não imagina como, linda.

__ É, não imagino mesmo, mas vai dar certo, nem que para isso eu tenha que trazer sua comida para o quarto todos os dias.

__ O lado bom disso tudo é que você agora vai morar comigo. __ eu disse, com um sorriso esperançoso.

__ Eu não vou morar com você, amor, eu vou passar um tempo para cuidar de você, apenas isso.

__ Eu quero ser cuidada para sempre, por você __ digo.

Natalie sorriu antes de me ajudar a tirar minha roupa e me levar para o banheiro.

Adentrei cuidadosamente na banheira, sentindo a água quente acariciar minha pele. Natalie se agachou ao meu lado, me ajudando com o sabonete, que deslizava suavemente pelos meus braços e costas. A sensação era reconfortante.

Logo após, me envolvi em uma toalha macia e retornei ao quarto. Natalie, com cuidado, trocou meu curativo.

__ Sua sopa, minha menina. __ disse Maria entrando em meu quarto.

__ Eu já ia descer para buscar. __ Natalie respondeu, pegando a bandeja de suas mãos e colocando-a em minhas pernas.

__ Ela parece deliciosa. Obrigada, Maria! __ agradeci, sentindo o aroma reconfortante da sopa.

__ Não me agradeça, apenas fique melhor, e não me dê mais sustos

Sorri, concordando com seu pedido.

Maria saiu do quarto, deixando-me sozinha com Natalie.

__ Enquanto você come alguma coisa, eu também vou tirar esse cheiro de hospital de mim. __ Natalie disse, se levantando da cama.